Vídeo: casa no DF avaliada em R$ 4 milhões foi comprada com dinheiro de tráfico na FAB

operação quinta coluna

Um tenente-coronel, a mulher do sargento preso na Espanha e outros tenentes foram alvo da PF em operação que apura tráfico internacional

MIRELLE PINHEIRO
Uma casa avaliada em R$ 4 milhões foi alvo de sequestro judicial no âmbito da Operação Quinta Coluna, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (2/2). O imóvel fica no Lago Sul, área nobre de Brasília. A ação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre associação criminosa que se utilizou de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar drogas do Brasil para a Espanha. Os desdobramentos também englobam lavagem de ativos obtidos mediante prática delituosa.
Um sargento da FAB já foi preso na cidade de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019. Segundo a apuração, além dele, outras pessoas se associaram, de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas. Foram apresentados à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecente para a Europa.
O Metrópoles apurou que três pessoas jurídicas foram alvos da operação. A suspeita é de que as empresas eram usadas para lavar dinheiro. Um tenente-coronel, a mulher do sargento que já havia sido preso, e mais alguns tenentes da FAB também são investigados por tráfico internacional de drogas e foram alvos de busca e apreensão.
Na capital da República, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados e a saída deles do Distrito Federal. Uma academia localizada na Asa Sul foi alvo dos policiais. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas.
Imagens mostram uma das casas que foi alvo de sequestro judicial. O imóvel fica em área nobre do DF, no Lago Sul. A PF também localizou maconha em um dos endereços.
Veja vídeos:


Em relação ao crime de lavagem de dinheiro, as apurações apontam diversas estratégias do grupo criminoso para ocultar os bens provenientes do tráfico de entorpecentes, especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie.
As investigações não se confundem com os processos por tráfico internacional de drogas que tramitam perante a Justiça Militar. Os crimes de associação para o tráfico e de lavagem de dinheiro têm penas que vão de 3 a 10 anos de prisão.

Outro lado
A FAB se manifestou sobre a operação. Confira a nota na íntegra:
O Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado no âmbito do Comando da Aeronáutica para apurar o caso do sargento detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, em 25 de junho de 2019, foi concluído dentro do prazo. Os autos foram encaminhados para a Auditoria Militar competente, que enviou para o Ministério Público Militar, a quem coube oferecer a denúncia, estando a ação penal em curso, conforme determina o Código Processo Penal Militar.
A Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal atuaram conjuntamente desde o início das investigações e, na data de hoje, militares apoiaram o cumprimento de diligências necessárias ao prosseguimento da investigação de crimes de competência daquela Força Policial.
A FAB atua firmemente para coibir irregularidades e reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional.

Relembre o caso
O sargento Manoel Silva Rodrigues, 38 anos, foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019, por suspeita de envolvimento com transporte de drogas.
O militar fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, no Japão, para participar da reunião do G20. O avião que levava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, o sargento não estava no mesmo voo do mandatário do país.
O militar foi detido durante averiguação aduaneira de rotina no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha. A aeronave da FAB que transportava Manoel Rodrigues, um Embraer 190, fazia escala na cidade espanhola, de onde seguiria para o Japão.
METRÓPOLES/montedo.com

6 respostas

  1. A era Bolsonaro não perdoa, seja quem for, paga pelo crime cometido. A PF e a FAB juntos para expelir o câncer cujos tentáculos atingiu nossa gloriosa instituição militar. Limpeza. Bravo!!!

    1. Da mesma forma que o cãncer deve ser estirpado com maior brevidade possível, esses mau caráter travestidos de militar deve ser sumariamente excluído da Gloriosa Força Aérea, o que já deve está acontecendo. Sou militar da Gloriosa Marinha do Brasil, e repúdio veemente esses tipos de conduta. E mais, defendo pena de morte para traficantes, e prsticantes de crimes covardes e hediondos…

  2. Tem algo de muito errado na questão de segurança, possíveis criminosos trabalhando bem próximo do presidente e de altas autoridades do país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo