Generais reprovam gestão de Bolsonaro, mas não acreditam em impeachment

Bolsonaro e os militares: aliança pela governabilidade Marcos Corrêa/PR Publicidade

Chico Alves
Tema cada vez mais discutido no país, o impeachment do presidente Jair Bolsonaro é também debatido discretamente entre os generais. Afinal, esse é o governo com maior número de militares nos primeiros escalões desde a ditadura militar (1964-1985). O próprio Bolsonaro atribuiu ao ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, um dos principais apoios para a vitória na eleição.
A coluna ouviu sete generais (cinco da reserva e dois da ativa) sobre o assunto. Todos concordam que Bolsonaro faz um mau governo, mas nenhum deles acredita que haja condições políticas para o impedimento do presidente.
Três dos generais ouvidos avaliam até que há base jurídica para o impeachment, mas argumentam que o presidente tem suporte parlamentar para se manter no cargo, ainda mais com a eleição do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) como presidente da Câmara. Além disso, acreditam, o percentual de aprovação popular ainda é considerável.
Todos os oficiais ouvidos acham que, caso o processo de impeachment fosse aberto, as Forças Armadas não interfeririam. “No pessoal da reserva, sem dúvida, há uma minoria fanática que iria entrar em desespero. No pessoal da ativa, reinaria o silêncio”, avalia um dos generais, muito respeitado entre seus pares.
Todos os militares entrevistados pela coluna consideram que, além de outras confusões desnecessárias, Bolsonaro faz uma péssima administração da crise causada pela pandemia. Dos sete, no entanto, três citam também fatores alheios ao governo federal como obstáculo nessa área — má gestão de governadores e prefeitos, surgimento de uma nova variante do vírus em Manaus, por exemplo.
Para a maioria dos generais que falaram à coluna, a concessão de cargos e verbas ao Centrão em troca de apoio no Congresso é um dos pontos mais decepcionantes da gestão Bolsonaro.
Segundo apuração da colunista Thaís Oyama, do UOL, o presidente teme que o vice, Hamilton Mourão, esteja articulando dentro das Forças Armadas o apoio a um eventual impeachment de Bolsonaro.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
UOL/montedo.com

20 respostas

  1. Conhecendo esses cabras igual a tropa os conheçe, seria um retrocesso irreparável ao Brasil, se fosse Bolsonaro afastaria desse gente, para o bem de seu governo e consequente para o bem do Brasil. Foram os que mais se beneficiaram com a reestruturação da carreira, que aliás foi gestada por eles e Bolsonaro só assinou. Por que se sujeitaram ao pt e psdb, quando assaltavam o país?

    1. Respeitosamente discordo do amigo . Essa reestruturação maldita foi gestada no MD antes do Bolsonaro assumir pelos Generais Silva Luna /Ministro e seu assessor Gen Garrido e sob o pleno conhecimento do então Cmt do EB. Hoje todos os três usufruem de altos cargos de confiança. A justiça divina tarda mas não falha.

  2. “Há argumento para o impeachment ,mas tem suporte parlamentar ” mais o cerco militar que lhe convém pois investiu patrocinando o teto salarial do funcionalismo a custa dos aumentos das pensões para os locutores ,assim o domínio é completo para governar .2022 chegando ,termos avaliação .

    1. A roubalheira não é culpa do exército não amigo, este não pode fazer nada em um país democrático. A culpa é nossa, como sociedade, que bota esses mesmos bandidos, que estão a décadas vampirando pelos poderes, a cada 4 anos. Exército não é baba pra limpar cangancha dos outros não, o povo que tem que levar a sério as eleições.

  3. Agiram com uma covardia sem igual na gestão dos Ptralhas, quando foram proibidos de comemorar o dia 31 Mar 64, uma data marcante na luta contra os canalhas comunistas.

  4. Esse país é estranho, a defesa da lei e da ordem é por conveniência, pode cometer crimes, violar a lei, mas as autoridades somente se manifestam quando é para atender seus interesses pessoais.

    As vezes penso que realmente foi um golpe retirar a Dilma da presidência, inclusive os generais podem não acatar as ordens presidencais, parece que presidente que é o chefe supremo das forças armadas não é tão supremo assim.

  5. O Bolsonaro, com todos os seus defeitos, monta um governo cheio de generais. E eles, os traíras de sempre, pois traíram até a tropa, sacaneiam o cara. Querem mais o quê?
    Não achei um brasileiro que fale bem desses generais. Que vergonha!!!

  6. Notícia “fabricada” pela imprensa! General da ativa não fala nada, não faz nada, fica quietinho como ficaram nos anos de corrupção desenfreada da esquerda! Ficaram quietinhos nos OITO LONGOS ANOS sem reajuste salarial no período FH! Ficaram quietinhos no sucateamento do Exército e no empobrecimento da tropa! Nem um pio! Já os da reserva, fora do governo, falam pelos cotovelos e ninguém lhes dá importância alguma! Votei no Bolsonaro e ele tem condições, ainda, de melhorar a vida da família militar. E nem precisa se preocupar com generais da reserva…nem com a desacreditada imprensa…

  7. O Presidente da República não acata cerimonial. É negativo e atrapalha. Porém, a imprensa, em especial a tradicional, é tosca, e afronta ao Presidente da República, sem qualquer espécie de reprimenda. Ninguém fala nada, senão a massa mais simplória (no sentido de que não detém qualquer porção de poder) da sociedade. Isso leva o país ao abismo. O Presidente da República tem sido afrontado, o que é um absurdo. O povo elegeu o Presidente da República, admitiu suas teses e as quiz, e elas devem ser adotadas. O Judiciário legisla, desnatural. Nunca pôde e nem pode legislar. Vale-se de um abstracionismo que chama de “neoconstitucionalismo”. Isso tem criado confusão e desordem. Os poderes se agridem. Urge intervenção, não conversas improdutivas. As FFAA tem sim sobre suas cabeças este poder dever e precisam mostrar que estão alertas. Vivemos uma desordem e anarquia social, e , assim continuando, os militares serão cobrados amanhã por sua omissão, ou por sua demora.

  8. Os nossos chefes sabem o que é melhor pra tropa procurem se dedicar as funções nos quartéis QG e focarem no conceito sejam obedientes e leais pois nos ganhamos muito bem sou QAO gaucho sem empréstimo e minha casa é extensão do quartel

    1. Maior erro apoiar os militares para assumir o executivo. Ele permitiram a criação do foro de São Paulo. Alguém já leu na íntegra? Um absurdo. É o povo e o presidente.
      Renovação do congresso é a chave . Não reeleja ninguém.

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