Em 6 meses de atuação de militares e aposentados, fila do INSS caiu só 2,4%

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 10.07.2019: Fachada de agência do INSS na zona sul de São Paulo. (Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1760396

Ricardo Marchesan
Do UOL, em São Paulo

A fila de pedidos aguardando análise do INSS diminuiu apenas 2,4% nos seis primeiros meses da atuação de mais de 2.500 aposentados e militares inativos, contratados temporariamente para reforçar o atendimento e reduzir a espera.
Em março do ano passado, 1,282 milhão de requerimentos dependiam da análise do instituto, segundo o boletim estatístico da Previdência Social. Em novembro, dado do boletim mais recente, a fila caiu pouco, para 1,251 milhão. Além disso, menos pedidos foram analisados e o tempo médio de resposta subiu durante o período de atuação dos novos contratados. O custo adicional desse pessoal foi de mais de R$ 3 milhões por mês.
Os temporários contratados começaram a trabalhar em junho do ano passado, mas o último dado disponível sobre a fila antes disso é de março. Nos boletins de abril e maio do ano passado, o tamanho da fila não foi informado.
Esses dados são referentes apenas a pedidos que aguardam a análise do INSS.
Se forem incluídos os pedidos “em exigência”, que aguardam que o segurado apresente alguma documentação complementar para ter uma resposta, a fila aumentou. Foi de 1,8 milhão, em março, para 1,92 milhão, em novembro.

INSS falou em zerar fila até outubro
O presidente do INSS, Leonardo Rolim, chegou a afirmar em abril que esperava zerar até outubro do ano passado a fila de pedidos com espera superior a 45 dias. Esse é o período máximo previsto em lei para que haja uma resposta.
Em novembro, porém, de 1,251 milhão na fila, 605 mil estavam acima desse prazo.
Em entrevista ao UOL, em abril, Rolim afirmou que o fechamento das agências do INSS por causa da pandemia aceleraria as análises.
Teremos muito mais gente em análise do que tinha antes. Parte das pessoas que estavam em atendimento estão analisando benefício. Espero zerar a fila mais rápido
Leonardo Rolim, presidente do INSS

Total de pedidos analisados caiu em um ano
O número de pedidos analisados, somando os aprovados e os negados, durante os meses de atuação dos temporários foi menor do que o do mesmo período do ano anterior.
Entre junho e novembro de 2020, foram analisados 4,95 milhões de pedidos, contra 5,09 milhões nos mesmos meses de 2019.

Tempo de espera caiu, mas depois subiu
O tempo médio de espera por uma resposta do INSS também teve alta no período de atuação da força-tarefa. Ele caiu em quase todos os seis primeiros meses de 2020, passando de 78 dias, em janeiro, para 45 dias, em junho.
Em julho atingiu seu menor nível no ano: 39 dias. Depois, porém, voltou a subir, chegando a 66 dias, em novembro.

INSS contratou menos do que previa
O governo anunciou em janeiro que iria contratar militares e aposentados para tentar diminuir a fila de pedidos. No edital da seleção, publicado no final de abril, eram mais de 7.000 vagas.
Ao todo, porém, foram contratados 2.574 temporários —sendo 942 militares inativos, 473 aposentados de carreira do seguro social e mais 1.159 servidores aposentados de outras carreiras do funcionalismo federal.
Em nota, o INSS afirma que o número menor de contratações foi por causa da pandemia, mas não dá maiores detalhes.

Maioria dos temporários não faz análise
Desses temporários contratados, porém, apenas os aposentados do seguro social podem trabalhar na análise dos pedidos.
Os demais atuam em outras áreas, de apoio operacional e atendimento, com o objetivo de liberar trabalhadores de carreira do INSS para as análises.
Mas essa transferência só aconteceu agora em janeiro, “após a realização de oficinas com os gestores das cinco superintendências regionais, em dezembro”, de acordo com o INSS. Com isso, o número de servidores que fazem análise de requerimentos passou de 5.618 para 7.490.
Ou seja, entre junho e dezembro, a quantidade de trabalhadores que faziam análise dos pedidos não teve um aumento tão grande. “Portanto, os resultados positivos se refletirão na análise de requerimentos a partir dos próximos meses, com a redução do estoque [de pedidos]”, diz o INSS.
O gasto médio mensal com os pagamentos aos temporários, segundo o INSS, foi de R$ 3,066 milhões, entre junho e dezembro. Leia mais.
UOL/montedo.com

11 respostas

  1. Só de não aumentar está ótimo.

    É a mesma coisa que falo com os oficiais que caem na minha seção.

    Cap ou Major, o senhor não precisa fazer nada, se quiser, nem venha para a seção, pois só em não atrapalhar, o Sr. já ajuda bastante.

    Nos órgãos públicos, o Brasil Não precisa de gente para fazer, pois a maioria das ações é (copiar, colar, mudar nome e mudar data), ninguém cria nada na burocracia brasileira.
    Só precisamos de gente que não roube não atrapalhe, pois os sistemas operacionais fazem as coisas rodar naturalmente.

  2. Ricardo Marchesan
    Do UOL, em São Paulo
    A fila de pedidos aguardando análise do INSS diminuiu apenas 2,4% nos seis primeiros meses da atuação de mais de 2.500 aposentados e militares inativos, contratados temporariamente para reforçar o atendimento e reduzir a espera.

    Parei de Ler por aqui. só pode ser uol.

    1. Sua análise foi tão profunda e tão efusiva que parece que está em campanha 2018 ainda…

      A reportagem acima deixa uma coisa bem clara, não existe solução mágica para os problemas brasileiros. A questão é estrutural.

      Acabar com fila? Nem nos hospitais, nem nas SIP, nem no rancho….

      1. Entre junho e novembro de 2020, foram analisados 4,95 milhões de pedidos.

        Se forem incluídos os pedidos “em exigência”, que aguardam que o segurado apresente alguma documentação complementar para ter uma resposta, a fila aumentou. Foi de 1,8 milhão, em março, para 1,92 milhão, em novembro.

        Em novembro, dado do boletim mais recente, a fila caiu pouco, para 1,251 milhão.

        A matemática entretanto revela que 3,7 ou 3,03 milhões de pedidos foram analisados durante 6 meses. Se a fila não diminuiu é poque muitos milhões entraram na fila.

        E sobre o “gasto” com os contratados? R$ 1.165,00 por pessoa.

        Essa matéria já foi veiculada, é matéria requentada.

    2. Os militares fizeram papel de atendente ou secretárias, não podem fazer a fila andar, não possuem competência técnica para análise da aposentadoria.

    3. Informação estranha essa, trabalho numa APS olhem essa matéria.
      1 Gerência Recife reduz em 70% as demandas do e-tarefas | Portal INSS content/uploads/2020/10/E-tarefas.png) (http://www-inss.prevnet/wpCom o objetivo de solucionar o acúmulo de demandas na plataforma e-tarefas, a Gerência-Executiva Recife idealizou um projeto composto por servidores temporários, civis e militares. Em um mês de intensa atividade, o grupo conseguiu diminuir o volume inicial de pendências, que somavam aproximadamente 15 mil, a um acervo de menos de 5 mil requerimentos. O e-tarefas é um sistema de inteligência do INSS que se integra com a plataforma Sapiens, da Advocacia Geral da União (AGU). Nele, o Instituto atende demandas judiciais diversas, enviadas pela Procuradoria Federal. Entre outras coisas, o e-tarefas opera na troca de informações que sejam de interesse da União, utilizando como fonte as ações judiciais em que o INSS é parte. De acordo com o chefe da Divisão de Benefícios da Gerência Recife, Leonardo Avelar, a iniciativa foi também um bom proveito para uma parte da equipe. “O projeto consiste na reunião de servidores temporários, civis e militares, que estavam à disposição das APSs da Gerência-Executiva Recife, principalmente na modalidade de teletrabalho. Eles foram integrados em um grupo específico para apurar o acervo do e-tarefas da Gerência, que se encontrava em um momento crítico.” No dia primeiro de setembro, o e-tarefas somava 14.924 solicitações pendentes, sendo a mais antiga do ano de 2017. Com menos de um mês de atividade, o grupo reduziu o acumulado para 4.459, segundo informações coletadas no e-tarefas na última segunda-feira (28). “A estratégia utilizada foi centralizar o acervo para que todos os servidores pudessem trabalhar em conjunto. Com a unificação, o monitoramento é simplificado, facilitando o acompanhamento da cronologia. Graças a isso, estamos regredindo o acúmulo dia após dia. Grande parte das solicitações eram de documentos e processos, que estão sendo enviados. As demandas que não podem mais ser atendidas, como ações judiciais já concluídas, são encerradas. Vai chegar um momento em que o acervo estará em dia”, explicou Avelar. Com os bons resultados alcançados, existe a possibilidade de que parte do contingente permaneça destinado ao e-tarefas, mesmo após o fim do projeto, para evitar um novo acúmulo e manter o prazo de resposta adequado. “É possível delegar essa demanda aos servidores temporários, independente da reabertura das agências. Tão logo as solicitações estejam em dia, deve ser mantido um quadro mínimo de pessoas para continuar atuando no e-tarefas, de modo que tenhamos um prazo sustentável e funcional de até 45 dias”, concluiu o chefe da Divisão de Benefícios. 1/2 www-inss.prevnet/gerencia-recife-reduz-em-70-as-demandas-do-e-tarefas/?ol=

  3. Infelizmente militarismo está virando sinônimo de incompetência. E o pior de tudo que isso é culpa nossa!
    Ninguém aqui é inocente. Todo mundo que viveu do lado de dentro do quartel sabe que as coisas são dessa forma. Agora que estamos no olho do furacão, nosso teto de vidro está exposto. A sociedade está sabendo as mazelas que ocorre na caserna!

  4. titulo da matéria totalmente tendencioso, pois insinua que houve pouca produtividade e que a idéia foi errada do presidente, mas esqueceram de colocar no titulo que o INSS em muitas regiões somente abriu seus postos em 2021 jornalistas CANALHAS

  5. Chamaram aqui no Rio somente 60 militares para esse trabalho sendo que a maioria eram de graduações abaixo de ST. Não quero crer que a peixada entrou a funcionar….

  6. Informação estranha essa, trabalho numa APS olhem essa matéria.
    1 Gerência Recife reduz em 70% as demandas do e-tarefas | Portal INSS content/uploads/2020/10/E-tarefas.png) (http://www-inss.prevnet/wpCom o objetivo de solucionar o acúmulo de demandas na plataforma e-tarefas, a Gerência-Executiva Recife idealizou um projeto composto por servidores temporários, civis e militares. Em um mês de intensa atividade, o grupo conseguiu diminuir o volume inicial de pendências, que somavam aproximadamente 15 mil, a um acervo de menos de 5 mil requerimentos. O e-tarefas é um sistema de inteligência do INSS que se integra com a plataforma Sapiens, da Advocacia Geral da União (AGU). Nele, o Instituto atende demandas judiciais diversas, enviadas pela Procuradoria Federal. Entre outras coisas, o e-tarefas opera na troca de informações que sejam de interesse da União, utilizando como fonte as ações judiciais em que o INSS é parte. De acordo com o chefe da Divisão de Benefícios da Gerência Recife, Leonardo Avelar, a iniciativa foi também um bom proveito para uma parte da equipe. “O projeto consiste na reunião de servidores temporários, civis e militares, que estavam à disposição das APSs da Gerência-Executiva Recife, principalmente na modalidade de teletrabalho. Eles foram integrados em um grupo específico para apurar o acervo do e-tarefas da Gerência, que se encontrava em um momento crítico.” No dia primeiro de setembro, o e-tarefas somava 14.924 solicitações pendentes, sendo a mais antiga do ano de 2017. Com menos de um mês de atividade, o grupo reduziu o acumulado para 4.459, segundo informações coletadas no e-tarefas na última segunda-feira (28). “A estratégia utilizada foi centralizar o acervo para que todos os servidores pudessem trabalhar em conjunto. Com a unificação, o monitoramento é simplificado, facilitando o acompanhamento da cronologia. Graças a isso, estamos regredindo o acúmulo dia após dia. Grande parte das solicitações eram de documentos e processos, que estão sendo enviados. As demandas que não podem mais ser atendidas, como ações judiciais já concluídas, são encerradas. Vai chegar um momento em que o acervo estará em dia”, explicou Avelar. Com os bons resultados alcançados, existe a possibilidade de que parte do contingente permaneça destinado ao e-tarefas, mesmo após o fim do projeto, para evitar um novo acúmulo e manter o prazo de resposta adequado. “É possível delegar essa demanda aos servidores temporários, independente da reabertura das agências. Tão logo as solicitações estejam em dia, deve ser mantido um quadro mínimo de pessoas para continuar atuando no e-tarefas, de modo que tenhamos um prazo sustentável e funcional de até 45 dias”, concluiu o chefe da Divisão de Benefícios. 1/2 www-inss.prevnet/gerencia-recife-reduz-em-70-as-demandas-do-e-tarefas/?ol=

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