Justiça Militar nega suspensão de processo no caso de músico morto no Rio

Leandro Resende, CNN
O Superior Tribunal Militar (STM) negou o pedido de extinção de parte do processo movido contra os doze militares acusados de terem disparado mais de 200 tiros contra o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, assassinado em abril de 2019 em Guadalupe, na zona Norte do Rio. Com isso, o processo movido pelo Ministério Público Militar (MPM), que os tornou réus por homicídio qualificado e omissão de socorro, vai para sua fase final. A previsão é de que a sentença seja dada ainda no primeiro semestre deste ano. O prazo para que o MPM apresente suas últimas informações no processo foi aberto no dia 14 deste mês.
No pedido feito ao STM, a defesa alegou ter sido cerceada e não ter sido informada sobre decisões tomadas dentro do processo. Ao negar o habeas corpus, o ministro Lúcio Mário de Barros Góes rejeitou ter acontecido qualquer impedimento à defesa dos militares, e também negou acesso ao carro em que Evaldo foi morto.
No dia 7 de abril de 2019, um domingo, Evaldo era o motorista do carro que levava a esposa, Luciana Nogueira, o filho Davi, o sogro e uma amiga para um chá de bebê. Na altura de Guadalupe, na zona Norte do Rio, o veículo foi alvo dos fuzis e das pistolas dos militares, que acharam se tratar de um assaltante.
Evaldo e o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, que estava no local e tentou ajudar a família, morreram. 12 militares respondem em liberdade pelo crime – eles alegam que reagiram a um assalto e que o catador Luciano estaria armado.
O primeiro laudo do crime aponta que os militares envolvidos na ação haviam disparado 83 tiros contra o carro de Evaldo. Mas o número foi ainda maior: foram 257 disparos. O sogro de Evaldo, que estava no carro, também ficou ferido. Nove dos 12 militares envolvidos no crime foram presos em abril de 2019, mas foram postos em liberdade no mês seguinte, por decisão colegiada dos ministros do Superior Tribunal Militar.
A CNN procurou a defesa dos militares réus pelo homicídio, mas não obteve resposta.
CNN/montedo.com

7 respostas

    1. Parceiro, volta pro seu serviço de missão real e pra sua “horinha” da tora. É melhor não comentar se vc nunca disparou seu fuzil fora do estande.

  1. Passei por muitas blitz. Em horário noturno a primeira coisa que faço é acender a luz interna e reduzir os faróis para lanterna. No diurno, abro desço a vidraça para não me esconder por trás do vidro escuro. Esse caso foi um infortúnio para os soldados. Só quem estava lá é que sabe o que motivou os disparos.

  2. O que houve foi cagaço. A Justiça Militar, se é que pode se chamar de Justiça. Ela mais atrapalha do que ajuda ou faz mesmo faz Justiça. A Justiça Militar está também tentando abafar o todo enrolado com os superfaturamentos e milhões desviados na construção do edifício garage vertical do HCE.

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