Filha do ministro da Saúde é nomeada para cargo de confiança na Prefeitura do Rio

PAZUELLO E FILHA

Stephanie dos Santos Pazuello já ocupava função na gestão de Crivella; salário é de 1,8 mil, mas pode aumentar com gratificações

Fábio Grellet, O Estado de S.Paulo
RIO – Stephanie dos Santos Pazuello, de 35 anos, filha do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, vai ocupar um cargo de confiança na secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A nomeação dela foi publicada na edição deste sábado, 2, do Diário Oficial do Município do Rio e é retroativa ao dia 1. Stephanie vai ocupar o cargo de Assistente I, símbolo DAS-06, com salário inicial de R$ 1.884,00 – o valor pode aumentar consideralmente com as gratificações.
A filha do ministro já ocupava um cargo na prefeitura do Rio na gestão passada, de Marcelo Crivella (Republicanos), derrotado na eleição. Desde julho de 2020, ela era supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A. (Rio Saúde), com salário bruto de R$ 7.171,00. Na ocasião, a Rio Saúde afirmou que Stephanie é formada em Administração, com experiência na iniciativa privada em gestão de pessoas, recrutamento e processos admissionais, e tem “a qualificação necessária para trabalhar e atender às necessidades da Empresa Pública de Saúde”.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, empossado nesta sexta-feira, 1, afirmou à imprensa que a filha de Pazuello “só está mudando de posição”. “A Stephanie vai trabalhar no gabinete comigo”, disse Soranz. “Ela já trabalhava na Secretaria de Saúde, no RH da Rio Saúde, e vai trabalhar me assessorando na organização dos projetos especiais. Já era uma profissional da rede, já tinha matrícula, só está mudando de posição. Ela é filha do ministro Pazuello, claro. Mas são os ônus e os bônus de ser filha do ministro”.
ESTADÃO/montedo.com

20 respostas

  1. A meu ver temos que acabar com esta idéia que política é só roubo, geralmente aqui no Brasil ocorre, mas o funcionário comum não chega a isto….São alguns funcionários comuns com cargos bons .. Me orgulho de alguns diretores de colégios públicos…fui professor do centro tecnológico aprovado em seleção, a função de diretor, acho, é comissionada…indicada , escolhido mas é uma batalha grande, abençoada por Deus….muita responsabilidade…tem que educar jovens, ser parte da família deles, aconselhar, orientar, ser exemplo, gerir dramas de adolecentes, os professores são um time, alimentar com café e almoço, os professores tem cargas emocionais pesadas, o salário não é esta maravilha, e tem que ter vocação…Os assessores tem que ser gente de confiança, dois me chamavam atenção, um da equipe pedagógica pois adolecente é difícil e a escola era profissionalizante tb e outro da alimentação e higiene….agradeço a Deus a oportunidade…pois nos quartéis passamos por cursos onde a nossa individualidade se amolda ao sistema, na escola pública há uma luta do respeito a individualidade e a moldagem para a eficiência do sistema da relação emprego/trabalho que é cruel…quem não produz está fora….a indicação da filha do ministro pode ser um canal aberto para resolver os problemas do Rio…é uma atitude produtiva esperando que a mesma seja capaz e eficiente…não necessariamente imoral…Orando pelo Brasil..

      1. Desde que a moça tenha competência para desenvolver seu trabalho não há nada de imoral nisso. Quantos filhos seguem as mesmas carreiras dos seus pais? Quantos pais querem o melhor para seus filhos, em todas as classes sociais? Observe na politica o que acontece desde as capitanias hereditárias, aí sim, com muitos atos de posses territoriais, venda de sentenças, etc. Isso sim é imoral, embora nem todos! No judiciário e Executivo, arranjar cargo para parentes, sem concurso. Se a moça foi contratada dentro da lei, não há nada de imoral.

  2. Governo federal e municipal são coisas distintas, a menina já trabalhava lá, portanto não vejo problemas até aí. O problema é uma possível amizade ou influência entre quem contrata e o ministro da saúde, mas como o cargo é comissionado, isso acaba sendo a coisa mais comum na política, especialmente em nível municipal. Se ela fosse concursada, deitariam o cacete do mesmo jeito e levantariam inclusive a suspeita de fraudes no concurso. Bolsonaro me decepcionou muito e não pretendo votar nele, mas na época do PT ou de outros partidos progressistas ninguém falava nada sobre nepotismo ou outras coisa divertidas que aconteciam.

      1. O nepotismo é configurado dentro de uma mesma instancia. Por exemplo: eu sou prefeito e contrato todos os meus parente para ocupar todas as secretarias do governo. É um exemplo radical!

  3. Nao sei o que se espantam. Vejam quantos filhos de oficiais estão na administração federal como comissionados (pois nunca passaram em concurso nenhum). Alias olhem os OTT. Pq o espanto?

  4. O secretário de saúde ainda diz tranquilamente que “é o bônus de ser filha do ministro”!

    Não estão nem mais camuflando os verdadeiros motivos dessas nomeações de parentadas!!

    Estamos no fim dos tempos morais nessa Republiqueta…

  5. Também indicaria meus parentes para cargos polpudos. O povo reclama uma semana depois esquece. A novela, o futebol, o BBB, a fazenda, são mais interessantes. Vejo quase todos, com exceção do futebol.

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