2020: Forças Armadas e o Brasil

ministro da defesa general fernando

Fernando Azevedo e Silva*
Aproxima-se o fim de um ano que merece reflexões de toda ordem, particularmente, na área de Defesa. Falar em defesa é falar na proteção do país e da sua população, nas mais diversas formas. O ano começou com uma ameaça aterrorizando o outro lado do mundo e que poderia chegar ao Brasil, o novo coronavírus. Em fevereiro, quando ainda não se falava em pandemia, enviamos duas aeronaves da Força Aérea à China para resgatar um grupo de brasileiros. Logo em seguida, iniciamos a Operação Covid-19. Criamos comandos conjuntos, integrados pelas três Forças Armadas, para permitir o apoio às ações do governo federal, dos estados e dos municípios, em todos os cantos do país. Mobilizamos a indústria nacional e unimos esforços. A logística típica de guerra adaptou-se para o combate ao inimigo invisível e feroz.
Passados nove meses, os números impressionam: em parceria com outros ministérios, empregamos, diariamente, mais de 34 mil militares; descontaminamos mais de sete mil locais públicos; levamos atendimento de saúde a aproximadamente 155 mil indígenas; entregamos cerca de 6,5 milhões de kits de alimentação; aviões militares voaram o equivalente a 25 voltas ao mundo. As ações continuam e, no momento, nós nos preparamos para apoiar a vacinação.
Simultaneamente, os militares foram mobilizados para, junto às agências ambientais e de segurança pública, combater ilícitos na Amazônia. A Operação Verde Brasil-2 permitiu a coordenação, o apoio logístico e a segurança necessária ao desenvolvimento das ações. Os resultados foram expressivos: mais de 4 mil multas aplicadas, representando cerca de R$ 1,8 bilhão; foram apreendidos mais de 180 mil metros cúbicos de madeira e de 154 mil toneladas de minério; mais de 7,6 mil focos de incêndio foram combatidos; no total, mais de 58 mil ações realizadas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, nos últimos quatro meses, o desmatamento caiu 19% em relação ao mesmo período do ano anterior — em novembro, a queda foi de 45%.
Ao longo do ano, Marinha, Exército e Força Aérea também foram empregados em outras regiões, combatendo incêndios no Pantanal, apoiando eleições municipais em todo o país, recebendo imigrantes venezuelanos na Operação Acolhida, atuando na crise energética no Amapá, levando saúde às populações ribeirinhas e água ao sertão nordestino por meio da Operação Pipa — ação emergencial que já dura 22 anos.
Tudo isso sem que se descuidasse da principal missão das Forças Armadas: o preparo para a defesa da pátria e a preservação da nossa soberania, no mar, em terra e no ar. As Forças mantiveram os treinamentos de defesa do território, ao mesmo tempo em que patrulhavam o espaço aéreo, a Amazônia Azul e a vasta fronteira do Brasil.
A estratégia da dissuasão e da presença tem sido uma opção segura e, nesse caminho, devemos concentrar esforços. Os Projetos Estratégicos, importantes para recuperar e manter a capacidade operacional, continuam avançando, com a ajuda do governo federal, demandando atenção permanente. Este ano, o primeiro caça Gripen voou nos céus do Brasil. Outros estão a caminho. O submarino Humaitá, segundo o Programa de Submarinos da Marinha, iniciou os testes de mar. No Exército, o blindado Guarani vai sendo entregue à tropa, e o lançador de foguetes Astros incorpora novas capacidades. O poder dissuasório é o mais eficaz instrumento da paz, certeza de proteção, desenvolvimento tecnológico e geração de empregos.
Nosso país possui dimensões continentais e riquezas naturais inigualáveis. Não há como comparar o Brasil a outro país. Todo esse privilégio depende de paz e de estabilidade para que cada cidadão possa realizar suas escolhas. A responsabilidade pela manutenção da paz é um dever de todos os brasileiros. Congressistas, acadêmicos, jornalistas, empresários e todos com visão de futuro estão convidados a discutir defesa. Precisamos do entendimento e do apoio da sociedade para continuar garantindo a paz, uma conquista silenciosa e nem sempre percebida.
Proteger esta nação é o trabalho mais nobre das Forças Armadas. A Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa, aprovadas pelo presidente Jair Bolsonaro e enviadas ao Congresso Nacional, representam importantes marcos. Que, em 2021, avancemos nesse debate, pois defesa não se improvisa. Defesa não é gasto, é investimento. E a paz não é uma garantia, é uma conquista.
*Ministro da Defesa
DIÁRIO DO PODER/montedo.com

22 respostas

    1. Vergonhoso, ver esses caras falarem mentiras, falarem em defesa. Não moveram um dedo em socorro do povo brasileiro, deixaram o pais ser tomado por essa corja de bandidos, onde até eles foram ameaçados de vara. Esperar o que desses omissos que traiem seus próprios irmãos de farda ? Estão jogando o nome das Forças Armadas na vala do descredito, se apega em uma constituição fantasma, que só eles vê e respeitam, em nome da covardia e omissão, enquanto os poderes se alinham ao crime politico organizado.

  1. A RAPA DO TACHO NO ALMOÇO COM AS ESTRELAS/2020
    ARTIGO PUBLICADO NA “REVISTA SOCIEDADE MILITAR”
    Dia 09 de dezembro, o presidente, comandante-em-chefe das FFAA, almoça com seu alto comando. Parece que estou vendo, um coquetel de abertura, oficiais-generais em meio ao buffet sussurrando ressabiados pelo engolido “à fórceps” por companheiros, aqueles que agora viraram “carta fora do baralho”. Sim, os alvejados militares de escol que foram preteridos quando dos imbróglios maquinados por uma prole presidencial inconsequente, rebentos que, volta e meia, estão a confabular com um “bruxo ideólogo” de forma a indispor o supremo mandatário com os militares de sua alta assessoria.
    Como não podia deixar de ser, os que não contam mais, aqueles que foram postos de lado, ah, esses ficaram de fora. Tanto melhor deve pensar o presidente em meio ao caviar! Afinal de contas, essa estória de “manda quem pode, obedece quem precisa” já vai sendo admitida sem muitas tergiversações e “em time que está ganhando a gente não meche”. Um e outro, já subjugados, aqueles absolutamente indiferentes ao desgaste das “Desarmadas Forças”, só desejam que “LA NAVE VA” e que a “esclerosada reserva raivosa” peça desculpas pelo tresloucado posicionamento de repúdio aos desatinos perpetrados por um governante desgovernado, investigado, suspeito e insensível ao sofrimento de brasileiros desorientados, desalentados e sacrificados por uma ocasional “gripezinha mau curada”.
    Mas eis que os convidados se dirigem para suas mesas, as estrelas refulgindo o constrangimento e as suspeitas, as medalhas resplandecendo algumas dezenas de tempo de serviço O sobrecenho daqueles profissionais “estrelados”, porém, que não se duvide, está mais sobrecarregado do que no ano passado. Corrói sobremodo os generais-de-exército o fato da constante/permanente incapacidade dos sistemas operacionais das grandes unidades/brigadas da Força Terrestre; incomoda a realidade de uma governança que não disponibiliza recursos para equipar sua artilharia de foguetes e mísseis com vetores balísticos condizentes e capazes de dissuadir aos “grandes predadores militares” que, hoje, mais do que nunca, ameaçam colocar por terra o legado maior do Duque de Caxias, qual seja, o da integridade do território nacional.
    Almirantes, generais e brigadeiros, todos de “quatro estrelas”, que patético, se entreolhando preocupados. Nas comissões do congresso apenas mendigam, não exigem as providências para a dotação de meios defensivos dissuasórios, máxime em termos de poder de fogo, estes de vital importância para equipar suas forças no mais curto prazo, cientes que estão de que, no momento presente, nosso aparato militar não representa absolutamente nada para enfrentar, quiçá dissuadir, ameaças tiranicamente reais por parte dos inquilinos permanentes do CS/ONU. sobremodo e particularmente, em face à grande região norte e a Amazônia Azul.
    Parece que estou a ouvir durante o repasto a conversa sobre o que está rolando na INTERNET, volta e meia com pedidos de explicação da parte de militares da reserva, mas, também, de civis. Um zumzum à boca menor mas que é audível por um Ministro da Defesa desconfiado, até agora estranhamente calado, sem ter apresentado nenhuma diretriz concreta, eficiente, de clarividente e reconhecia eficácia para o alcance do tão almejado “estágio de dissuasão extrarregional”. A propósito, será que o presidente estaria sendo alertado na “mesa da santa ceia”, por quem de direito e dever, de que a bravata dirigida a Joe Biden entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Sim, porque seria acreditar ainda e muito em Papai Noel! O presidente, com certeza, se engasgaria entre uma garfada e outra se lhe segredassem ao pé do ouvido: que suas FFAA vão ficar “no mato sem cachorro” se os grandes “mercadores da morte” fecharem as torneiras da munição, que seja dito, aquela sua pólvora que ainda compramos no exterior. Com certeza seria provocada uma indigestão!
    No contexto do desgaste da Força Terrestre, generais desnorteados, ainda alarmados pela falácia presidencial à boca pequena comentam, entre outras guloseimas, o descabido convite feito a um ex-vice-presidente de “TIO SAM” para uma exploração conjunta da Amazônia pelos dois países. Engasgue-se com um caroço desses!
    Parece que estou vendo o momento da sobremesa. Entre um docinho e outro não houve como fugir da dura realidade: a calda adocicada se misturou ao fel do vil despreparo de nossas Instituições desarmadas, Forças irmãs na fragilidade, na incapacidade e no temor de não lograrem cumprir a contento com a sua missão maior de defesa da Pátria. Que não se duvide! Sim, conjeturaram: que ainda se vai testemunhar, em futuro não muito distante, uma rendição ao inimigo todo poderoso; que, em nome da tão invocada “disciplina”, devem engolir sem remorso o cenário de infortúnios que se descortina em negros horizontes, máxime para os nossos filhos e netos que usam uniformes!
    Por fim, não se pode deixar de imaginar o “papo no cafezinho”, aquele sorver amargo, servido com a cobertura insossa do tom das ameaças feitas pelo presidente eleito dos EUA e por Emmanuel Macron em face da imagem predatória repassada com destemperança pela atual governança no trato das momentosas e recorrentes questões ambientais. Irmãos em armas, que se diga: até sobejas provas em contrário, seria válido instituir uma loteria, porque não dizer, um “bolão” de apostas: quem vai declarar o “mea culpa” do Ministério da Defesa, pelo fato das Instituições Militares do País permanecerem incapazes de cumprir a missão maior que lhes é conferida pelos brasileiros, de defesa da Pátria e manutenção incólume da sua soberania plena? Brasileiros, arrisquem seus palpites, será um general-de-exército, um almirante-de-esquadra ou um tenente -brigadeiro? Quem viver verá!
    Paulo Ricardo da Rocha Paiva
    Coronel de Infantaria e Estado-Maior

    1. “…quem vai declarar o “mea culpa” do Ministério da Defesa, pelo fato das Instituições Militares do País permanecerem incapazes de cumprir a missão maior que lhes é conferida pelos brasileiros, de defesa da Pátria e manutenção incólume da sua soberania plena?”

      R: Pode ser qualquer um desses, senão todos eles: Sarney, Collor, Itamar Franco, FHC, Lula e Dilma.

      Nesses governos o Sr já estava lá e nunca ouvi o Sr falar nadica de nada.

      1. ERAS DE MIOPÍA ESTRATÉGICA
        O passo incerto e imprudente, comprometedor do futuro da nacionalidade, foi dado à época da frívola “temporada do caçador de marajás”, que não abateu nenhum mas, negligentemente, permitiu que o País abdicasse do direito que tinha, inalienável, de alcançar um poder de dissuasão que o colocaria em condições de efetivamente contrapor-se às ameaças mais atrevidas ao muitíssimo que nos cabe defender: um imenso território riquíssimo em recursos naturais. Pressionados, ficamos assim à mercê dos desvarios de grandes potências que terão sempre a justificá-los as suas aspirações nacionais, com a “diplomacia da força” sempre a inibir a “força da diplomacia”. Assim foi com a Liga das Nações em sua época, assim é hoje com a ONU. Seria, pois, de significado transcendental que as novas gerações do Instituto Rio Branco assimilassem este fato.
        Aquela temporada antecede a “era do sociologismo fugaz”, entreguista, globalizante, que na sequência daria lugar à “do teatro mambembe”, de frase de efeito, descompromissada com a realidade do presente e com a projeção do futuro, com matizes de um arco-íris esmaecido pintando o patético. A fobia pelo desempenho econômico de resultado faz com que “do nada passássemos à coisa nenhuma” em termos de autoestima, de planejamento e de preparo quanto ao que possa sobrar para nós no porvir nebuloso deste milênio. Miopia estratégica, portanto, este é o ponto comum perceptível nestes períodos estanques, com reflexos danosos nas relações externas e na manutenção de forças armadas capazes de compensar a incompetência da ONU na administração dos desvarios dos membros permanentes do Conselho de Segurança.
        Mandatos têm começo e fim, porém, quem de direito e obrigação não se apercebe de que aquela corte, estruturada como está, será sempre impotente. Não se impôs ao processo no Iraque e não o fará na Palestina. Pode ter sim, quando muito, como sempre, um papel complementar, incapaz de traçar o mapa do caminho dos acordos nas disputas em que se entrechocam objetivos de uma ou mais nações vinculadas a diferentes blocos militares, estes liderados por superpotências que, com ou sem razão, não querem ver seus interesses comprometidos. Por isso mesmo, se àquele fórum se admite que conviva ao sabor dos caprichos dos poderosos, o Brasil precisa ser forte como estes últimos.
        Na mesma senda de imperícia permitiu-se abrir uma bifurcação sem volta que conduz ao fustigamento de preconceito racial, deplorável em qualquer das suas manifestações, infelizmente de resistência enrustida e camuflada se bem que jamais no patamar encontrado em outros países. Esta vulnerabilidade seria amplamente estimulada por uma polemização crescente durante a “era do sociologismo fugaz”, acabando por estar agora enfiado goela abaixo de uma população brasileira multirracial, de repente surpreendida por “quilombolas” que elegem alguns cantões em áreas estaduais como extensões naturais dos terreiros de seus aldeamentos em terras africanas.
        Atenção, sinal de alerta, “era do teatro mambembe”, o gracejo infeliz, as pretensões insustentáveis, a bravata irresponsável e a gesticulação burlesca fizeram a cabeça da opinião pública, até hoje desavisada da fragilidade estratégica do País que já alcança níveis nunca admitidos, comprometedores de sua soberania. De repente, a reboque da submissão a uma diplomacia viciada, patrocinada na ONU por um primeiro mundo, chegamos ao fundo do poço reconhecendo neste órgão dispositivos que, em última análise, só corroboram para agravar um contencioso indígena. Sua neutralização, em absoluto, não será obtida pela simples observância das recomendações de voto de ministros do STF, na medida em que, às Forças Armadas, estão a faltar os meios capazes para garantir o cumprimento de sua missão naquilo que lhes será cobrado quando do reconhecimento externo do processo de “kosovonização” das reservas índias.
        EM CONTINUIDADE À “ERA DO TEATRO MAMBEMBE”, UM GOVERNO DE ADMINISTRAÇÃO PÍFIA, INCOMPETENTE, ABSOLUTAMENTE SEM RUMO, EM QUE O ESCÂNDALO DO “MENSALÃO” SE PROLONGA COM A ESBÓRNIA DO “PETROLÃO” (EMITO MINHA OPINIÃO COMO CIDADÃO BRAILEIRO E OFICIAL DO EXÉRCITO) TUDO ACOMPANHADO POR UMA CAMPANHA REVANCHISTA CONSTANTE, EM QUE A GOVERNANÇA E A POLITICALHA SE REVEZAM NO DESGASTE DE FORÇAS ARMADAS HUMILHADAS, AFRONTADAS DESRESPEITADAS ESTAS COMPLETANDO MAIS DE “13” ANOS DE ACÚMULO DE LACUNAS, POR QUEM DE DEVER E DIREITO, NO CUMPRIMENTO DE SEUS DEVERES SAGRADOS PARA COM A DEFESA DAS INSTITUIÇÕES MILITARES COM PERDA DE CONFIANÇA PELOS ESCALÕES SUBORDINADOS, FRAGILIZAÇÃO DA AUTORIDADE, PREJUÍZO DA UNIÃO, DA COESÃO E, EXATAMENTE POR ISSO, ABALANDO ELA MESMA (LIDERANÇA EQUIVOCADA) OS ALICERCES DA DISCIPLINA E DA HIERARQUIA (período acrescentado em complemento ao artigo original).
        Estes óbices dominantes, agravados durante eras consecutivas, estão a exigir estratégias de contensão e reversão imediatas nos âmbitos diferenciados de defesa interna e externa, posto que, sem aviso, os poderes constituídos poderão se ver na contingência de apelar para suas forças desarmadas, estas esbulhadas no seu direito de defender a nação com as garras que ela merece.
        PRRPAIVA
        INF/AMAN/1969
        ARTIGO PUBLICADO NO “JORNAL DA PAULISTA”

    2. Estereótipo do Cel frustrado que cospe no prato que comeu. O tipo que se achava mais do que era e agora destila seu ódio, pois no fundo lamenta porque nunca irá participar desse almoço. Pelo menos agora tem tempo para escrever asneiras.

      1. FORÇAS ARMADAS SÃO PARA DISSUDIR E VENCER E NÃO PARA PERDER
        (UM LAMENTO DE SOLDADO)
        Preciso deixar correr a mão que escreve transmitindo a angústia, a tristeza que emana do coração do soldado. Falar pelos que já nasceram soldados, porque assim viveram e assim vão morrer. Pensar, avaliar a frustração nos marinheiros e nos aviadores, posto que são todos eles simples e crédulos guerreiros da Pátria. Pedir ao cidadão, à mídia, que os olhem como acreditam ser, pelo que juraram, pelo que os emula, já que na luta devem ser valentes, cumprir a missão vencendo o inimigo, sem lamentar derrotas. Nossos filhos fardados precisam de ajuda, de solidariedade. Os rapazes estão indefesos, desarmados, incapazes de garantir o porvir de uma descendência que não é só deles, mas de todo um povo! Em verdade, o sentimento é de que o Brasil os esqueceu e se importa pouco se vão morrer desaparelhados, absolutamente inferiorizados, com carros de combate, submarinos e aviões de caça que ainda são negociados no exterior. Para variar, o Ministério da Defesa neste ano de 2015 foi afetado pelos cortes no orçamento, uma retenção infame de R$ 5,37 bilhões.
        Que alguém responda: “Como usufruir dos investimentos em educação, na saúde, no PAC afinal, se cruzando as ruas das capitais estaduais na Amazônia estiverem os blindados das divisões de marines, se ancorados, montando guarda às nossas plataformas de exploração no pré-sal, estiverem os cruzadores de uma coalizão?” O fato é que a urgência e a emergência em termos de um “poder de dissuasão sério” estão a exigir uma mudança total de mentalidade que não comporta mais medidas paliativas de padrão convencional. Lamentar pelo marinheiro, herdeiro da coragem de um Marcílio Dias que teve os braços amputados pelo inimigo quando impedia a arriação da Bandeira do Império. Reclamar pelo soldado, guerreiro anônimo herdeiro do Brigadeiro Sampaio, que, três vezes ferido em Tuiutí só passou o comando de sua divisão no estrito cumprimento de ordens emanadas do também bravo General Osório. Clamar pelo aviador arrojado, o falcão agressivo senhor do passado de glórias do 1º Grupo de Aviação de Caça, destacado nos céus da Itália em 1944. Por que não?
        A emoldurar, entretanto, esta legião de heróis estava o símbolo, a marca registrada da vitória, da glória, da honra militar dos que lutaram o bom combate, enfim dos que venceram porque estavam armados para a ocasião. Cidadão civil, trabalhador anônimo e diuturno, hoje, não espere deles tal desempenho. Não se engane, serão sacrificados em missão, não poderão garantir a tua terra, a tua casa, os teus pertences. E tudo isso por quê? Porque, ao invés de desencorajar, vão ter que combater absolutamente fragilizados.
        Tchê paisano, companheiro de infância, dos bancos escolares, do bate-papo entre vizinhos, você testemunhou os governantes e políticos de retórica inútil, demagogos contumazes, patriotas de ocasião discursando no melhor estilo mensaleiro: “Realmente, é preciso, nossas Forças Armadas estão no desmanche… é necessário… vamos providenciar a altura, fazer e acontecer. O Ministério da Defesa quer comprar aí uns “yellow submarines” e alguns caças. Mas isto não resolve, Amazônia e pré-sal, convencional por convencional o gap é irreversível; vão combater na selva e no mar com atiradeiras e traques de São João. Dizem os políticos: -“Ah! Mas o TNP é clausula pétrea, Deus nos livre, podem nos incluir no eixo do mal. Sabe de uma coisa, vamos pagar para ver. A propósito quantos de nós podem se candidatar a cargos eletivos? Sim porque agora existe uma tal de ficha limpa obrigatória”. Quanta cretinice! Um dia serão tomados de remorso pela incúria, pela desfaçatez, justiça seja feita, pela falta de brasilidade!
        PRRPAIVA
        INF/AMAN/1969
        ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL “A RAZÃO” DE SANTA MARIA/RS

  2. Nas atuais FFAA falar em defesa é falar de – TRAIÇÃO, DESONESTIDADE,DESLEALDADE,INJUSTIÇA!!! A tentativa de entre tantos privilégios ainda emplacar 10% de representação na reserva,mostrou a face da covardia, da ganância,da pobreza de espírito dos ditos estamentos superiores.

  3. nossos valorosos militares nao podem ser jogados na vala comum. Temos miitares que recolhem lixo nos morros, abrem estradas no lamaçal, trocam tiros em favelas, socorrem desabrigados etc etc….Açoes que enobrecem militares (na grande maioria praças) que habitam morros, favelas e sao tratados como ultima categoria por este comando que ai está..POLITIZADO PELOS GOVERNOS….estamos fora da nossa realizada..Inauguram um pedaço de submarino, exibim um tanque ultrapassado e aeronave sucateada …tudo para passar a imagem que somos soberanos…Enquanto nossas praças estiverem mendigando por salario, beneficios nao seremos nada

  4. A finalidade do texto é exprimir a realidade ou promover uma situação que reverta em auto elogio? As duas coisas juntas não é possível.
    Analisar apenas os pontos considerados positivos e esconder todos os sérios problemas embaixo do tapete, mostrar a fachada da casa reformada e esconder os filhos famintos nos fundos da casa.
    Parabéns ao ministro da defesa e aos comandantes de força pelas missões cumpridas na base do improviso desenvolvido por seus comandados, do sacrifício daqueles que são comandados mas nunca representados por vossas excelências.
    Parabéns pela visão seletiva, por saber escolher os bons temas para expor e pela excelente maneira de mostrar os resultados positivos.

    1. Povo mendigo, miserável, desgraçado, chorando de barriga cheia, miséria intelectual, esbravejando com olhar trevoso todos os esforços que em apenas 2 anos foram feitos para resgatar a auto estima nacional que é destruída desde 1930 com os partidos comunistas, e mais recentemente, com os 33 anos de governos esquerdistas.

  5. A maioria nada tem a comemorar ,foram ultrajados sem poder fazer nada de concreto pois a decisão não nos coube ,mas uma coisa ficou de bom, todo esse movimento dos graduados não passou despercebido , deixou uma mácula dentro da caserna onde a confiança que tínhamos foi colocada em dúvida ,para a maioria deixou de existir , pois foi pedido um voto de confiança diante de um acordo para que o antigo PL1645 passasse sem qualquer tipo de emenda que o corrigisse , coisa que até então não aconteceu .

  6. Fico pensando se o ministro Fernando Azevedo e Silva voltar para o STF onde estava, quando foi convidado por Bolsonaro para ser ministro da defesa. Já pensou quanta alegria, terminar a tarefa no MD
    e voltar com a missão cumprida, com o salário reestruturado no topo e ainda poder reencontrar o antigo chefe, Dias Toffoli, de quem era assessor militar ? Pode-se até dizer que seriam Dias de alegria e Felicidade de Suprema. O resto é um desatualizado e veterano passado que não tem serventia e não se encaixa mais nesse admirável e bem reestruturado mundo novo.

  7. Num governo militar e os militares foram sacaneados, inimaginável! Vamos propor ao tcu, rfb e coaf para verificar a linearidade no crescimento patrimonial dos altos coturnos em relação a tropa?

  8. Lamentável ver um Ministro da Defesa com esse prestígio junto aos graduados das Forças Armadas e as suas respectivas pensionistas. Mais lamentável ainda é ver censura de comentários na página oficial de um órgão da Administração Pública. Que apreço pela democracia! Que respeito ao contraditório! Decepção plena e irrestrita.

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