Primeira Brigadeiro da FAB: “pioneiras de 82 me inspiraram”

Brigadeiro Carla Lyrio, primeira mulher a assumir o posto na FAB
Imagem: Sargento Johnson/ Força Aérea Brasileira

Atual diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), a médica Carla Lyrio Martins assumiu nesta quarta-feira (25) o posto de Brigadeiro e tornou-se o primeiro Oficial-Geral da Força Aérea Brasileira (FAB). O anúncio oficial de sua promoção promoção foi feito no dia 7 de outubro, com a tomada de tomada pelo Alto-Comando da Aeronáutica.
“Quero honrar a história das pioneiras que ingressaram na FAB em 1982, quando foram criados os quadros femininos de oficiais e de graduados. Foram essas mulheres que abriram os caminhos para a minha chegada”, disse a Brigadeiro à coluna.
Natural de Belo Horizonte (MG), Carla ingressou na Força Aérea em 1990 e foi a primeira mulher a comandar uma Organização Militar da FAB, em janeiro de 2015, quando induzida o Comando da Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), no Rio de Janeiro.
“Eu me considero um exemplo, um modelo que pode servir de inspiração para aquele que almejam trilhar uma profissão que exige dedicação, mas que oferece oportunidades de crescimento profissional”, diz.
“É possível galgar postos e cargas de grande empresa, participar de processos decisórios de maior abrangência e alcançar a realização profissional”, completa, saliente que suas expectativas na posição de comando “são as melhores”.
Segundo a Brigadeiro, os valores cultuados na caserna “são fortes e positivos, capazes de orientar rumo a objetivos audaciosos”. “Hoje, às mulheres é facultado atuar em áreas extremamente interessantes: como combatentes, na saúde, no controle de tráfego aéreo, na administração, na manutenção e na condução de aeronaves. As possibilidades são infinitas”, diz.
Carla lembra que a participação de um concurso de âmbito nacional onde, pela primeira vez na história da Força, mulheres e homens concorreram com igualdade de oportunidades no ingresso para o quadro de oficiais médicos, farmacêuticos e dentistas. “Foi uma conquista pessoal importante a aprovação”, diz.

Busca por igualdade
À coluna, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, destacou o mérito da Brigadeiro Carla e que disse que há nas Forças Armadas a busca por igualdade de gêneros.
“A promoção da Brigadeiro Carla Lyrio é o reflexo da igualdade de direitos e deveres presente nas Forças Armadas. Graças ao seu esforço e profissionalismo, um militar solicitou o seu nome na história da Força Aérea Brasileira”, disse.
Atualmente, apenas 9% efetivo das Forças Armadas é de mulheres. Ainda não há generais Mulheres no Exército. Na Marinha, apenas duas chegaram ao posto de Almirante.

Currículo
Especialista em Medicina Aeroespacial, Hematologia e Hemoterapia, Carla possui Pós-Graduação em Vigilância Sanitária e Epidemiológica e em Desenvolvimento Gerencial na Gestão de Serviços de Saúde.
Além disso, integrou o corpo clínico do Esquadrão de Saúde da Academia da Força Aérea (AFA), da Base Aérea de Fortaleza, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG).
“Encontrei muito mais do que esperava, vivi experiências únicas tanto na área técnica, como médica, quanto na área operacional”, diz. Ela lembra que morou em cidades do Sul ao Nordeste do País. “Aprendi, cuidei, estudei, contribuí e amadureci como mulher, mãe, médica e militar”, afirma.
UOL/montedo.com

10 respostas

  1. Quem poderá levar nossa pauta ao CB: Correção do PASEP, Aumento linear, queda da prescrição nas férias de recruta, pagamento dos 28,88, sendo incluído no orçamento de 2022, Equiparação do CAS, etc…c ñ for agora…

      1. Novamente isso Montedo.

        Primeira mulher, primeiro negro, primeira trans, primeira gorro azul, primeira guerra na selva etc etc

        Já deu né Montedo, sabemos bem como chegaram aonde chegaram.

        Ex: se no meu da formação básica pqd a gorro azul engravidar?
        Já se no meio da formação do gorro azul o Homem fizer um filho na esposa, segue o baile é ninguém é puxado.

        Isso serve para todas especialidades que temos a PRIMEIRA MULHER….

          1. Não creio que seja isso, camarada.

            Penso que temos muitos brasileiros que não foram contaminados pela praga do “politicamente correto”, que destrói a sociedade silenciosamente.

  2. Como sempre a FAB criando as suas facilidades, a Cel Méd ingressou na FAB em 1990 portanto tem 30 anos de serviço efetivo a sua promoção é algo imédito, pois geralmente as promoções ao Posto de Of Gen ocorrem muitos anos após a promoção ao posto de cel.

  3. Não fazendo parte do assunto, mas fazendo parte ainda do tema, eu sempre notei que os médicos nas FFAA só ficam para adquirir experiência em cima das cobaias, os graduados, pois oficiais têm sempre alguma possibilidade de convênio particular. Quando realmente eles (médicos) estão experientes são promovidos (faz parte da carreira), passam a não dar mais consultas (isso não deveria fazer parte) e vão trabalhar na área administrativa do hospital ( também não deveria existir). Dessa forma, quem dá consulta é sempre o médico “novinho”, maioria tenentes recém-formados.

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