Chico Alves
Colunista do UOL
A revelação de que entre 2015 e 2016 o vice-presidente Michel Temer teve reuniões com o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, e o chefe do Estado-Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff, agitou o cenário político.
A informação está no livro A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar uma Agenda Para o Brasil, coletânea de entrevistas de Temer ao professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield.
Um dos militares citados, o general Etchegoyen, falou à coluna sobre as acusações de que esses encontros fizeram parte de articulações políticas contra o governo. Na entrevista, confirma a contrariedade que representou para os generais a Comissão Nacional da Verdade, que funcionou entre 2011 e 2014, para investigar violações dos direitos humanos ocorridas durante a Ditadura Militar.
A afirmação ajuda a entender a grande resistência que os petistas passaram a ter entre os comandantes militares a partir de então:
UOL – A revelação das reuniões do sr. e do general Villas Bôas com o vice-presidente Michel Temer, entre 2015 e 2016,estão sendo tratadas por integrantes do governo petista como articulação política contra a presidente Dilma Rousseff. Como recebe essa avaliação?
General Sérgio Etchegoyen – Parece ser o que restou a alguns personagens no seu esforço vão de encontrar uma narrativa para esconder seus próprios erros e que eles isolaram os militares, desrespeitaram-nos, encenaram uma Comissão da Verdade claramente vingativa, afrontaram a lei para usurpar competências claras dos comandantes e, note bem, o governo nunca nos procurou, ao contrário de muitas outras lideranças da época, não só o então vice-presidente, inclusive parlamentares da base de apoio do governo. Além do que, os encontros constam da agenda do então vice-presidente, é só consultar.
Houve incitação de Michel Temer para uma conspiração?
Ele, com sua conhecida conhecida formação jurídica e fidalguia, foi apenas uma das várias autoridades com quem conversamos, trocamos impressões e eventualmente nos aconselhamos. Nunca ouvi de Michel Temer estímulo a ações ilegítimas ou convite para conspirações.
Essas reuniões criaram o clima que acabou resultando no impeachment de Dilma?
A acusação é ridícula. Que poder teriam os militares para impor ao Congresso o resultado de um processo de impeachment no qual o Parlamento e o STF foram os grandes protagonistas?
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
UOL/montedo.com
Faço minhas suas palavras…
No Twitter, o General Villas Boas reproduziu a fala de Etchegoyen:
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) November 2, 2020
12 respostas
Então os comandantes não são tão cumpridores da Constituição assim como dizem ser…
Putz… onde está escrito isso?
Soldado do Exército morre após ser encontrado ferido dentro de quartel em Feira de Santana
https://globoplay.globo.com/v/8991142/
Tsuname chegando.
Tsunami
Com “i” no final.
Nos poupe companheiro, abs.
Esta “começão da verdade” só serviu para dar gordas indenizações e pensões aos “cumpanheirus”…não foi luta armada mas um investimento futuro! Uma piada! É como se fossem os nazistas pedindo indenizações aos aliados por terem sido derrotados! Estes guerrilheiros e terroristas NUNCA lutaram por democracia! Queriam a revolução e a instalação de uma ditadura aos moldes de Cuba! Perderam e ainda foram indenizados! Só mesmo em Pindorama…
Ao levarmos o olhar ao longo da história do Brasil, veremos que as oportunidades de profissionalização das Forças são colocadas a perderem-se. Nos últimos tempos houve enorme progresso, mais notadamente nos últimos vinte anos.
Há projetos importantes de modernização, o prosub e a modernização de equipamentos na Marinha, que deu novos ares ao Corpo de Fuzileiros Navais. O FX e o cargueiro na Aeronáutica, sem precedentes na América Latina. Lançadores de foguetes, blindados e armamentos leves pelo Exército. Quero crer que é esse o papel de nossos líderes, modernização dos meios e a busca incessante pelo profissionalismo. Entretanto o que se vê é o enveredamento na seara política, é, sem dúvida, a colocação de objetivos pessoais a frente dos institucionais. É o caminho fácil aos erros da nossa história, uma história marcada por conspirações periódicas.
Caros João Gomes e Anônimos,
– luta armada, “cumpanheirus”, guerrilheiros e terroristas, Prosub, FX e o cargueiro na Aeronáutica… e etc.
– Por favor, Para !
– Que universo paralelo os Senhores estão ?
– Para !
– O mundo passando pela pior crise após II Grande Guerra, e vocês nesse delírio de fantasmas ideológicos e gastos bélicos.
– PQP.
– Quanta imaturidade e imbecilidades.
– PQP.
– Tem hora que dá vergonha em pensar que vocês são militares.
Que desagradável !
p.s: só uma perguntinha, vocês são do EM né, tá explicado.
Resposta:
Sim, com certeza deve ser da turma daqueles Cel EM com altos estudos.
É por estes que estamos nesta situação, estes Generais do governo são da mesma turminha.
Que desagradável!
Prosub, FX, guerrilheiros…
Lamentável
Opa !
Com certeza são do EM (altos estudos).
Também, estão com o burro na sombra e fazendo seus cálculos de como ficarão bonitos seus contra-cheques com esta cínica Reestruturação da carreira dos oficiais superiores.
…”luta armada, “cumpanheirus”, guerrilheiros e terroristas, Prosub, FX e o cargueiro na Aeronáutica… e etc”…
Brincadeira, que caras-de-pau.
O Presidente como chefe supremo das forças armadas não é tão supremo como todos pensam.
LEI Nº 7.170, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983.
Art. 1º – Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
I – a integridade territorial e a soberania nacional;
Il – o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;
Ill – a pessoa dos chefes dos Poderes da União.
Art. 18 – Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados.
Pena: reclusão, de 2 a 6 anos.
Art. 23 – Incitar:
I – à subversão da ordem política ou social;
II – à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições
civis;
III – à luta com violência entre as classes sociais;
IV – à prática de qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
Art. 26 – Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
Parágrafo único – Na mesma pena incorre quem, conhecendo o caráter ilícito da imputação, a propala ou divulga.
LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950.
Art. 6º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados:
6 – usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício;
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:
5 – servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua;
7 – incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina;
8 – provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis;
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:
3 – não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição;
4 – expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da Constituição
Ah.
Ah ?
Ah !
Ahhhhhhhh…
Que diabos de comentário é esse.
…” O Presidente como chefe supremo das forças armadas não é “…
Jesus !