Em livro, Temer revela contato com militares antes do impeachment de Dilma

18/12/2017 Cerimônia de apresentação dos Oficiais promovidos

Marcelo Godoy
São Paulo
Diante do cerco que se formou contra sua Presidência, Michel Temer (MDB) tomou uma decisão: passou a gravar entrevistas com o professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield para contar a quente sua versão da história. Ali os delatores são comparados a Joaquim Silvério dos Reis e a Judas, o presidente se vê como o personagem da série de TV Designated Survivor e faz revelações, como o contato mantido com os chefes militares antes do impeachment. Também conta como decidia, com quem se consultava e diz acreditar que seu governo será reconhecido pela moderação e pelas reformas que promoveu.
É essa a imagem do ex-presidente em seu livro A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar uma Agenda Para o Brasil.
O encadeamento das entrevistas faz da obra quase um livro de memórias. Conduzido pelo filósofo, de quem é amigo, Temer logo aborda os encontros com o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, e o chefe do Estado-Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre 2015 e 2016, antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Rosenfield, a história desses contatos revela o desgaste da relação do PT com os militares em razão da Comissão Nacional da Verdade, do receio de que Dilma tentasse mudar a Lei de Anistia e de outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009.
Os militares temiam ainda que o PT buscasse mudar a forma de acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academias. Queriam, por isso, ouvir o então vice para saber, nas palavras de Rosenfield, com quais cenários deviam trabalhar.
“Não foi uma vez. Foram vários encontros”, afirma Rosenfield.
O relato feito por Temer busca retirar os encontros do campo da conspiração política para colocá-los dentro da institucionalidade do contato entre o vice-presidente e os chefes do Exército. Após o impeachment de Dilma, Villas Bôas seria mantido no cargo e Etchegoyen seria nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recriado por Temer. Leia mais.
UOL/montedo.com

9 respostas

  1. E ainda tem maluco que vai gastar dinheiro comprando este livro? Livro escrito por políticos no Brasil? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

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