Sargento do Exército Brasileiro: responsabilidades e desafios

Síntese da missão do sargento – retirada da palestra do Adj Cmdo Ex

*Edi Carlos Bernadino
Parte integrante e fundamental da estrutura organizacional da Força Terrestre, sobre o sargento recai grande responsabilidade pela manutenção da solidez do Exército Brasileiro. A ele cabe a missão de servir como “referência imediata” para cabos e soldados e para Sargentos mais jovens e recém-egressos das Escolas. Esta referência se concretiza pelos exemplos de profissionalismo e correção de atitudes demonstrados no dia a dia dos quartéis, desde o cumprimento das ordens dos superiores até a atuação pautada na disciplina consciente.
A responsabilidade cresce de importância pela proximidade funcional entre os graduados e inicia-se desde cedo na formação militar dos mais modernos. A forja das escolas militares intensifica-se com a apresentação na organização militar dos Corpos de Tropa. É ali onde tudo é posto à prova. A tutela e a constante vigília dos instrutores e monitores que dão o amálgama inicial da formação cessam, e o sargento precisa seguir o seu próprio caminho, atento às referências positivas dos oficiais e graduados mais antigos e experientes.
Ao longo da carreira, o sargento constrói a competência necessária para cumprir suas tarefas com perfeição. Conforme o Manual de Fundamentos – Doutrina Militar Terrestre, essa competência é a capacidade de mobilizar, ao mesmo tempo e de maneira inter-relacionada, conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e experiências (chave) para decidir e atuar adequadamente. Este acrônimo aponta o “Norte”, onde o sargento tornar-se-á eficaz e efetivo no cumprimento das diversas missões, na condição de comandante de pequenas frações.
O Exército Brasileiro possui diferentes níveis de comando e organização. Neste sentido, o pleno entendimento dessas camadas é vital para o funcionamento das pequenas frações. Ao compreender seu espaço e a amplitude de suas responsabilidades, o sargento coopera para que essa estrutura de comando funcione melhor ajustada, contribuindo para reforçar as bases de trabalho da Força Terrestre. O oficial, ao dispor do sargento como um assessor confiável e capaz, com destaque para o sargento adjunto, terá melhores condições para decidir e comandar seu pelotão.
Ao sargento cabe conhecer muito bem sua profissão e, principalmente, seus subordinados. Deve comunicar-se eficazmente e estar sempre pronto para corrigir com sereno rigor, apoiá-los nas dificuldades, e, não menos importante, emprestar bons exemplos em todas as oportunidades. Estar próximo ao subordinado é indispensável para a construção de um ambiente favorável ao estímulo da confiança e da motivação. Por suas atitudes e verdadeiro interesse em seus subordinados, o comandante da pequena fração demonstra o valor de cada um para a instituição, obtendo como retorno a motivação de seus comandados nas diversas missões recebidas, resultando sempre em excelente desempenho coletivo.
A confiança gera a credibilidade e ela, por si, sustenta a liderança. Isso faz com que o subordinado sinta-se motivado, apresente melhores resultados e passe a compreender que faz parte de uma equipe. É o que conhecemos como “sentimento de pertencimento”. Toda sinergia emanada por integrante da fração traduzir-se-á em coesão que potencializa rendimento.
Para o aprimoramento das relações interpessoais na caserna, algumas rotinas são o azimute para o sucesso e não há Exército contemporâneo que possa desfazer-se delas. As conversas nas formaturas matinais, o treinamento físico militar por fração constituída, a manutenção do armamento com sua fração e as confraternizações são algumas das oportunidades que o sargento precisa valer-se para estar mais próximo ao subordinado.
Quando realmente o conhecemos e identificamos suas qualidades, fica muito mais fácil atribuir responsabilidades, sendo uma excelente oportunidade para gerenciar e desenvolver o potencial do militar. Permitir ao sargento que tome decisões e que tenha iniciativa nos limites da intenção de seu comandante é uma ação que valoriza o profissional e constrói sólidos laços de confiança. Dar autonomia para o subordinado é proporcionar a maturação da tríade “confiança, credibilidade e liderança”.
No contexto atual, em que as formas de emprego das frações em operações têm evoluído e se apresentam mais descentralizadas, uma decisão equivocada de um graduado repercute de forma imediata e pode afetar o resultado da operação, além de comprometer a imagem da instituição. Sargentos competentes, conhecedores de sua profissão e dotados de iniciativa, coragem física e moral, conseguem extrair os melhores resultados dos militares sob seu comando.
Fica evidente que a capacitação técnica do sargento é imprescindível para enfrentar os atuais e futuros desafios. Ainda vale destacar que, conforme o objetivo nº 11 do Plano Estratégico do Exército 2020-2023 e as Premissas da Diretriz do Comandante do Exército 2019, toda conduta deve estar alicerçada nos valores, nas tradições e na ética militar. Cultuar as tradições da instituição é dar continuidade ao legado herdado de nossos antepassados e honrar o compromisso assumido de entregá-lo às novas gerações, afinal, a palavra tradição, do latim traditio, significa “entregar, passar adiante”.
Por fim, a Força Terrestre entende que atribuir maiores responsabilidades ao sargento é fortalecer a própria instituição, com uma base sólida e eficaz. Quanto melhor for a formação do sargento e mais aprimorado e atrativo for seu plano de carreira, melhores e mais motivados profissionais das armas serão para a manutenção de um componente terrestre moderno, coeso e dotado das capacidades necessárias para cumprir sua missão.
* 2º Tenente QAO, Adjunto de Comando do Exército
EBlog/montedo.com

54 respostas

  1. Texto grandão e não disse nada que o pessoal já não saiba ou esperava. Melhorar o plano de carreira dos graduados tornando ela mais atrativa? Então que eles mostrem com ações concretas e não só em textos pomposos que depois todo mundo esquece. Vai ter gente que vai dizer e a reestruturação? Foi boa? Pra alguns com certeza, já pra outros nem tanto e cada um com sua opinião, porém e o que está por vir? Tempo de promoção de quase 10 anos? Maior dificuldade pra fazer os cursos que dão os adicionais?Está tudo muito incerto. Então é melhor esperar as cenas dos próximos capítulos. Espero realmente que a melhoria, de fato, no plano de carreira e a valorização dos graduados venha em breve.

  2. A verdade é que grande parte dos sargentos mais novos logo que se forma já inicia os estudos para outros concursos públicos, quer seja buscando melhores remunerações ou para buscar uma nova profissão mais dinâmica. A verdade é que a profissão militar ( das forças armadas) precisa ser repensada para o contexto atual. Para que servimos? Para onde vamos? Passaremos 35 anos treinando, marchando
    em formaturas e recepcionando autoridades? Será que servimos apenas para ser uma “gigantesca força estática dissuasiva”? O cara olha para a PRF e PF e vê uma missão, olha para a PM e vê outra missão … já nas FAA atualmente o que temos como missão/ visão??! ( salvo algumas funções/localidades específicas ) ?!? Enfim , não é uma crítica , mas uma reflexão …abraços a todos

  3. “Permitir ao sargento que tome decisões e que tenha iniciativa nos limites da intenção de seu comandante é uma ação que valoriza o profissional”.

    Muito bonito tudo isso na teoria, na prática sabemos que dentro dos quarteis as coisas são bemmmmmmmmmmmmm diferentes.

    1. Dentro do alojamento, reclamando e fugindo de missão, certamente não acontece nada. Se apresente com voluntário, proponha alguma mudança, queira participar do processo decisório da sua instituição. Existem instrumentos institucionais para que você seja ouvido, e eles funcionam, basta você querer sair da cômoda situação de apenas criticar.

      1. Tu não deve ser praça… praça ser ouvido? instrumentos institucionais que funcionam? A única coisa certa é que Oficial é Deus e dono da verdade. O que funciona é o R-Quero. Cada dia faz mais sentido os áudios do Sgt Congolo e um novo que diz “trabalhe desmotivado para que ninguém possa tirar sua motivação”.

        Saímos da escola motivados e querendo fazer a diferença, mas na tropa ganhamos um balde de gelo e depois de um tempo só queremos a debanda. Não é necessário listar todos os absurdos que acontecem todos os dias em todos quartéis…

  4. Atualmente a carreira no Eb esta melhor do que a da FAB e MB ,souberam valorizar seus graduados coisa bem diferente nas outras onde até cursos previstos não disponibilizaram ficando seus graduados no prejuízo ,parabéns a todos .

  5. O texto é interessante, mas vamos cair na real.

    – Esse texto não serve para o sargento temporário, pois não tem carreira permanece com 3° sargento por 8 anos.

    – Para ser considerado militar de carreira os concursados devem estabilizar depois de 10 anos de efetivo serviço.

    – A carreira do praça termina como subtenente e após isso é carreira de oficial.

    – Estão diminuindo a quantidade de militar de carreira e aumentando o número de militares temporários, esses militares são renovados a cada 8 anos.

    – Os sargentos altamente especializados ficam subordinados a oficiais com menos 3 meses de formação e com apenas o ensino médio, principalmente agora que são formados com nível superior.

    – A remuneração dos sargentos de carreira não estão acompanhando a tradição de ser exemplo, de aperfeiçoamento e dedicação.

    Fora isso o texto é bom.

  6. Onde se lê “atribuir maiores responsabilidades”, leia-se: Tirar atribuições dos oficiais e repassá-las para as praças (vide sindicância e porta-estandarte). Valorização.

    Aham, “çei”…

  7. Na OM que sirvo 3° Sgt não pode nem assinar cartão de cabelo de Cb/Sd kkkkk. Servir com lealdade conta outra. Sabiá frase que escutei de um subtenente raiz ” a alteração está nós olhos de quem vê” o norte do praça é definido por uma bússola que só aponta para o objetivo do superior

    1. Parece que alguns militares vivem no fantástico mundo de Bob, está igual a um ministro da saúde que desconhecia a existência do SUS.

      “Quando eu era criança, assistia um desenho animado que se chamava O Fantástico Mundo de Bob (Bobbys World), sobre uma criança feliz com grande cabeção, propositada e proporcionalmente à criatividade exacerbada da personagem, que corria com seu triciclo, enquanto inventava estórias e situações, num mundo só seu.

      Bob é muito inventivo, e cria seres imaginários imaturos, onde cada qual Dasein só presta atenção em si próprio e aos outros só acusa.”

      https://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/100042119/o-fantastico-mundo-de-bob

  8. Nao compensa moço.
    2 anos de escola, sai com nivel superior, pra ter um chefe com ensino medio completo e 19 anos que estava andando na rua e caiu uma estrela do céu… um npor que vai sugar o exercito e dar no pé em 8 anos, ele vai embora e vc ainda será terceirao.

    Melhor porta de entrada do exercito: npor.

    1. Na realidade , isso é para abrigar o filho do “sr” que não quer servir como soldado e pior que existe a maioria que se acham alguma coisa de importante

  9. Repensar o EB como um todo seria a melhor via, redimensionar seu tamanho ,qual real missão , o povo precisa que se somem esforços para que as coisas funcionem agora e não para um futuro incerto que muitas vezes nem veremos ,agora que caminhamos para o topo salarial talvez não precisaremos mais dessa quantidade de militares ,principalmente de comando onde as promoções apontam simplesmente para uma melhoria salarial coisa que agora não mais se justifica ,temos muitos militares fora de função exercendo outros afazeres sem uma relação direta com a finalidade fim ,penso que o período é de transformação , nesse momento a sociedade perguntará se vale a pena mantermos esse alto custo sem dar um retorno , precisamos de qualidade e não quantidade .

  10. Há muitos anos atrás um Maj à época, hoje Cel Reformado falou uma coisa que até hoje eu nunca esqueci: “carreira nas forças armadas é para oficial, você praça é mão de obra, quando saí da academia já sabia o dia que seria Cel, tu quiçá saberás se sairá ST, por mais competente que tu sejas, terás que ter sorte para sair oficial QAO, pois como praça em sua caminhada encontrará muitos percalços.

    1. Ele mentiu pra você, pois todos saem ST, assim como eles saem Cel. Agora QAO, realmente não são todos, “apenas” 70% da turma, o cara tem que cagar muito, ou fazer merda pra não sair.

      1. Você não sabe de nada sobre promoção a QAO Sargento de Carreira, sobre a sujeira que é, sobre os casos de fraude…..vá se informar melhor.

  11. Fiz exatamente o que o texto descreve por longos anos. Ajudei forma vários Sgt temporários, orientei vários do NPOR, até evitei que um aspirante no campo da artilharia mandasse fogos em direção a Bangú, colocou a deriva 2 milésimos para esquerda. Sabem o que ganhei depois de 29 anos de serviços? NADA!
    O texto esqueceu de comentar que várias portarias são criadas ao bem querer dos “lordes”, sempre dificultando alguma coisa para os praças.

  12. Pior que um Of de tres meses é um Of de 5 anos que nao consegue ministrar uma Sessão de TFM, dentre outras.
    Mimado e paparicado pelo sistema e por alguns ST desesperados que jogam a mae no fogo pra ganhar uma espadinha.
    Somemte uma guerra para aparar as arestas

  13. “O cara olha para a PRF e PF e vê uma missão, olha para a PM e vê outra missão … já nas FAA atualmente o que temos como missão/ visão??! ( salvo algumas funções/localidades específicas ) ?!? Enfim , não é uma crítica , mas uma reflexão …abraços a todos.”

    “Existem instrumentos institucionais para que você seja ouvido, e eles funcionam, basta você querer sair da cômoda situação de apenas criticar.”

    1. Várias missões. A grama tem que estar cortada e os meio-fio pintados com CAL. Tem que cantar alto a canção e a demonstração pro Gen tem que ficar boa. E nunca se esqueça de agradar o Cmt da OM.

  14. Comentário para os jovens: para um inicio de vida, passar nas provas de sargento do Exército, Aeronáutica ou Marinha é uma boa, entretanto com o passar dos anos este jovem sargento verá que as instituições FFAA, não valorizam seus sargentos, esta estória de valorização é só no papel, os oficiais infelizmente não valorizam os praças, a décadas as praças tem perdido direitos, seus salários tem sendo achatados, e o pior que não é pelo governo não, e pelos oficiais generais criam sempre um pacote para o governo economizar, cortando na carne da tropa, quando estes senhores já tem seus direitos adquiridos. Tivemos o caso dos 28% que os generais conseguiram aumentos maiores para eles e menores para seus graduados na década de 90, tivemos a Medida Provisória de 2000 (a MP do Mal), que generais ofereceram ao Presidente Fernando Henrique, cortes de direitos da tropa em geral para fazer média, já que eles já tinham estes direitos, temos as promoções de praças que no EB é uma bagunça e cheio de indícios de fraudes, principalmente de Subtenente a 2º Tenente do QAO, e para finalizar tivemos agora em 2019, a reforma da previdência dos militares que tirou da massa dos graduados dinheiro e direitos adquiridos, para dar um aumento generoso para oficiais. Então jovens aconselho a usar a carreira de sargento como um trampolim para fazer faculdade ou cursos preparatórios para concursos que pagam mais e que valorizam seus quadros, como Policia Federal, Polícia Rodovia Federal, Policia Militares dos estados que pagam mais que as FFAA, Bombeiros Militares dos estados que pagam mais que FFAA, etc. os sargentos não são bem tratados pelos oficiais, não são respeitados, não são tratados com dignidade, lealdade, honestidade, igualdade…..

    1. Completando: agora FFAA será 35 anos de serviço. sargento tirarão serviço por volta de 27 anos, enquanto oficiais tiram serviço apenas 7 anos. Sargentos para ser promovido de 3 sargento para 2 sargento levara 10 anos, enquanto oficiais em 7 anos são promovidos 3 vezes e chegam a capitão. Escalas de serviços apertadas na maioria dos quarteis e a maioria dos comandos não aliviam escalas de sargentos……não se importam com seus graduados.

      1. Falou tudo camarada, quase nada acrescentar, cai nos meu peito esta reserva, passageiro da agonia, isso mesmo, passageiro da agonia. Escala de serviço maldita, cheios de invenção, praça só sofre. E tem mais, sabe aquele curso de Altos Estudos, pois é, uma minoria, mas uma minoria mesmo alcançará.

    2. Sou ST e discordo de vc amigo, pois foi valorização da carreira. Antes vc olhava para a carreira, olhava o contracheque de um ST e pensava: vou fazer concurso e dar no PÉ, pois o salário não compensa no fim de carreira. Hoje está diferente. O lobinho não tem um passarinho para alimentar e vê o contracheque do subão e diz: no fim da carreira vai valer a pena.

      1. O final de carreira de Sub do exercito vale a pena? no final de 2023 estarei ganhando liquido 9 mil e poucos reais, conheço subtenentes de PMs e Bombeiros militares que ganham agora 11 a 12 mil reais……….ta pagando bem as FFAA? ta valendo a pena pra quem entra agora. Garotos novos valorizem sua vidas e procurem carreiras ondem serão mais valorizados e receberão mais. Usem as FFAA apenas como trampolim para uma carreira melhor.

        1. Comparar com ST PM não dá, vai correr atrás de bandidos por 30 anos, chega no final da carreira um caco. Muita gente não quer ver, mas temos o salário indireto que tem que ser colocado na balança: Transferências, Cursos, PNR, CMs, FUSEX … É uma boa carreira de Ensino Médio, melhor só se for com Ensino Superior, o que é autêntico para aqueles que querem ascender.

        2. Camarada Esse salário que Vc tá expondo é uma exceção, não use como parâmetro pq não é essa a realidade das PM. Só o PNR de um militar que mora em Brasília, soma por baixo 3 mil no contracheque. Isso deve ser contado.
          Seu parâmetro nos serve de base.

    3. Excelente Sub, esse é o pensamento! Quase todos querem sair, mas poucos conseguem ou se dedicam a estudar. PF, PRF, Tribunais… são concursos difíceis, mas é possível.

  15. Ao Subtenente Velho no 22 de outubro de 2020 a partir do 14:32

    Esse sim é um Sten RAIZ, sem rodeios, não chegou a sub puxando saco de oficiais e puxando tapetes dos próprios praças.
    Se os praças fossem unidos a história seria outra, mas dentro dos quarteis cada um só quer fazer o seu e era isso…

  16. Não sou versado nas artes de Camoes ou de Michelangelo como o nobre Ten Adj Cmdo mas dois detalhes me chamaram a atençaõ:

    Na imagem que ilustra o texto se lê “Respeito e lealdade aos Oficiais” e quem os ensina a serem leais para com os seus subordinados e os respeitarem dentro dos regulamentos? Em mais de trinta anos de serviço trabalhei com oficiais que não tinha o mínimo de respeito para com seus subordinados. Digo respeito como ser humano mesmo. Voce dizer a um subordinado que o filho doente dele é um problema do militar e que o exército não tem nada com isso é uma total falta de humanidade. Foram poucos mais ainda existem.

    Lealdade é uma via de mão dupla. Tive chefes, e não são raros, que se a missão desse certo todos os louros para ele, mesmo que não tivesse participado de nada, nem do planejamento mas se desse errado a culpa era totalmente do sargento. No meu dicionário isso não é ser leal. Não me cobre aquilo que voce não faz.

    Mas o que mais me chamou a atenção é o fato do texto que enaltece a carreira do sargento ser escrito por um QAO que é o aAdj Cmdo do Cmt EB. Não ponho em cheque a competencia do militar, muito longe disso, mas se a ideia é valoriza o sargento então por que os Adj de Cmdo de todos os comandantes em todos os niveis não é um sargento? O Adj Cmdo foi uma cópia mal feita do Sgt Major americano.
    Ter um S Ten ou um Ten QAO como adj de cmdo muito pouco agrega aos praças. Começando pela escala de serviço já que os mesmos não concorrem a ela não vão apresentar ideias e insistir nelas para melhorar nada.
    Sei que existem excelentes sub ten e QAO na função de Adj de cmdo, mas se a ideia era valorizar o sargento a ideia deu em agua.
    Façam como o Sgt Bda. 1º sgt e pronto. Foi promovido larga o osso.
    Sawubona.

    1. Concordo em parte com o companheiro, pois acredito que o representante dos praças deve ser o mais antigo praça, ou seja, o ST. E quanto ao QAO, está na função por ter sido promovido, mas precisamos lembrar que é a sequência da carreira do Sargento.

  17. Realmente um texto Brilhante, se tiver sido feito pra lembrar o Sargento de quem ele é, ou seja CUMPRIDOR, EXEMPLO, isso.. aquilo…
    O Sargento tem que conhecer seu Subordinado e andar junto dele, ser exemplo pra ele, mas esse mesmo Sargento ( Conhecedor, Exemplo, Companheiro e Superior Imediato) não tem competência pra assinar um Mero Cartão de Cabelo. Que humilhante não é?
    Aí Vc vê um menino de NPOR, formado em 6 meses de meio expediente, que mal sabe marchar direito, sem nem saber o que tá fazendo alí, desconsiderar um Primeirão ou um Segundão. Não to falando dos Of de AMAM, pois ralam por 5 anos, realmente percebe-se a diferença Nestes, mas desses garotos colocados pra “comandar”, a frente de Sargentos Experientes, o qual muitas vezes não dá ouvido a um conselho desse Experiente Militar. Há eu entendo, Hierarquia né ? Verdade, eu entendo. Foi so um desabafo, desculpe, somos Sargentos.

  18. Enquanto continuarem a tratar os praças como seres de uma “casta inferior” indigna da “grandeza” dos oficiais, as forças armadas não sairão do lugar onde estão. É revoltante ver o tratamento dispensado a determinados colegas de farda. É necessária uma tremenda reestruturação das bases do militarismo. Os tempos são outros, e não serão aceitas distorções. Existem coisas que acontecem na caserna, que facilmente se enquadrariam como racismo e outros crimes na sociedade atual, que muito briga por igualdade. Já fui, por exemplo, privado de frequentar espaços públicos destinados a seres intergaláticos. Se formos expor as histórias de cada um aqui, não haveria espaço para tantos exemplos, infelizmente.

    1. Quem não quer cumprir os Regulamentos tem que fazer outro concurso. A Instituição é baseada na Hierarquia e Disciplina. A profissão militar é vocação. Cara um 3º Sargento recém formado estava reclamando que vai para o campo e que o suor e a terra causam alergia no rosto. Caracas… Este militar esta na profissão errada. Tem Sargento que fica o tempo todo no alojamento e no zap zap. São duas linhas na carreira Oficiais e Praças. Quem quer ser Oficial faz o concurso para ESPCEX. Quem quer ser Praça faz o concurso para ESA. Promoção dos QAO é “mérito”. Conheço um camarada que toda carreira reclamou. Chegou a extrair dois dentes para não ser escalado de serviço no final de ano. Nunca fez cursos e não sai QAO e fica “minando” reclamando que foi MB do CFS e Excelente no CAS, e tem rabeira que sai promovido. A formação é o inicio. Não adianta o cara ser papirão, e no decorrer da carreira não se dedicar. Chega de mi-mi-mi. Quer ser Oficial faz ESPCEX! Quer ser Sargento faz a ESA! Não quer nenhum faz outro concurso.

      1. Mudou sim, nem oficial das Forças armadas tem moral, são uns incompetentes que não lutaram nem por seus salarios durante as decadas passadas, já que oficial das PMs e Bombeiros Militares ganham mais. Saima desta arapuca de FFAA, façam prova para PF, PRF, PMs e Bombeiros dos estados que pagam melhor que as FFAA.

  19. Os sargentos de carreira estão gostando do novo plano de carreira que esta circulando nos whatsapp ? ta gostando da valorização ´´sargento de carreira“ ?

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