Exército comprou cloroquina quase três vezes mais cara, apontam documentos no TCU

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Em dois meses, o grupo Sul Minas aumentou o preço dos insumos para fabricação de cloroquina que vendeu ao Laboratório Químico do Exército (LQFex) em quase três vezes, segundo documentos anexados a processo no TCU. Em março, a empresa vendeu difosato de cloroquina por R$ 488 por quilo ao Exército. Em maio, o quilo passou a custar R$ 1,3 mil.
Segundo a CNN, o Exército não contestou o aumento no preço. Só enviou um questionamento formal à empresa depois que o Ministério Público enviou uma representação ao TCU.
Marcelo Luis Mazzaro, um dos responsáveis pela empresa, disse em carta ao LQFEx no dia 21 de julho, depois da venda, que a fabricante do produto, a IPCA, elevou seu preço em 300% em março de 2020 e em 600% em abril. O executivo também disse que o custo do frete internacional subiu 300%, além da variação cambial de 45%, que justificariam a diferença de preços entre março e maio.
A PGR também já recebeu uma “notícia de fato” a respeito da inflação no preço do difosato de cloroquina, matéria prima da hidroxicloroquina.
A representação do MP ao TCU foi feita em junho. No documento, o órgão disse que havia indícios de superfaturamento nas compras feitas pelo LQFex: o preço pago pelo laboratório havia sido seis vezes maior que o registrado um ano antes, quando não havia pandemia.
Ainda não houve decisão no processo, que é de relatoria do ministro Benjamin Zymler.
O Antagonista/montedo.com

2 respostas

  1. Ninguém tinha cloroquina para vender. Ninguém queria vender. Quem abriu mão, a favor do Brasil foi a Índia. Com o mundo inteiro sabendo da eficácia da cloroquina, os preços subiram mesmo.

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