Após protesto de familiares, Exército se pronuncia sobre caso de soldado morto em batalhão no AM

Manifestação de familiares e amigos ocorreu neste sábado (8) | Foto: Naylene Freire

Jhonatan Pantoja, de 18 anos, era soldado e morreu após ser baleado dentro do 7º Batalhão de Polícia do Exército, em Manaus

Jonatha Correa Pantoja saiu do município de Borba para servir ao Exército em Manaus. — Foto: Arquivo Pessoal

Jordan Muniz
Após a família de Jhonatan Pantoja realizar uma manifestação em frente ao 7º Batalhão de Polícia do Exército (BPE) questionando a verdade sobre a causa da morte do soldado – no último sábado (8) -, o Comando Militar da Amazônia (CMA) emitiu nota para a imprensa neste fim de semana. Em resposta, o comando pontuou que:
“Todas as circunstâncias que envolveram o fato estão sendo apuradas por intermédio de um Inquérito Policial Militar (IPM), que tem prazo de solução de 40 dias, sendo acompanhado pelo Ministério Público Militar (MPM). O IPM foi instaurado logo após o ocorrido e está em andamento. O celular do soldado será periciado por órgão policial competente externo ao Exército. Por este motivo, está lacrado no Pelotão de Investigação Criminal do 7º BPE. Todos os demais pertences foram inventariados e entregues no mesmo dia à família”, explicou o comando.
O documento retificou ainda que cabe à Polícia Civil do Amazonas informar ou divulgar o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O 7º BPE tomou todas as providências no sentido de avisar e acompanhar a família do soldado de forma responsável, utilizando, para isso, a presença de uma psicóloga e de uma assistente social.

Posicionamento da família
No entanto, Kelianne Pantoja (mãe do soldado) contou ao EM TEMPO que este relato não foi o que de fato aconteceu. Segundo a família, eles foram avisados sobre o caso horas depois, quando o jovem já havia sido encaminhado para um hospital da rede pública do Amazonas.
Keilianne afirma que quando foram buscar por mais informações e pelos pertences do filho, algumas pessoas insinuaram que Jhonatan havia tirado a própria vida.
“Ele não se matou como estão querendo dizer. Temos certeza disso, meu filho amava viver. Era um jovem feliz, sempre alegre, bom e obediente. Ele adorava servir e sempre contava das instruções que recebia no quartel. Ele era muito atento, por isso que eu sei que ele não sofreu um incidente. Alguma coisa aconteceu no batalhão que não querem contar. Demoraram muito para avisar a família e quando chegamos no Hospital 28 de Agosto nos contaram que ele tinha ido para a unidade às 15h e nós só fomos avisados à noite”, contou a mãe.
Ainda de acordo com a mãe, o que confirma a teoria da família que o soldado não se matou foi que o corpo de Jhonatan estava com marcas de torturas. “Ele estava com ferimentos por todo o corpo e eram lesões recentes. Alguma coisa deve ter acontecido, queremos a verdade. Não foi suicídio, foi homicídio. Queremos justiça. Nada que façam vai trazer meu filho de volta, mas eu vou lutar até o fim por justiça”.

Relembre o caso
O soldado Jhonatan Corrêa Pantoja, de 18 anos, morreu com um tiro de fuzil na madrugada do dia 2 de agosto. O jovem servia no 7º Batalhão de Polícia do Exército, situado na Avenida São Jorge, bairro São Jorge, Zona Oeste da capital.
Até o momento, as investigações não indicam suicídio e nem homicídio. O desfecho do caso será feito em torno de 30 dias, depois da emissão do laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Fonte: Em tempo
CANALIVRE/montedo.com

13 respostas

      1. Não conhecem procedimento investigativo e querem apurações sumárias. Esta história que de que era feliz, que jamais cometeria suicídio não é válida, pois a maioria dos suicídios que presenciei no Exército foram levados a termo por pessoas que estavam sempre alegres. Responsabilizar a Instituição também é fácil, mas estas doenças psicológicas ou psiquiátricas geralmente são trazidas de casa, sendo que no Exército o doente apenas encontra os meios para consumar seu intento suicida. Há muitos anos atrás ocorreu uma tentativa em meu pelotão e os pais do indivíduo não pensaram duas vezes em culpar a Instituição, mas ao analisar o histórico do garoto foi possivel constatar que o pai era agressivo com os vários filhos que tinha com várias mulheres, era extremamente ausente, a mãe tinha problemas psiquiátricos e o cidadão tinha idealização suicida desde os oito anos, além de tomar ansiolóticos desde esta idade, fatos omitidos por ocasião de sua entrevista médica. Vamos esperar a apuração dos fatos, mas garanto que ficar fazendo buzinaço com moto sem usar capacete ou ficar fazendo aglomeração em frente ao quartel não vai trazer o raoaz de volta. Se queriam chamar a atenção, acredito que atingiram seu intento.

    1. Infelizmente um jovem se foi….mas é uma atividade de risco, mas se houver culpados pela morte, mesmo sendo acidental, tem que haver punição….mas tirar conclusões é precipitado, mas tenho a certeza de que tem gente que viu ou que ao menos sabe o que aconteceu. Meus pêsames aos familiares.

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