Filha de general-ministro Pazuello é nomeada na RioSaúde, empresa da prefeitura de Crivella

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante uma cerimônia de hasteamento de bandeira em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília Adriano Machado/Reuters

O Diário Oficial do Município do Rio desta quinta-feira (23) traz a nomeação de Stephanie dos Santos Pazuello para o cargo de supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A, a RioSaúde.
Stephanie é filha do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A nomeação — retroativa a 6 de julho — acontece no momento em que a Prefeitura do Rio começa a desmobilizar o Hospital de Campanha do Riocentro, e a dispensar profissionais de saúde sob o argumento de que o número de infectados pela pandemia de coronavírus vem caindo. A RioSaúde, a empresa pública municipal que hoje acolhe a filha do ministro, é a responsável pela administração de várias unidades da rede — inclusive o próprio hospital de campanha.
O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) está em pré-campanha pela reeleição, e espera que um de seus trunfos seja o apoio da família Bolsonaro e a consequente proximidade com o governo federal. Anda até procurando um general para chamar de vice nas eleições de novembro.
A publicação de hoje no Diário Oficial do Município do Rio segue a tendência de redução nos índices de desemprego de descendentes de ministros militares.
Adriana Villas Bôas, filha de Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor especial da Presidência, ganhou um cargo de confiança no Ministério dos Direitos Humanos. Desde novembro, ela comanda a coordenação das Pessoas com Doenças Raras, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O salário é de R$ 10,4 mil.
Já Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, Braga Netto, desistiu no último momento — por causa da repercussão pública — de ocupar uma vaga na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Seu nome já até havia sido aprovado pela Casa Civil, comandada por seu pai.
EXTRA/montedo.com

14 respostas

  1. Os militares presentes no governo não se diferenciam em nada do centrão. Todos são ávidos por dinheiro/cargos e apadrinhamento. Uma vergonha.

  2. O pior cego é aquele que não quer ver! Até o mais ingênuo ou o mais incrédulo deveria imaginar que água x óleo não se misturam, que a farda deve permanecer aquartelada.

    Se Exército, Marinha e Aeronáutica têm bradado aos quatro ventos que são Instituições apartidárias, assim o deveriam ser seus integrantes. E nesse sentido seria sábio e coerente que ao menos àqueles que fazem parte dos diversos escalões do Poder Executivo estivessem na RESERVA.

    Apadrinhar não é prática somente do meio civil, na caserna é o “PEIXE”, só muda o meio, a prática é a mesma, com o diferencial de que no labirinto do PODER, o jogo é regado a muito dinheiro.

    Mas aguardem muito ainda há por vir, gostaria de estar enganado, mas…

  3. Acho muito interessante quando o comandante da minha OM ou o cmt da minha Bda falam pra tropa que ” militar é apártidario, exército não é orgão do governo e sim do estado, militar não deve expor sua opinião em redes sociais e bla bla bla” , acho que essa balela só vale pros baixos cleros das FA , porque nos altos coturnos o que vemos são generais da ativa apoiando a politica ,tomando partido e se beneficiando desse apoio , enquanto um praça da ativa não pode nem colocar sua opinião no facebook que corre o risco de levar um conceito bunda.

  4. Mesmo na reserva, deveriam ser coerentes com o discurso de quando estavam na ativa.

    General emite nota ameaçando instituições, afirmando se o judiciário tomar determinada providência, as consequências serão drásticas e fica por isso mesmo.

    Agora imaginem se um sargento emite sua opinião sobre os erros do atual governo, por exemplo, no facebook ou mesmo em vídeo no youtube. E, somente opinião, sem ameaçar ninguém. No dia seguinte vai ser chamado na sala do Cmt, ouvir aquela “mij….” padrão e receber um FATD.

    Os “líderes” usam e abusam do “faça o que mando, nunca o que faço”.

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