Esquema de corrupção no Exército pagou festa com prostitutas em motel

Operação da Polícia Federal desvendou esquema que ocorreu no CMA, entre 2004 e 2005/ Divulgação/

Um esquema de corrupção que envolveu um conluio entre oficiais do Exército e empresários em fraude de compra de alimentos para a caserna, ocorrido entre 2005 e 2006, começa a ser punido agora. A Justiça Militar condenou recentemente 26 acusados sendo onze oficiais — dois coronéis, um tenente-coronel, um tenente, um subtenente, um major e cinco capitães –, oito militares de baixa patente e sete empresários da área de alimentos.
Os militares e civis foram condenados pelo juiz federal substituto da Justiça Militar Alexandre Quintas a penas que chegam a 16 anos, no caso de um coronel.
Na sentença, o juiz relata que a proximidade entre dois capitães e um empresário era tamanha que “este último contratou prostitutas e promoveu uma festa em um motel de Manaus para os referidos oficiais”.
O esquema foi desvendado pela Operação Saúva, realizada pela Polícia Federal em 2006. Revelou, com gravações e documentos, fraude em licitação na compra de alimentos, pagamento de propina, manipulação de preços, fraude no recebimento dos produtos em qualidade e quantidade.
Esse esquema […] se repetiu em algumaS unidades militares, como batalhões de suprimentos, e até mesmo no Comando Militar da Amazônia e na Diretoria de Suprimentos do Exército em Brasília.
A sentença não traz um valor atualizado do montante desviado. Em valores de 2005, os oficiais, segundo dados da PF, dividiram entre eles um total 620.000 reais.
A denúncia original envolvia 39 pessoas, dos quais 29 militares, incluindo praças que recebiam “mesadas” dos oficiais de 500 reais. A ação se arrastou porque ao longo desses anos foram muitos recursos, trancamento do processo e habeas-corpus.
Alguns acusados confessaram o esquema, outros argumentaram violação da garantia do contraditório e ampla defesa e tentaram descaracterizar o crime de peculato para lei de licitações. Como todos são primários e com bons antecedentes, poderão recorrer da sentença em liberdade.
Radar(Veja)/montedo.com

13 respostas

  1. A verdade nua e crua!!! Ja já começa a ladainha que esse blog e comunistas, que não contribuir com nada. Que o PT e culpado. Que a imprensa e comunista que Eu e você Que não apoiamos esse fanatismo temos que ir para Cuba, Venezuela. E desse jeito!

  2. Só expõe muita das coisas que acontece na caserna.
    90% de credibilidade só é possível quando tudo fica bem debaixo dos panos!!

  3. “Como todos são primários e com bons antecedentes, poderão recorrer da sentença em liberdade”
    Ou seja, não vai dar em nada.
    Braziuuuuu

  4. Se ao menos existisse aluma estrutura de justiça no meio militar seria mais fácil coibir este tipo de ocorrência. Par quem se fa a denûncia? Quem investiga? Quando ocorre é sempre fruto de investigação externa, embora muitas vezes, se saiba internamente o que ocorra e a estrutura hierárquica impeça qualquer ação.

  5. Eu servi no 12 BSup e na minha época não tinha isso não. Cada um que levava a sua. O camarada Só recebia uma mesada para ser reembolsado depois.

  6. Que injustiça! Puro preconceito com mulheres de tão prestimosa e ancestral profissão. Fossem filhas de “alguém”, com certeza seriam contratadas pelo governo, bem remuneradas com dinheiro público e não seriam vítimas de discriminação…

  7. Eu servi no 12 BSup e isso e mentira. O pessoal pagava o aluguel da chácara e a cerveja, a carne e o churrasqueiro era do rancho. E as putas cada um levava a sua. Não podia ir com a titular.

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