Amazônia: a marcha da intervenção!

AMAZÔNIA

Paulo Ricardo da Rocha Paiva*
A entrega a olhos vistos da grande região norte, que ninguém consegue deter, mais uma vez me obriga a emitir minha livre opinião de cidadão brasileiro e oficial reformado do Exército, garantida pela “Carta Magna”, com todas as honras e sinais de respeito, na posição de sentido e com a mão na pala. As vozes guerreiras se fazem ouvir rarefeitas num lamento indignado, mas apenas de alguns poucos, a partir do momento em que elegeram um capitão, formado em nossa Academia Militar das Agulhas Negras/AMAN, mas que parece ter jogado para o espaço o lema viril “Brasil Acima de Tudo”, como presidente da República e comandante-em-chefe das Forças Armadas.
É de se lamentar mas, em verdade, o capitão em que apostei todas as minhas fichas está: leiloando empresas nacionais, patrimônio público de valor estratégico para estrangeiros; alugando nossa soberania aos EUA, nada mais nada menos do que a base da FAB em Alcântara/MA para os ‘YANKEES”, calcado em ajuste de “lesa pátria” que compromete nosso porvir tecnológico independente e soberano para lançamento de mísseis de cruzeiro, vitais para o alcance do estágio de dissuasão extrarregional; mantendo um consulado americano em Manaus, abrindo as porteiras para o estabelecimento do livre trânsito e permanência de norte americanos em capital estadual de importância estratégica vital para o planejamento, preparo e adestramento da estratégia da resistência; estabelecendo ajuste com os EUA, como seu “aliado extra OTAN”, que se diga, “entre gato e rato”, abrindo as portas da grande região norte para exercícios conjuntos com tropas de “Tio Sam”, em nome desta “santa aliança”.
É de se perguntar se esta instalação consular não seria mais uma crise da “síndrome do amadorismo franciscano” se manifestando? O comando militar de área vai ser conivente com esta abertura de flanco, verdadeira introdução de “cavalo de Tróia” na própria sede do Comando Militar da Amazônia/CMA? Meu Deus do céu! Atenção! Alerta! Perigo! Muito poucas são as “vozes guerreiras” que ainda esgrimem. Em contrapartida hoje se ouve os gritos dos muitos “crédulos de carteirinha” que seguem um presidente, até provas em contrário, subserviente, entreguista, tudo no mais fiel estilo da dupla deletéria de “FERNANDOS” presidentes, à qual se soma a figura mambembe de Luís Inácio, patriarca fundador do enclave separatista Raposa Serra do Sol.
*Coronel de infantaria e Estado-Maior

23 respostas

      1. Quando na ativa não dão um pio sobre nada…pleiteiam, ansiosamente, comandos, promoções, viagens, diárias, enfim, mordomias…tratam os subordinados como se fossem reis ou seres superiores aos pobres coitados que os servem…vão para a reserva esperando uma boquinha em uma estatal…quando nada conseguem se tornam leões! Os governos de esquerda desviaram bilhões para ONGs fazerem o que quiserem na Amazônia…fizeram aquela ação vergonhosa na Raposa Serra do Sol praticamente criando um estado indígena na região…lotearam áreas preciosas do pré-sal para grandes corporações transnacionais…fizeram privatizações escandalosas na distribuição de combustíveis e no setor elétrico…onde estavam os leões que hoje se encontram na inatividade? O Brasil tem forças armadas precarizadas por anos de governos esquerdistas! Nossos chefes assistiram ao desmonte das forças armadas na mais completa omissão e subserviência à quem estava no poder! Ficaram caladinhos! Não temos capacidade militar de repelir uma ação efetuada por uma grande potência estrangeira! Nos resta apenas nos aliarmos à alguma delas…aí você pode ficar na aba dos EUA.. da China…ou da Rússia…pela história a melhor opção, ou dos males o menor, é ficar na aba dos EUA. A Coréia do Sul ficou na aba dos EUA e hoje é uma potência, seus antigos inimigos da segunda guerra mundial, Japão e Alemanha, também ficaram na esfera de influência americana e são potências! Os países que ficaram na esfera de influência das outras potências continuam pobres…ou alguém acha que Cuba, Venezuela, Coréia do Norte e Mongólia são exemplos de desenvolvimento?

        1. Concordo em gênero, número e grau com o “anônimo”, é sempre assim: quando estão na ativa e que podem fazer alguma coisa só dizem “amém”, ofereceram medalhas para o Lula, Zé Dirceu, Zé Genuíno, Dilma. Mariza Letícia, Jaques Wagner, Franklin Martins, Celso Amorin, etc, etc…depois que passam para a reserva se transformam leões e ficam “rugindo” em artigos, cartas abertas, e outras coisas mais! Hipocrisia é o nome que se dá a esse tipo “de coisa”!!!

  1. “Leiloando” empresas nacionais? Seriam àquelas de cabides de emprego, de negociatas de cargos públicos e de “toma lá, dá cá”? Ou seriam àquelas que dão prejuízo e dependem de dinheiro público de nossos impostos, para se manterem e pagando salários muito acima das empresa privadas?
    Empresas públicas, só as que prestam serviço essencial a nação, de relevância estratégica ou que dão lucro! O resto, é engordar a máquina pública e burocratizar o funcionamento da produção nacional, deixando dependente verdadeiros empreendedores. Texto ideológico e comentário acima, mais ainda. 1º Ten R1 Mauro / EB

    1. É muito “gado” por aqui… Falam mal de empresas públicas, mas parecem ter esquecido que foram as empresas privadas (ex: empreiteiras, friboi, etc.) que corrompem há décadas. Hoje o dono da Ricardo Eletro foi preso, o véio da Havan deve milhões, os bancos privados são sempre socorridos com dinheiro público. Tem que ser muito GADO pra cair nessa ladainha. E antes que falem que há corrupção nas estatais informo: a corrupção habitual são de políticos indicados, portanto basta acabar com essa prática nas estatais. Vários desses políticos corruptos hoje (ex: Roberto Jeferson, Waldemar) estão ao lado do bozónazo. A gadaiada prefere o fim da soberania nacional que admitir a cagada que fizeram ao eleger um cara que sempre foi do centrão. Parabéns pelo artigo. Que ótimo que nem todos militares são oportunistas.

    2. Companheiro, uma boa pergunta para o atual presidente, que fez sua campanha criticando o entreguismo e chamando FHC de vendilhão da Pátria …

    3. Interessante a sua pergunta:- Seriam aquelas de cabides de emprego, de negociatas de cargos públicos e de “toma lá, dá cá”? Esta indagação é para fazer não a mim, mas, sim, ao presidente que me enganou, dizendo que ía enterrar esta “velha política” no País.

  2. Com todo respeito, discordo da sua linha de pensamento. Talvez Bolsonaro não seja o Presidente ideal para o nosso país mas, essa narrativa não se sustenta na medida em que a Amazônia foi sim tomada por ONGs e “Missionários” que durante os desgovernos de Lula e Dilma, de forma acintosa e descarada, levaram muito das nossas riquezas para o exterior, coisa que atualmente não mais acontece. Pergunto ao missivista que assina a matéria: Com os esquerdopatas no poder estaríamos em melhor situação ?

    1. Não, não estaríamos, mas, com a atual governança, tão ou mais entreguista, estamos na “MESMA MESMICE”.

  3. É sintomático o vitimismo neocomunista/psolista. Quando estão na ativa, os viris oficiais esgrimistas são submissas e adocicadas “Amélias” ao sabor dos desmandos do Comandante-em-Chefe. Quando vão para a reserva (e, note, não conseguiram nenhum cabidão nas estatais “estratégicas”!) transformam-se em indignados machões guardiões da Pátria! Claro, agora que estão fora da mamata, o discurso de conveniência deve mudar… Tudo como dantes no quartel de Abranches…

    1. Comentário do João Batista, perfeito! Resumindo: na ativa eram gatinhos, na Reserva viram lẽoes. A Amazônia já foi invadida a muito mais tempo com as ONGŚ patrocinadas pela corja esqurdopata que controlou nosso país durante 16 anos

  4. Olha, é uma covardia falar isso do nosso presidente. Colocando dessa maneira até parece que ele não é nacionalista. Pois afirmo, ELE É NACIONALISTA! E defende com unhas e dentes os interesses da Nação dos Estados Unidos da América.

    1. O Brasil em transe aguarda uma atitude marcial, de quem deve, frente à uma governança até agora omissa/alienada e à “politicalha” descomprometida, que se diga, um posicionamento firme sobre questões vitais, ameaçadoras do porvir da nacionalidade, tais como: políticas de governo para a Amazônia que revertam, À OLHOS VISTOS COM TESULTADOS PRÁTICOS E PALPÁVEIS, a submissão a interesses e pressões alienígenas; falta de vontade política de reverter, de fato, a situação caótica das FFAA, pela sua deletéria participação no PIB; previsão a perder de vista da concretização dos projetos emergenciais e urgentes de defesa; gendarmerização continuada e progressiva dos efetivos militares pelas mega operações policialescas, muitas com viés político eleitoreiro; objetivo ameaçador de uma “quinta-coluna”, em setores poderosos dos três poderes, viabilizando o franco processo separatista indígena; um posicionamento independente face ao Irmão CAIM do norte”, em particular e principalmente, no campo militar do poder nacional, haja vista as traições, useiras vezeiras de “TIO SAM” (na COLÔMBIA, com a abertura do Canal do Panamá, que seccionou o país; no VIETNÃ, abandonado em plena guerra, causando também sua secessão; no ORIENTE MÉDIO, abandonando os CURDOS, ao Deus dará, frente aos russos, sírios e turcos), que seja dito,  um verdadeiro “mestre” em rasgar acordos militares, e isto quando menos se espera!  

  5. Já ouviu falar em “Estado Minimo?” “Desinchar a máquina pública?”…tem uma reportagem logo abaixo neste portal falando em déficit previdenciário das FA. Acho que por aí já é um argumento. Tem mais é que se livrar desses cabides de emprego que só servem pra negociatas políticas.

  6. Ninguém melhor do que um militar graduado para esclarecer uma realidade tão pura que estamos vendo no governo do capitão, infelizmente o Brasil esta sendo devastado pelos garimpeiros americanos que de forma direta estão saqueando o nosso país A AMAZONIA BRASILEIRA PRECISA DE UMA INTERVENCAO JÁ .

  7. Ufa! Ao ler esse texto volto a ter esperança. Um dos marcos dos militares brasileiros sempre foi o nacionalismo e outro marco importante dentro da diplomacia brasileira e isso foi construído dentro do regime militar foi a política externa independente, altiva e pragmática do Brasil em relação aos EUA construindo um caminho único. O que vemos agora e essa submissão aos interesses nacionais.

  8. Esse pessoal das antigas tem um conceito de soberania incompativel com uma globalizacao que inviabiliza soluções tomadas por um unico Estado.
    A troca de experiencia, equipamentos, etc, sobretudo com nacoes que VIRAM E VEEM GUERRAS (ao contrario de todos os militates do exercito), e sempte bem-vinda.
    Foi-se o tempo de se fechar num domo de vidro. Uma decisao da china arruina a economia de um pais. O conceito de soberania mudou, não e mais aquele de 1940

    1. CPUNA/2015 – 30
      SOBRE O FRACO E OS FORTES
      Sugestão do Próprio autor para o Plano Brasil
      François Mitterrand, presidente da França, disse em 1989: – “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”. Experimentem trocar “Brasil” por “Índia” e digam se os cidadãos de turbante não iriam dar cambalhotas de desprezo pela empáfia daquele chefe de estado com assento no Conselho de Segurança da ONU. Por isso mesmo, é de se questionar, no caso do “patrão maior” decidir intervir em nome da salvação do planeta na nossa região norte, Sarkozy iria honrar seu compromisso com a OTAN ou priorizaria o acordo restrito de venda de material bélico ao senhor Jobim?
      John Major, Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, declarou em 1992: – “Nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum a todos no mundo. As campanhas ecológicas internacionais sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandista para dar início a uma fase operativa que pode, definitivamente, ensejar intervenções militares diretas sobre a região”. Decididamente, esta declaração jamais passaria pela cabeça de um chefe de executivo britânico se o “pulmão do mundo” estivesse encravado na poderosa Índia. Se ditas, entretanto, as risadas dos “lanceiros de bengala”, antigos vassalos de Sua Majestade, com certeza, iriam ecoar estridentes por entre seus orgulhosos elefantes.
      Mikhail Gorbachev, presidente da ex-URSS, também foi enfático em 1992: – “O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes”. É de se imaginar, fosse feita a mesma troca nesta frase infeliz, como teria sido malcriada a resposta do paquiderme indiano a audácia do urso eslavo. A propósito, seria apenas mera coincidência as nacionalidades destes postulantes amazônicos pertencerem a países integrantes do CS/ONU? É no mínimo intrigante, também, o fato da China não ter emitido ainda sua opinião quanto a esta cobiça que empolga a comunidade internacional. Todavia, quando a “farra do boi” começar, quem garante que não sejamos a piranha da vez, como está acontecendo agora com o Irã?
      General Patrick Hughes, Chefe do Órgão Central de Informações das Forças Armadas dos USA, em 1998: – “Caso o Brasil resolva fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente nos Estados Unidos, temos de estar prontos para interromper esse processo imediatamente.” Uma simples troca de Brasil por Índia nesta assertiva truculenta e seria fácil prever a reação dos mais de um bilhão de indianos escudados em seu poder nuclear definitivo. E é justamente com este ator suspeito que acertamos acordo na área militar neste ano em curso, isto em meio a uma estruturação prematura de um Conselho de Defesa Sul-Americano que pretende, sem ter alcançado ainda as condicionantes mínimas para tanto, estabelecer um sistema defensivo para o subcontinente.
      Tivéssemos feito o nosso dever de caso estratégico na década de 90 e não estaríamos engolindo sapos como agora. Tivéssemos não assinado tratados subservientes e disporíamos do poder de dissuasão que inibiria toda e qualquer ameaça a Amazônia e, agora, ao pré-sal, evitando a sangueira em um combate que vamos perder.
      PRRPAIVA
      INF/AMAN/1969
      ARTIGO PUBLICADO NO “O SUL” DE PORTO ALEGRE/RS

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