Em um mês, 34% dos militares que receberam indevidamente auxílio de R$ 600 devolveram, diz Defesa

Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

TCU determinou devolução no mês passado. Segundo ministério, até 12 de junho, 25,3 mil dos 73,2 mil militares ativos, inativos e pensionistas devolveram espontaneamente R$ 16,3 milhões.

Fábio Amato, G1 — Brasília
Levantamento do Ministério da Defesa aponta que pouco mais de um terço dos 73,2 mil militares que receberam o auxílio emergencial de maneira indevida haviam devolvido espontaneamente os valores até 12 de junho, um mês após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter determinado que esse ressarcimento fosse feito.
Desde 18 de maio, está no ar um site do próprio governo que facilita a devolução.
De acordo com o levantamento, fizeram o ressarcimento 25.299 pessoas que estão na folha de pagamento do Ministério da Defesa, o que equivale a pouco mais de um terço (34,6%) do total que recebeu o auxílio sem ter direito.
Segundo o ministério, estão na lista militares ativos, inativos, de carreira, temporários, pensionistas e dependentes.
Ainda de acordo com a Defesa, até 12 de junho foram devolvidos R$ 16.297.742,65, o equivalente a “cerca de 50% dos benefícios pagos indevidamente a integrantes da folha de pagamentos deste ministério”.
O auxílio só é pago a pessoas que tenham feito inscrição no programa, pela internet.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que o processo de restituição “continua em andamento” e que, seguindo determinação do TCU, os valores que não forem devolvidos ainda neste mês de junho “serão descontados mediante glosa, em folha de pagamento”, no mês de julho.
“Continuamos acompanhando permanentemente, em coordenação com o Ministério da Cidadania (MC), o processo de restituição, por meio do cruzamento da base de dados de restituição do MC e do acompanhamento dos Comandos das Forças Armadas”, diz a nota.
“Estamos seguros de que todos os valores pagos indevidamente serão integralmente restituídos aos cofres públicos”, completou a pasta.
O auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo é destinado a trabalhadores informais que perderam a renda devido à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus e à necessidade de adoção de medidas de isolamento social.
Em 11 de maio, o governo informou que apurava o recebimento indevido do auxílio por militares. No dia seguinte, o Ministério da Defesa anunciou que 73,2 mil militares ativos, inativos, de carreira, temporários, pensionistas, dependentes e anistiados estavam na lista.
No dia 13 de maio, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a devolução imediata dos valores. Cinco dias depois, o governo anunciou o lançamento de um site para facilitar a devolução do auxílio – por meio dele, é possível gerar uma guia de recolhimento, que pode ser paga no Banco do Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro comentou o caso na época. Ele afirmou que haviam recebido o auxílio irregularmente “jovens que prestam o serviço militar obrigatório” e que eles eram “pessoas oriundas das classes mais humildes da população.”
Bolsonaro defendeu a punição daqueles que receberam a ajuda de maneira indevida.
O Ministério da Defesa informou que “eventuais questões disciplinares que possam ter ocorrido estão sendo apuradas no âmbito de cada Força Armada, de acordo com a legislação vigente.”
G1/montedo.com

5 respostas

  1. Muitos trabalhadores confundiram como s e fosse auxilio desemprego, mas tem pessoas educadas orientando.
    G1- não explicou?
    Imitam o carrinho de mão, a imprensalão do proletariado.

    A groubo tenta não pagar a dívida da FIFA! Por que?
    Lava-Jato do esporte. Queremos saber.

    1. Que lava jato? A que Bolsonaro desmontou! Acorda e se informe, combate a corrupção não é prioridade do governo do capitão indisciplinado.

  2. Este presidente defende punição de todo mundo, menos dos seus filhos, os quais são os filhos mais santos do mundo, principalmente o Flavinho com o Queiroz na rachadinha.
    A culpa de tudo isso ter acontecido foi do senhor Onyx Lorenzetti, por ter feito um sistema a culha, onde qualquer um chega, solicita e pronto.
    Solicitaram esses 600 reais com meus dados, e não foi ninguém da minha família. Tanto é que consta lá a solicitação, consta que eu recebi, porém esse dinheiro não entrou em nenhuma das minhas contas correntes ou qualquer outra conta. Solicitei ao quartel que averiguasse a fundo essa história, solicitando o dia, hora, agência, caixa eletrônico que esses 600 reais foram sacados, pois eu sou o mais interessado em saber quem solicitou e principalmente quem recebeu para que me devolva os 600 reais que eu tive que devolver para não me incomodar, sem ao menos ter pego esse dinheiro do governo. Mas já acionei por fora um advogado porque eu sei que depender do governo vai ficar tudo por isso mesmo. E que seja preso esta pessoa por ter se passado por mim e provavelmente deve estar se passando por milhares de pessoas brasil a fora, já que esse sistema da caixa, dataprev entre outros sistemas do governo, são tudo uns LIXOS que permitem essas fraudes. Ahhh me esqueci de falar no LIXO que é também esse sistema eleitoral que é essa tal urna eletrônica. PIADA!!!!!!

  3. Brasileiros sendo brasileiros ,não importa que são militares , erraram , mas o governo errou também pela facilidade ,deveriam ter dados aos prefeitos e governadores esse numerário , que fariam um cadastro de quem realmente precisa ,com o controle do governo central

  4. Na minha UG/OP muitos militares do Efetivo Variável vem da lares humildes, onde os pais recebiam algum benefício do governo. Esses militares mesmo não tendo solicitado o auxilio emergencial no aplicativo do ministério da cidadania receberam o benefício do auxílio emergencial. Foram orientados a devolver através do aplicativo, conseguiram devolver uma parte, após o recebimento da 2ª parcela não conseguiram devolver mais, pois quando emitiam a GRU o sistema contabilizava também o recebimento da 1ª parcela a qual o mesmo já havia devolvido, resolvemos o problema através de Termo de Reconhecimento de Dívida e autorização para desconto em contracheque, o que já foi feito. Quanto às pensionistas todas não se furtaram a autorizar o desconto em contracheque o que também já foi feito. A relação disponibilizada pelo Centro de Pagamento do Exército a respeito do pessoal militar (ativa, inativo ou pensionista) que recebeu indevidamente o benefício e devolveu através de GRU ou que recebeu indevidamente o benefício e não devolveu o benefício não contempla todo o efetivo, pois houveram muitas pessoas da UG/OP que receberam o benefício indevidamente, mas não apareceu no relatório do CPEx.
    Quanto à observação do companheiro que diz que se o recurso tivesse sido distribuído às prefeituras para ser repassado a quem tem necessidade, acho pessoalmente que isso iria tornar-se uma maneira dos prefeitos fazerem política com recursos destinados às pessoas que realmente fazem jus ao benefício.

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