Carlos Alberto Decotelli da Silva, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, tem longa trajetória acadêmica e apoio da ala militar do governo
Ana Mendonça*
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quinta-feira (25) pelas redes sociais a nomeação de Carlos Alberto Decotelli da Silva como ministro da Educação. Ele vai substituir Abraham Weintraub, que deixou a pasta após 14 meses em meio a inúmeras polêmicas. Mas afinal quem é Decotelli?
No ano passado, o novo ministro presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Pouco depois, passou para a Secretaria de Modalidades Especializadas do Ministério da Educação.
De acordo com o perfil do FNDE, Decotelli é descrito como alguém que “acompanhou de perto os desafios da educação.”
Decotelli, novo ministro da educação: ‘Não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica’
Oficial da reserva da Marinha, ele tem o apoio na ala militar do governo, principalmente de almirantes. Durante o tempo na organização, atuou como professor e coordenador de Jogo das Organizações Militares Prestadoras de Serviço (OMPS) na Escola de Guerra Naval (EGN), no Centro de Jogos de Guerra – na equipe do almirante Almir Garnier.
Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal na Alemanha.
Foi professor de Pós-Graduação em Finanças na Fundação Dom Cabral e na FGV; professor e membro da equipe de criação do curso de Pós-Graduação em Finanças na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), juntamente com o juiz Sergio Moro e o professor Edgar Abreu.
Com domínio sobre os temas relacionados a finanças, administração e educação, ele foi responsável pela criação do curso Gestão Financeira Corporativa no New York Institute of Finance e coordenador de Finanças Corporativas Internacionais na FGV.
O novo ministro atuou durante toda a transição de governo junto à equipe do Ministério da Educação no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Cerca de 20 minutos após o anúncio do presidente nas redes sociais, a nomeação de Decotelli foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Decotelli é o terceiro ministro da Educação no governo Bolsonaro. Antes dele, Abraham Weintraub permaneceu no cargo por 14 meses e Ricardo Vélez Rodríguez, por pouco mais de três meses.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com
26 respostas
Se partir do princípio que ele é militar da reserva, todo brasileiro é, desde que prestou serviço militar obrigatório. A marinha tinha um convênio com a escola técnica em que os formandos faziam um curso tipo tiro de guerra para os formamos se for o caso dele. Agora ele está lá pelos méritos dele, ninguém chega a ser professor do IBMEC, FGV, Dom Cabral e Escola de Guerra Naval sendo mais ou menos.
A FGV está investigando a denúncia de plágio da dissertação de mestrado dele e já se sabe que ele mentiu sobre o doutorado e não pode ter pós-doutorado.
Conheço praças da reserva remunerada que desempenham profissões em situações de destaque, entretanto salvo engano, quando se fala que uma pessoa foi um praça, parece que a pessoa foi condenada por um crime que nunca prescreve.
Posso estar errado, mas nunca vi um praça ser valorizado, nem quando na reserva presta serviços relevantes para a sociedade.
Deixo para as outras pessoas comentarem.
Poderia, por favor, citar o nome de um praça com um currículo equivalente do ao Sr Carlos Alberto Decotelli da Silva? Não? Então não há porque questionar a nomeação do militar da reserva citado na matéria.
Essa polarização Praça x Oficial, além de infantil e cansativa, não acrescenta nada ao diálogo racional…
Por isso que sai do EB para ir para a PRF, orgulho de pertencer.
Reveja o comentário.
Não fuja fo assunto.
O que foi falado é verdade.
Quantos praças que estão em vária profissões em função de destaque e que ninguém da a qualquer valor.
Ao contrário se é praça e teve sucesso parece que as F.A abafam o caso, para sempre tenta passar a imagem de que praça é inferior.
Isso é errado.
Todo militar é subordinado a alguém, mas não basta isso querem mostrar que tem que haver uma submissão.
Coisa atrasada típica de uma República que não rompeu com as correntes da escravidão e de um regime de castas.
Aliás o único serviço público onte tal situação se mostra é nas F.A, nem nas PM e BM isso mais ocorre.
Parece que o Seu Ministro da Educação não é tão educado assim como vc pensa…Mentir ter um título acadêmico? ou fazer crer ser quando não é, não me parece trigo limpo. O que vc diria se algum militar lhe disser ser FE ,Comandos, e na verdade não concluiu nenhum deles…certamente tem seus méritos por tentar, mas perdeu seu mérito em faltar com a verdade. Claro que existem Praças com condições sim, conhecí varios.
Concordo……totalmente desnecessário e que não agrega nada.
Ele alterou à pouco o próprio currículo por prestar informação falsa quanto à formação acadêmica, não possui doutorado e não pode também ter pós-doutorado.
Acredito que a maioria dos praças tem um currículo melhor, já que foi descoberto que o dele não é de todo verdadeiro. Foi desmentido o doutorado dele pelo reitor da Universidade de Rosário, que retuitou na conta do Presidente do Brasil, não podendo ter um pós-doutorado e agora o cidadão apresentou uma declaração de créditos de disciplinas, mas nunca teve sua tese aprovada. Já foi correndo alterar na Plataforma Lattes. O meu currículo é melhor que o dele.
Bom, não pude deixar de comentar. Longe de querer me igualar ao currículo do novo Ministro, mas sou praça da reserva, professor universitário de uma universidade federal. Possuo 3 graduações e estou terminando uma quarta. Possuo duas Especializações e dois Mestrados. Conheço um Subtenente com Mestrado, Doutorado e Pós-Doc, professor Universitário e escritor. Só para constar…. Detalhe, comecei a estudar com 34 anos ainda na ativa no ES. Hoje estou com 54.
Quatro graduações e duas especializações? E ainda não foi selecionado para a Nasa?
Currículo? Agora é a dissertação dele que está sob suspeita de plágio pela própria FGV.
Grande professor ,assisti uma palestra dele na academia ,muito boa escolha
Finalmente um ministro da educação. Pelo amor de Deus.
Só falta sair o Sales, Ernesto, Damares, Araújo e o Guedes enganador. Aí o governo decola.
Jair Bolsonaro é o melhor presidente desde a redemocratização do País. Avante ministro, essa pasta concentra as maiores mazelas do Brasil. Bora descomunizar e despaulofreirizar isso aí, colocando professores para ensinar e não formarem militantes analfabetos funcionais e androgenos.
É melhor fazer alguma coisa, parar de comprar brigas já é alguma coisa. E o Enem? Como vai ser?
Já começou mentindo a respeito do currículo:
https://www.oantagonista.com/brasil/reitor-de-universidade-argentina-diz-que-decotelli-nao-tem-doutorado/?desk
Nossos cumprimentos,Ministro Carlos Alberto Decotelli da Silva.
Feliz gestão.
O reitor da Universidade de Rosário negou que ele seja doutor pela instituição, inclusive retuitou na conta do Presidente da República
Currículo fake igual a tudo neste governo de fake news e incompetência. Não sei o porquê ou em nome do que alguns generais ainda teimam em endossar essa excrescência política. Enlameando seus nomes, carreira e, por tabela, a imagem das Forças Armadas, sobretudo do EB. Realmente a história será implacável com esses.
Esse governo é um fracasso.
Bolsonaro nunca mais.
Vocês acham esse ministro é fake, e daí? Só porque o pós doutorado na alemanha é um curso walita, o doutorado na argentina teve sua tese reprovada, a tese de mestrado está cheia de cópias de outros trabalhos (na minha terra chama-se plágio) e assim vai.
Esperar o quê de um governo eleito na base das fake news.
Agora a Bergische Universität Wüppertal (BUW), da Alemanha, negou seu pós-doutorado, como já havia feito a Universidade de Rosário com o doutorado e a FGV está investigando seu mestrado por plágio.
A FGV negou que ele tenha sido professor lá.