General é barrado por médicos em hospital de RR ao tentar transferir pacientes infectados com coronavírus

General do Exército, Antônio Manoel de Barros, foi barrado na recepção do Hospital Geral de Roraima — Foto: Valéria Oliveira/G1 RR

General Antônio Manoel de Barros, da Operação Acolhida, foi ao Hospital Geral de Roraima para transferir 13 pacientes. Médicos disseram que protocolo de avaliação não havia sido seguido e houve confusão. Governador Antonio Denarium teve de ir ao hospital e afirmou criação de normas para evitar conflitos.

Valéria Oliveira, G1 RR — Boa Vista
O general do Exército, Antônio Manoel de Barros, foi barrado no Hospital Geral de Roraima (HGR) ao tentar transferir pacientes com coronavírus da unidade para o Hospital de Campanha na manhã deste sábado (20).
Houve confusão na recepção do hospital e médicos afirmam que o impedimento ocorreu porque o militar queria levar os infectados sem que fosse feito o procedimento de avaliação para autorização de transferência.
Com o tumulto, o general ligou para o governador Antonio Denarium (sem partido) e ele foi à unidade acompanhando do Secretário de Saúde, Marcelo Lopes.
Barros, que também é chefe da Operação Acolhida, responsável pelo Hospital de Campanha, chegou no HGR por volta de 10h com uma lista de 13 pacientes que seriam transferidos. Ele estava com a médica Mariângela Nasário, do Núcleo de Saúde do Ministério Público de Roraima (MPRR).
Médicos não liberaram os pacientes alegando a falta de liberação do Núcleo Interno de Regulação (NIR) do HGR. O general, no entanto, afirmou que essa permissão havia sido dada na noite dessa sexta-feira (19).
“A doutora Mariângela nessa noite [noite de sexta] já selecionou os pacientes e eu estava na primeira parte dos trabalhos. Então, não mudamos os protocolos. Chegando aqui eu fui impedido de entrar porque não sou médico. Fui impedido de entrar e isso me causou uma surpresa, porque eu não poderia transferir os 13 pacientes daqui, pois disseram que há um outro sistema de regulação”, afirmou o general Barros.
Um dos médicos de plantão no HGR, Fernando André, disse que impediu a retirada dos pacientes porque a transferência estava fora do protocolo seguido.
“A pessoa tem o direto de escolher onde quer ser atendida, claro. Mas eu não posso transferir sem o médico daqui regular os pacientes. Tem que ser um médico daqui e não um médico de lá, porque ele não vive a realidade daqui. E se esse paciente complica na ambulância e vai a óbito, quem responde sou eu”, afirmou o médico.
No hospital, o governador conversou com os médicos. Aglomerados, eles discutiram por cerca de 40 minutos. Ao fim, foi decidido que os médicos de plantão fariam a avaliação dos 13 pacientes que o general havia ido buscar.
“Eu agora, junto com o Ministério Público [a médica] e os plantonistas do HGR acordamos que vamos rever a regulação dos pacientes que estão liberados e começar novamente a fazer a transferência. Vamos colocar normas e procedimentos para que esse tipo de conflito não aconteça mais”, disse Denarium.
Da recepção o governador, a médica do MPRR, o general Barros e os médicos entraram no hospital, por volta de 12h20. Por volta de 14h30 eles deixaram a unidade e os pacientes começaram a ser transferidos.
O Hospital de Campanha começou a funcionar nessa sexta-feira (19), após três meses de ter a construção finalizada. A unidade foi estruturada para atender exclusivamente pacientes infectados com a Covid-19 e seria uma alternativa para desafogar o HGR, que opera acima da capacidade.
Roraima chegou a 245 mortes causadas pelo novo coronavírus e 8.037 infectados nessa sexta. Além disso, a Saúde investiga outros 88 óbitos para saber se há relação com a Covid-19.
G1/montedo.com

29 respostas

    1. Já trabalhou com o Gen?
      Dou minha vida por ele. Antes de falar asneiras, saiba das pessoas.
      Sucesso ao Senhor Gen Barros e sua briosa Equipe.

    2. Pela superficialidade do seu comentário percebe-se que você nunca trabalhou num PO em área de emprego de tropa. E, tampouco sabe o contexto e as dificuldades que a tropa, oficiais e praças, enfrentam no TO Op Acolhida. Vá se informar sobre o emprego da sua instituição e procure ser útil a seu país.

    1. Coisa medíocre é um general achar que está num quartel e querer escolher e transferir pacientes a seu gosto e bel prazer sem respeitar os procedimentos e nem os profissionais de saúde que estão na linha de frente. Bolsominions entendam uma coisa: o mundo não é um quartel e nunca será. Graças a Deus! Parabéns aos profissionais que impediram mais essa arbitrariedade. Eu só queria saber os nomes e a ligação que tem esses pacientes com o general para o próprio ir se prontificar em transferi-los de forma tão urgente passando por cima da triagem e de outros pacientes.

      1. Mais um Elemento falando, sem saber o que falar.

        Vá passar 4 meses de trabalho voluntário em Roraima.

        E

        após isso venha balbuciar aqui.

        Sucesso a todos os envolvidos na ACOLHIDA.

      2. Quem selecionou os pacientes foi a médica do Ministério Público, o General só acompanhou para garantir a logística. Não fale do que você não conhece.

    2. Os vagabundos dos médicos querem trabalhar em varios empregos ao mesmo tempo, o general não permitiu a vagabundagem no Hospital de Campanha, essa pilantragem foi represália ao General que veio ajudar a população local, já os médicos não estão nem ai para as vidas das pessoas, só querem saber de dinheiro, esses médicos deveriam ser presos.
      Falo isso porque estou em Boa Vista e a população ta revoltada com esses médicos.
      Ainda fico triste vendo militar escrevendo um monte de merda.

      1. Guerra 51 no 21 de junho de 2020 a partir do 19:00 os médicos neste caso aí são civis, trabalham em hospitais civis, não são subordinados a nenhum general e os mesmos por força de lei podem trabalhar em quantos hospitais desejarem respeitando os números de horas do contrato, mas isto não há relação alguma de cobrança de nenhum Gen para com o médico civil, até pq este não tem competência e nem poder para cobrar e fiscalizar isto.
        O Gen foi no hospital civil e passou vergonha, foi embarreirado de entrar e foi humilhado, simples assim!
        Já vc não passa de um baba ovo, ridículo e sem vergonha nesta sua cara.
        Aqui não tem conceito!

        1. Vc é um idiota desinformado, os medicis queriam trabalhar no Hospital de campanha sem cumprir a carga horária, onde o general é o diretor, agora vc deve ser aqurle vagabundo que nunca saiu de uma cadeira e só reclama de missão, vc não esta aqui em Boa Vista seu desinformado, não sabe o que fala seu ridículo.

  1. Mais um Gen tomando esporro e sendo humilhado na frente das câmeras. Estes Gen acham que todos os lugares são quartéis, onde eles entram, os bajuladores armam o circo, palco, platéia e todo espetáculo para os mesmos se sentirem os reis do espetáculo, pois bem, aqui fora as coisas não funcionam assim. Tanto é que passou vergonha! O governador chegou, colocou o pingo nos IS, mostrando quem manda ali de fato.
    Se o próprio médico militar caga para quartel, viram só como os médicos civis, deram logo aquela aloprada e o Gen ficou pianinho e mansinho. Kkkkkk

  2. Preocupante a falta de moral e desprestigio dos Oficiais generais em meio aos brasileiros honestos, isso em decorrência do partidarismo, envolvimento na política podre, para dela também tirarem proveito próprio, isso ignorando os valores militares e a impessoalidade.

  3. Generais quiseram entrar na política, agora aguentem e escrevam o que tô dizendo, não existe general preso no Brasil, por uma cagada do Bolso e por isso ele for preso e em consequência seus generais também, iremos perder a moral, se não há respeito irá ficar pior ainda, e a esquerda conseguirá o que sempre quis, provar aos civis que as FFAA não é essencial ao país, o salário irá devassar e vamos passar fome, irão dizer sempre: esse é o tal exército que sempre pregava a moral e bons costumes?

      1. Anônimo no 21 de junho de 2020 a partir do 13:04
        Tá legal gado! Para de fazer campanha para político de estimação, pois o PR não sabe quem vc é, bem como não está nem aí para o país.
        Deixa de ser burro!

  4. Isso que acontece quando se dá asas a cobra…General no Ministério da Saúde, qualquer Soldado recruta é médico.

    Quero ver se vão abandonar o barco com o que resta de moral e dignidade ou, estes valores nada significam para os Generais…

    1. Você lei a matéria ao menos? Parece que não, pois o General estava acompanhando uma médica do Ministério Público, e foi essa médica quem selecionou os pacientes a serem transferidos. Ao que consta os médicos do hospital não fizeram sua parte e quando da chegada da equipe da operação acolhida, foi necessária a intervenção do Secretário Estadual de Saúde, e do Governador do Estado. Logo, o General não foi barrado, e certamente será instaurado procedimento no conselho regional de medicina e no Ministério Público de Roraima.

      1. Anônimo no 21 de junho de 2020 a partir do 19:35 tu é do MP? Claro que não!
        Foi embarreirado sim, passou vergonha!
        Médico paisano está cagando para militar! O Conselho Regional de Medicina nada fará por isto! Vai fazer o q? Punir os médicos? Kkkkkk A vida aqui fora não é quartel! Acorda e para de pensar em quartel, pois um dia tu irá para a reserva e vai se frustar.
        O que mais o Brasil precisa, ainda mais neste momento são de médicos, ou seja, já existem poucos e se ficarem criando problema para estes profissionais, quem sai perdendo é a população. A mesma reclama, um político compra a briga deles e o Gen toma esporro, é punido e por aí vai. Nada pega para médico seu alienado.
        Vamos ver se o MP e o Conselho irá fazer algo!
        Só no teu sonho. Vai achando que a vida civil é igual quartelzinho.

        1. Anônimo no 22 de junho de 2020 a partir do 01:39, pelo nível do seu vocabulário, “embarreirado”, “cagando para militar”, “nada pega”, vê-se que você tem problemas com figuras que representam autoridade, talvez algum trauma de infância, certamente isso comprometeu seu rendimento escolar. Jovem, o verbo embarreirar é sinônimo de trincheira, logo, se você quis dizer que o General foi impedido de entrar, a expressão correta é “foi barrado”, e não embarreirado.

          Dito isso, sim o Ministério Público já está fazendo, e como prova, a Doutora Mariângela Nasário, que é médica do Núcleo de Saúde do Ministério Público de Roraima (MPRR), estava presente no momento para coordenar a transferência os pacientes.

          Procure se informar antes de postar críticas ofensivas, além disso, não existe antagonismo entre os médicos citados na matéria e os militares da operação acolhida, basta você consultar o seguinte link: “http://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/id/11715482”.

          Por fim, busque ajuda para essa depressão, procure se informar também sobre transtorno desafiador de oposição.

          Um fraterno abraço.

  5. Um bando de desinformado falando merda, não to defendendo o General, estou em Boa vista, o que acontece é que os médicos estão revoltada com o General que é o diretor do Hospital de Campanha, os médicos querem trabalhar no HC sem cumprir a carga horária e por isso estão fazendo represália ao General, querem chegar e sair no Hc na hora que quiserem. Muitos desses médicos querem atender na clínica particular no horário que era pra estar no Hospital, aqui a população sofre muito com isso, um enorme descaso dos médicos.

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