Você sabe o nome do comandante do Exército?

O militar disse que a corporação vai se manter leal "ao Brasil e à Constituição"

Poucos conhecem o homem que comanda a força terrestre – um general que mantém postura discreta e as tropas longe da política bolsonarista

Matheus Leitão
Você sabe o primeiro nome do comandante do Exército Brasileiro? Se não conhece, te darei uma boa notícia: é porque o general tem feito um bom trabalho à frente da força militar. Nas democracias maduras e estáveis, o nome do comandante do Exército é desconhecido da maior parte da população. E o motivo é simples. Ele não faz, sob nenhuma hipótese, proselitismo político. Mantém a discrição.
Causa estranheza em meio à era das vaidades, mas o bom comandante do Exército é aquele que você não sabe quem é. Apesar de as Forças Armadas estarem intrinsecamente ligadas com o governo Jair Bolsonaro, com generais da ativa assumindo postos políticos, fazendo declarações inapropriadas e até ameaças, o atual comandante do Exército tem sido um ponto fora da curva no Brasil bolsonarista.
Existem alguns bons exemplos desse general. No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro, ex-capitão que hoje comanda as Forças Armadas, afirmava que a Covid-19 nada lhe causaria diante do seu “histórico de atleta”, e que, caso desenvolvesse a doença, seria como “uma gripezinha”, o Comandante do Exército afirmou que a atual crise sanitária era “a missão mais importante da [sua] geração”.
O general – esse mesmo que talvez você não saiba o nome – estava certo em não duvidar da virulência da doença. O presidente – esse mesmo eleito por 57 milhões de votos – estava errado em menosprezá-la. Era março ainda, mês em que morreram os primeiros brasileiros vitimados pelo coronavírus e quando a curva de mortes ainda não havia subido. Agora, a Covid-19 se aproxima de tirar a vida de 50 mil brasileiros.
O comandante do Exército também já defendeu o isolamento social como estratégia para frear o avanço do coronavírus no país, o contrário do pregado pelo presidente. Em maio, ele ainda deu uma lição pública em Bolsonaro. Em uma visita ao Comando Militar do Sul, o presidente, ao estender a mão para cumprimentar o general, recebeu de volta uma saudação de cotovelo, em respeito às determinações das autoridades sanitárias.
O episódio, que ficou conhecido como “cotovelada” em Bolsonaro, foi ainda mais constrangedor e emblemático porque, em seguida, todos os oficiais presentes no evento, reagiram da mesma forma, quando cumprimentados pelo presidente. Bolsonaro não gostou. Não à toa, o comandante do Exército Brasileiro não esteve presente – ou seja, leia-se, não foi convidado – em algumas visitas relâmpagos de Bolsonaro a unidades da Força.
Diante desse quadro, surgiram especulações de que o presidente gostaria de trocar o comandante do Exército. A ideia era mais uma intervenção “à la Bolsonaro”, como visto na Procuradoria Geral da República e na Polícia Federal. Passaria por retirar o atual comandante do Exército e colocar o general Luiz Eduardo Ramos, ministro cão de guarda da Secretaria de Governo. A manobra seria um agressivo ato de politização das Forças Armadas e desrespeitaria a tradição de longevidade do Exército por existirem generais mais velhos na ativa.
Segundo oficiais ouvidos pela coluna, a ideia foi deixada em banho-maria. Se colocada em prática, a troca no comando seria o principal erro de Bolsonaro em relação às Forças Armadas desde o início do seu governo. Mesmo que não tenha a liderança na tropa do seu antecessor, general Eduardo Villas Bôas, o atual comandante do Exército é reconhecido pelo baixo oficialato por sua discrição e por ser justamente mais avesso à política.
Quando o então general Hamilton de Mourão, hoje vice-presidente, foi retirado do Comando Militar do Sul por criticar o governo Dilma Rousseff, o general de nome desconhecido foi chamado para assumir o posto justamente pelo seu perfil técnico e profissional, algo bastante valorizado pelas novas gerações de oficiais. Dois anos antes, ao deixar o comando da Missão de Paz da ONU no Haiti, foi efusivamente elogiado pelo então Secretário-Geral Ban ki-moon. Isso construiu sua imagem com a tropa.
Sábio no combate ao coronavírus, ligeiro ao dar uma “cotovelada” em Bolsonaro e com um histórico impecável nos arquivos do Exército, o general tem dado tranquilidade ao atual momento, apesar do viés golpista de muitos integrantes do primeiro escalão. Nem mesmo o fato de o militar ter sido contemporâneo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1977, enviesou, até aqui, o entendimento do seu papel constitucional. Por isso, é boa a notícia de seu nome ser tão pouco conhecido em um governo que, lamentavelmente, usa as Forças Armadas para intimidar adversários políticos.
Veja/montedo.com

26 respostas

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk… veja-oia!

    Petêta tenta não _odiar ninguém__mas tem gente que dificulta isso. Não vai com a cara do BRASIL????
    Dó ré mi fá só lamento.
    Suma daqui, a s portas estão abertas e são serventia d e todas as nossas casas.

  2. Em respeito às determinações das autoridades sanitárias a OMS desdisse tudo o que disse. A VEJA tem que bajular alguém para não perder a forma enviesada com que trata os fatos. Negar banhos de sol e mar que aumentam a imunidade, internações compulsórias por mais dinheiro, negação do tratamento por hidroxicloroquina, foram as maiores causas de mortes por Covid, além da sanha de prefeitos e governadores incompetentes para, em lugar de fortalecer com investimentos os hospitais existentes resolveram construir hospitais de campanha.

  3. Vai deixar um legado onde tirou o pao e o leite da mesa dos seus subordinados reduzindo lhes os salarios.
    Detalhe: aumentou o seus adicionais 73%.
    Que vergonha.
    Nunca aconteceu essa bondade antes.

  4. Esse é verdadeiramente Comandante do Exército. Já aquele outro era tudo menos comandante do exército. Exército não se mete em política, simples assim.

  5. Filho da Miriam Leitão elogiando um General, quem diria heim !!!!!!!!!!
    Espero que essa família, mãe e filho, voltem para o mesmo lugar de onde saíram e levem a Nova República com eles.

  6. Existe um sistema que quando não se pode com todos. Então tem que jogar uns contra os outros para enfraquece-los. Ao elogiar o nosso General e jogá-lo contra o Comandante em chefe, já diz tudo, mas temos uma respostas para estes. Um País Unido, jamais será vencido. O Brasil acima de todos e Deus acima de tudo.

    1. Verdade poucos civis conhecem o homem que comanda o exército, porque os militares conhecem e muito bem infelizmente. As forças armadas nunca mais vão ser as mesmas. Sentimento de traição, egoísmo, falta de carácter, dentre outros atributos indesejáveis…

  7. Gosta de praca e de pensionista igual um pombo.
    Seu comando sera lembrado como aquele q deu um aumento de 73 por cento p os generais.
    Sera lembrado com o salario familia de 0.16 centavos.
    Valorizacao total as pensionista.
    Kkkkkkk

      1. Realmente o general Pujol tem sido um grande Comandante
        . Militar da ativa não tem que ficar fazendo política, pois as Forças Armadas são instituição de Estado e não de governo. Esse presidente da república tem demonstrado porque sempre foi um deputado medíocre. Só foi eleito porque era uma questão de honra retirar o PT do governo. Parabéns aos 3 comandantes da força que não se deixaram envolver nessas bagunças que tanto nos envergonha.

  8. Não sei quem é sei que são traitores e mentirosos é só olhar o PL 1645 e agora lei 13:954. Mais a conta vai chegar, as pensionistas e as patentes mais baixas vão cobrar já nesta eleição, pois traitores merecem um repudia nas urnas e esperamos que qualquer um que apoiou o PL e traiu as pensionistas e as patentes mais baixas seja exsacrado nas urnas é só aguardar o troco será dado……

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