Forças Armadas trabalham para manter paz e estabilidade do País, diz ministro da Defesa

Comandante do Exército Gen Ex. Edson Leal Pujol, e o ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva, participam de audiência pública,  para discutir o  PL 1645/19, que trata da proteção social dos militares.

Fernando Azevedo e Silva divulgou nota um dia depois do presidente Jair Bolsonaro discursar em frente ao QG do Exército em ato que pedia intervenção militar

Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Um dia após Jair Bolsonaro discursar em frente ao QG do Exército em ato que pedia intervenção militar, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, divulgou nota nesta segunda-feira, 20, para dizer que as Forças Armadas são “sempre obedientes à Constituição”.
“As Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal”, afirmou.”O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros”.
O Estado apurou que o objetivo foi afastar qualquer especulação de que medidas antidemocráticas estariam sendo planejadas pelo governo com o apoio das Forças Armadas. Mais cedo, o ministro participou de teleconferência com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
De acordo com o ministro nenhum país estava preparado para o combate à pandemia da covid-19. “Essa realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: o coronavírus e suas consequências sociais”, disse o ministro.”É isso o que estamos fazendo”, completou.
Como o Estado mostrou, o presidente foi alertado por militares do governo de que sua participação no ato deste domingo, 19, convocado para defender o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, não só pegou mal como expôs as Forças Armadas a uma situação constrangedora. Houve pedidos para que ele recuasse e se explicasse à população.a cúpula militar convenceu o presidente a modular o tom. Hoje, ele disse, na entrada do Palácio da Alvorada, que defende a democracia e a liberdade “acima de tudo”.
Neste domingo, em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do quartel-general do Exército e se dirigindo a uma aglomeração de apoiadores pró-intervenção militar no Brasil, Bolsonaro afirmou que “acabou a época da patifaria” e gritou palavras de ordem como “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada”.
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília, provocando aglomerações em meio à pandemia do coronavírus. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”
Além de defender o governo e clamar por intervenção militar e um novo AI-5 —o mais radical ato institucional da ditadura militar (1964-1985), que abriu caminho para o recrudescimento da repressão— os manifestantes aglomerados em frente ao quartel-general do Exército defenderam o fechamento do STF e do Congresso.
A fala de Bolsonaro e sua participação nesse ato em Brasília, no Dia do Exército, provocaram fortes reações no mundo jurídico e político.
Nesta segunda-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao STF a abertura de um inquérito para apurar “fatos em tese delituosos envolvendo a organização de atos contra o regime da democracia participativa brasileira”.
Aras não cita especificamente o presidente Jair Bolsonaro, que participou de um ato em Brasília em que se pedia a intervenção militar, mas justificou o pedido ao STF dizendo que os atos foram cometidos “por vários cidadãos, inclusive deputados federais”. Cabe ao Supremo investigar pessoas com foro, como deputados.
ESTADO DE SÄO PAULO-montedo.com

5 respostas

  1. Se o Comando das FA não começarem a punir Disciplinarmente os militares da ativa que se manifestam politicamente nas redes sociais, e muitos o fazem no horário de expediente utilizando muitas vezes as redes de Wi-Fi das organizações militares vai perder o controle sobre os subordinados.

  2. A situação não está fácil, se ouve dizer na mídia de que a Câmara quis aprovar desconto no valor de 25% do salário dos trabalhadores ao ponto de o Presidente dizer que não tem condições e ainda descontar imposto de renda ficaria uma situação insuportável para o funcionalismo. Por outro lado disse que o Ministro da Economia estuda outra proposta, como a de não dar aumento de salário até o ano 2022, o que não se sabe é se as gratificações dadas pela PL 1645/19 em parcelas seriam afetadas.

    1. Não foi aumento salarial. Além disso, a nossa mudança está atrelada a um maior desconto. Se cancelar as gratificações os descontos vão juntos, e o governo não pode abrir mão disso. Lembre que com esses descontos maiores o governo previa economizar 10 bilhões. E isso o governo não pode perder.

  3. Só pra relembrar pras pessoas que não viram, vejam a reportagem do ROBERTO JEFERSON presidente do PP, que fala do compro, do congresso e sua quadrilha, pra derruba o Bolsonaro, ai vem a PGR, e outros instituição, fica querendo aparece, esta turma esta cheio de rabo preso, e o povo esta de saco cheio desses bandidos de colarinho branco, até quando o povo vai aguentar esta pouco vergonha, acorda Brasil.

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