Bolsonaro avalia colocar general no cargo de número dois da Saúde

General Eduardo Pazuello

Segundo interlocutores do presidente, a ideia é deixar Teich focado em dados técnicos enquanto militar cuida de logística da pasta

Agência O Globoh
O presidente Jair Bolsonaro pode indicar mais um militar para auxiliar Nelson Teich no Ministério da Saúde . O general Eduardo Pazuello está cotado para ser o secretário-executivo da pasta, cargo de número dois do ministério.
A expectativa, segundo interlocutores do presidente, é deixar Nelson Teich focado nos dados técnicos de saúde enquanto o general se debruça no trabalho administrativo e de logística da pasta. Na gestão de Luiz Henrique Mandetta , a secretaria executiva era ocupada por João Gabbardo , que avisou que deixaria o Ministério com o chefe.
Pazuello está em Brasília e deve se reunir com Bolsonaro. Ele foi o coordenador operacional da Operação Acolhida, que distribuiu venezuelanos que chegavam em Roraima pelo Brasil.
Pazuello foi escalado pelo governo de Michel Temer a assumir a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) durante o período da intervenção federal em Roraima.
Bolsonaro já indicou seu assessor especial da Presidência, contra-almirante Flávio Rocha, para colaborar na transição no Ministério da Saúde. Ele é chefe da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), vinculada à Presidência. Ele tinha a função de assessorar o presidente em questões de política externa.
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta se propôs a fazer uma transição tranquila e pediu a colaboração dos seus subordinados para facilitar o processo de troca de comando. Os secretários de Mandetta devem deixar a pasta tão logo os novos integrantes se inteirem das atividades. Há uma expectativa de que ao menos uma parte deles continue por um tempo para auxiliar no trabalho de transição do novo ministro, Nelson Teich. Mas depois devem sair do ministério.
O oncologista Nelson Teich assumiu o Ministério da Saúde na última sexta-feira, sem anunciar novas medidas, mas prometendo trabalhar junto com estados no combate ao novo coronavírus.
Ele tem demonstrado preocupação em como trabalhar com as informações de infectados de Covid-19 e tem convencido a ministros de Bolsonaro de que vai pretende usar os dados para, segundo ele, “diminuir o pânico” da sociedade. Uma das preocupações do médico é com pessoas que deixaram de buscar atendimento médico por outras doenças por causa do novo coronavírus.
— Decidi acompanhar diariamente a evolução em cada estado e município de como está evoluindo a Covid-19 e outros problemas que possam estar relacionados à saúde. Trabalhando com os estados, com os municípios, (para) que a gente consiga ter uma agilidade na solução de problemas que vão surgir. Com tanta incerteza, você não consegue planejar muito na frente. Você tem que analisar todo dia o que está acontecendo.
Teich voltou a dizer que é preciso ter mais informações para saber a maneira de lidar com a Covid-19.
— Outra coisa que eu tenho colocado é a importância da informação. Uma das características dessa doença que a gente vive hoje é a pobreza de informação sobre a doença, sobre a evolução dela, sobre possíveis tratamento. Isso leva a um nível de ansiedade e medo que é enorme.
iG/montedo.com

2 respostas

  1. Esse General, em palestra de despedida da Base de Apoio Logístico no Rio de Janeiro/RJ, na EsAO, pouco antes da última eleição, afirmou que o Bolsonaro era uma incógnita, que era militar, mas era um Capitão com mentalidade de Tenente que já havia saído do Exército há muitos anos, que era mais civil do que militar, já que a maior parte de sua vida atuou como político. Não foi explícito, mas deixou implícito que o Bolsonaro não seria a sua opção como Presidente da República. Tirem suas conclusões…

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