Coronavírus: ex-combatente da Segunda Guerra recebe alta aos 99 anos

Ernando Piveta, aos 99 anos, ao deixar o Hospital das Forças Armadas Foto: Divulgaçao Ministério da Defesa

Ernando Piveta ficou oito dias internados no Hospital das Forças Armadas, em Brasília

O Globo
BRASÍLIA– Um ex-combatente brasileiro na Segunda Guerra mundial venceu o novo coronavírus e recebeu alta, nesta terça-feira, em Brasília, aos 99 anos de idade. Ernando Piveta estava internado na ala de covid-19 do Hospital das Forças Armadas (HFA) há oito dias.
A equipe médica explicou que Piveta não foi submetido ao tratamento com hidroxicloroquina porque a droga apresentava um risco maior do que o benefício para o quadro, uma vez que o paciente tem problemas cardíacos.

Ernando Piveta recebe alta aos 99 anos Foto: Divulgação Ministério da Defesa

A recuperação do idoso foi comemorada pelo corpo médico e pela direção do hospital, que afirmou que o fato de Ernando receber alta é um elemento importante para motivar a equipe do HFA no enfrentamento ao novo coronavírus.
Ao deixar o hospital, o ex-membro da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi aplaudido pela equipe médica. Em setembro de 1942, Ernando era parte do 4 º Regimento de Artilharia Montada e viajou a bordo do navio Almirante Alexandrino até Dakar, no Senegal, para “treinamentos e futuras mobilizações”.
-Fiquem com Deus! Deus os abençõe!- disse Ernando Piveta à equipe antes de entrar no carro para ir para a casa.
O Globo/montedo.com

9 respostas

  1. Uma boa notícia! Fico feliz ao ler este tipo de notícia. Tenho evitado ler os debates entre nossos excelentes políticos! Muita gente querendo holofotes! E o Brasil…

  2. Muito bacana.
    So uma correção, pois devemos ser justos com a historia: ele nao lutou na segunda guerra. Ele ficou guarnecendo as praias brasileiras para o caso da alemanha, que ja tinha a URSS proxima de Berlim, “invadir” o brasil.

    Essa observação é necessária pois ate os ex combatentes que lutaram nos apeninos, a -20 graus enfrentando a fúria das MG42, ficavam irritadíssimos com o pessoal que defendeu a costa brasileira surfando no êxito da campanha do Mediterrâneo.

    1. Todos os militares que desempenharam missão relativa a operações de guerra na Segunda Guerra Mundial são considerados ex-combatentes. Isso valeu para missões de patrulha litorânea e outros casos, como por exemplo o contingente destacado para Fernando de Noronha. A tropa que lutou na Itália integrou a FEB, portanto, são ex-combatentes expedicionários.

      1. Sim, são ex combatentes, mas nao “lutaram na”… Luta pressupõe encontro de forças.

        Eu fico muito contente, mas em memoria do meu pai, do 11 RI, fiz a observação. Os próprios febianos tinham uma expressão pejorativa, “saco B” ou algo parecido.

        Em memória aos feitos heroicos de quem lutou contra um experiente inimigo, acho que deveriamos considerar quem lutou (quem luta, luta contra alguem) e quem se preparou e aguardou a luta.

        A cruz de combate, salvo engano, em ambas as classes, é prerrogativa de quem participou de ação de combate, entao a distinção (justa) é do próprio Exército.

  3. Isso é moleza, quero ver quando os ex-combatentes descobrirem que os generais criaram uma lei para reduzir os vencimentos deles.
    Fizeram isso com os nossos heróis da 2 grande guerra, imagina com os soldados e graduados.
    Redução de salário. Isso mesmo, reduziram os vencimentos também do pessoal da reserva também.
    Por favor, a CF 88 permite isso?
    Senhor MONTEDO, nos ajude a informar o nosso pessoal.

    1. Incrível os mal intencionados à solta querendo desinformar as camadas mais baixas. Mas não terá êxito. Os que têm mérito e correram ou correrão atrás seus crescimentos profissionais sabem o bem que nos fez esse PL.

  4. Cerca de 500 brasileiros morreram em nosso litoral, e todos que defenderam nossos interesses são sim, ex combatentes e heróis. A diferença aceita referente a eles é a cor da boina, azul ou verde, que distingue quem nós protegeu em solo pátrio ou combateu na Itália.

    1. 500 civis morreram em nosso litoral. Baependi, etc, nao eram navios militares. Os febianos que foram pra italia tinham verdadeira aversão de verem seus lauréis tomados por quem comodamente ficou no rio de janeiro perigando pegar uma DST.

      Esse é o relato deles.
      Eu concordo, ñ tem o que comparar em mérito, ir pra italia frio infernal lidar com morteiros alemaes… esses eram verdadeiros herois.

      Nao vejo muito heroismo em puxar guarda olhando pro mar quando nada acontece, e acho que considerar no mesmo patamar os feitos é desmerecer a morte de bravos como o Sgt Max Wolff

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