Soldado cidadão

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Francisco Maia*
Nada distingue um soldado de um civil, pois o que originalmente os une, é todos serem cidadãos. Palavra mágica cuja origem é “civitas”, que em latim significa cidade, resultado humano da integração de alguém à sua comunidade.
O cidadão não surge pronto e acabado. Seja quem for, deve ser formado e orientado para sua acomodação na comunidade. Os soldados não lutam nos combates com ódio pelo inimigo à sua frente, mas pelo amor aos valores os quais defendem. Esse é um saber de profunda cidadania que a caserna ensina, mas falta aprender habilidades profissionais. Em 2003, o Ministério da Defesa foi iluminado por ideia brilhante. Criou o projeto Soldado Cidadão com o objetivo de dar uma profissão aos militares que prestam o serviço militar, depois do tempo dentro das Forças Armadas. O projeto funciona desde 2004 e abrange todo o território nacional e até o ano de 2018, 240 mil jovens já foram beneficiados.
Desmentindo o pessimismo, tudo o que é bom pode ficar melhor ainda. Na concepção desse projeto foram incluídos os centros de formação de aprendizado e mão de obra do Sistema S. Destingiu-se o Senac pela vasta experiência de formação rápida e eficiente de trabalhadores. O Senac-DF é parceiro na execução do Projeto Soldado Cidadão desde 2005 e atende o Exército e a Marinha. Em 2019, o Senac-DF realizou cinco cursos para o Exército Brasileiro, como Web Designer, Auto Cad 2D, Editor de Projeto Visual Gráfico e Excel Básico e Avançado, conseguindo 83% de satisfação.
Chegou a hora de repensarmos a ação Soldado Cidadão para garantir mais vitalidade e atualização diante das transformações do mercado de trabalho. Devemos sempre lembrar que o preço da educação nada se compara com o desastre da ignorância. Louis Dembitz foi um magistrado americano que sempre se preocupou com soldados e cidadania e nos ensina. “Soldados precisam produzir para sua pátria e enriquecer sua cidadania, pois o único título em nossa democracia que é superior ao de Presidente é o de Cidadão”.
*Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)
DIÁRIO DO PODER/montedo.com

5 respostas

  1. Segundo o texto nada distingue um soldado de um civil, pois o que originalmente os une é todos serem cidadãos. Acontece que existe cidadãos diferenciados onde uns podem participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos, fazer greve e outros não.

      1. Achas que mesmo sem ser politizado nossos militares sempre foram imparciais? Será que da proclamação da república até os dias atuais a atuação militar no cenário político foi imparcial? Me poupe!

        1. Releia o que perguntei. Não falei em politização, mas em partidarismo. Nossas FFAA sempre agiram para evitar uma guerra intestina. A Proclamação da República foi uma forma de proteger a Família Imperial do assassinato, como queriam os republicanos, como na Revolução Francesa.

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