Ceará: Operação Mandacaru contará com 2.500 militares do Exército

Coletiva ocorrida neste sábado (Foto: Bárbara Moira)

Em coletiva, generais Cunha Mattos e Ulisses detalham operação Mandacaru
A operação do exército no Ceará, chamada Operação Madacaru, contará com cerca de 2.500 militares dos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, e pretende preservar a ordem pública, para normalizar a situação

LUANA FAÇANHA
17:58 | 22/02/2020
Em entrevista coletiva no 23º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, após a solenidade de Formatura de Apronto Operacional, os generais Fernando José da Cunha Mattos, como comandante da operação, e Ulisses de Mesquita, comandante da tropa empregada da Força Tarefa Felipe Camarão, falaram com jornalistas na tarde deste sábado, 22, sobre a atuação das Forças Armadas na segurança pública do Ceará. Investimentos, regras aplicadas, atuação do exército na Capital e no Interior, além das legislações que serão aplicadas a militares e civis foram esclarecidos para a população. Segundo os comandantes, o Exército atuará com foco prioritário em Fortaleza. Parte das tropas já estão sendo utilizadas na segurança.
A operação do Exército no Ceará, chamada Operação Madacaru, contará com cerca de 2.500 militares do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, e pretende preservar a ordem pública, para normalizar a situação no Estado.
General Cunha Mattos afirmou que a partir deste domingo, 23, o Exército começará atuar efetivamente para o cumprimento da ordem pública, como o policiamento ostensivo. Cunha afirma que a presença de agentes de seguranças fardados garante a identificação para civis, o que ajuda a preservar o patrimônio e a ordem pública. “O policiamento ostensivo realizado pelo Exército na cidade de Fortaleza inicialmente será o mesmo policiamento ostensivo que as pessoas vêem nas ruas normalmente. Não pretendemos substituir a Polícia, mas pretendemos fornecer o mesmo nível de segurança que o cidadão encontra no seu dia a dia na cidade”.
Ulisses de Mesquita informa que o Governo do Estado passou o controle operacional do Raio, o Choque e policiamentos especializados para o Exército. O Exército trabalhará em conjunto com esses órgãos de segurança pública para a manutenção dos índices de policiamento anterior às manifestações de policiais. Patrulhamentos a pé, motorizados, de pontos estratégicos, como ocorrem normalmente, serão feitos por militares. “Com a presença massiva da tropa, atuaremos em conjunto para a redução dos índices de criminalidade.”
Cunha afirma que o Exército não assumiu a segurança pública. “O governador passou o controle operacional. Procuramos organizar como empregar aqueles meios que temos, as atividades para as operações, mas as rotinas operacionais acontecerão normalmente. Eventualmente, se necessário, poderão receber uma atividade em específico. Gostaria de deixar claro que a Polícia Militar do Ceará, como um todo, não continuam com a sua atividades normalmente.”
Ele informa que apenas o Raio, Choque e Comando de Policiamento Especializado passaram ao controle operacional da Operação Mandacaru. Ulisses afirma que o momento é de concentração de meios e militares, que vieram de outras cidades por meio de transportes aéreos e motorizados.
O critério de distribuição das forças militares foi de acordo com a diretriz do governo, que foi a prioridade para a cidade de Fortaleza. Já em nível tático, militares informaram que atuarão nas áreas de maior incidência, na rotina da segurança pública, em locais considerados mais problemáticos. Ulisses afirmou que a expansão da área de atuação dos militares dependerá dos desdobramentos das situações que encontrarão no Estado.
Os militares informam que os investimentos serão voltados principalmente para a manutenção dos militares no Estado e, até o momento, não estão com números definidos, mas já estão sendo calculados.
Os generais Cunha Mattos e Ulisses, que participaram da coletiva, informaram que no caso de Sobral, agentes do Ministério da Justiça estiveram no local onde ocorreram os disparos por arma de fogo contra o senador licenciado Cid Gomes (PDT).
Com informações do repórter Ítalo Cosme
O POVO/montedo.com

7 respostas

  1. Polícias Militares Motin 32 por cento de adicional para Coroneis e Menos para os Praças que estão permanentemente disponível pelo Mesmo Tempo. Será que Izalci e Bolsobaro conseguem arrumar esta ilegalidade, Antes da Judicialização? Soluçao: mesmo índice para todos

  2. A PM irá pular Carnaval e no final ainda terá o aumento almejado, enquanto isso…
    As forças armadas, digo, exército, ganhará além dos quartos de hora infinito, uma formatura para encerrar mobilização, sem diária e representação. Filme antigo com atores novos.

  3. No final os PMs ganharão mais aumento salarial e serão anistiados! Já vimos esta história antes! Mesmo com o PL continuamos a ganhar menos do que muitas PMs! Cadê a reposição de nossas perdas de 30% perante a inflação? Se não podem corrigir isto que possam dar os 32% de adicional para todo mundo! É muito descaso com nós militares das forças armadas!

  4. Estou com uma dúvida: sempre escutei que militar cumpre ordens e que a PM é força auxiliar. Por que o governo não manda um general (deus supremo) no quartel amotinado e enquadra todo mundo, coloca em forma e acaba com isso.

  5. Interessante que ano passado quando estava discutindo a então PL dos militares membros da comissão que eram em grande quantidade da segurança pública incluíram os PM alegando que também são militares, não podem fazer greve e etc. Ofuscaram, atrapalhando que alguns ajustes na PL fosse feita, pois tomaram a maior parte das audiências. Na época imaginei como pode ser equiparado a militar das forças armadas, nunca vi estas fazer greve e por muito menos os controladores de vôo na FAB ( Que também foi grave e merecida a punição, os militares, pelo menos os cabeças foram presos e expulsos) agora a PM já vi várias vezes e sempre são anistiados. A impunidade faz isso…

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