Comando Militar do Leste investiga morte de sargento

Eduardo tinha histórico de depressão (Foto: Arquivo Pessoal )

Eduardo Barbosa morreu no dia 30 de janeiro

Maurício Bastos
O Comando Militar do Leste investiga a morte de um sargento, no dia 30 de janeiro, dentro do Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
Eduardo Barbosa Torres da Costa, de 23 anos, foi internado no dia 4 de janeiro. A causa da morte, segundo o Exército, foi suicídio. No entanto, o diagnóstico levantou suspeitas da família.
Eduardo tinha histórico de depressão. Depois de presenciar a morte de um colega em um curso de paraquedismo, o sargento passou a ter dúvidas sobre a escolha da carreira, por acreditar que o Exército não deu o devido cuidado ao companheiro de turma.
Depois do ocorrido, Eduardo trancou o curso e voltou para Joinville, em Santa Catarina, cidade onde era lotado. Longe da família, a depressão aumentou. Especialmente depois que os militares do quartel onde servia descobriram o motivo de sua volta
Um laudo médico recomendou que Eduardo se afastasse das atividades militares.
Perto dos pais, em Juiz de Fora, Minas Gerais, ele parecia mais tranquilo. Só que após um surto ele foi preso e entregue à Polícia do Exército.
Transferido para o Hospital Central do Exército, no Rio, Eduardo morreu no último dia 30. A causa informada foi suicídio, mas a mãe desconfia da versão dos militares, em razão de sinais de tortura encontrados pelo corpo.
Por meio de nota, o Comando Militar do Leste informou que abriu um inquérito policial militar e diz estar prestando assistência à família.
BAND News/montedo.com

14 respostas

  1. O sujeito que escolhe a profissão militar deve saber que esta atividade sempre foi e sempre será uma profissão de risco, pois dentre as outras profissões o militar, em particular durante sua carreira, seja cumprindo sua missão constitucional ou fazendo algum curso ele pode: ficar ferido; ficar com sequelas ou inclusive vir a óbito. Mesmo sendo tomadas todas as providências relativas a segurança ou se precavendo de riscos, pode acontecer: falha de equipamento; mal súbito devido a alguma doença que mesmo o militar desconheça que possui; falha no equipamento; falha humana (pois somos humanos antes de tudo); fenômeno da natureza ou o chamado azar militar.

    1. Anônimo 15 fev, 11h39, sorte sua (isso mesmo ) ter sido aprovado em concurso público pois o texto fala sobre como é tratado o cidadão militar que apresenta algum problema é não sobre os riscos inerentes à carreira, tem que explicar pois você não entendeu nada
      Torça para não surgir nenhum problema físico, de saúde, familiar ou mental, pois a linha entre um excepcional profissional e um vagabundo é tênue

    2. “Marcas ou sinais de tortura”, simples de resolver, investigação rigorosa pelo MPM e a família contrata um advogado pra acompanhar. Se confirmar crime….40 anos de cana.

    3. Seu texto nao tem nada a ver com a matéria, mas eu respondo.

      Profissao de risco: risco de morrer de ulcera, risco de morrer de infarto no tfm, risco de morrer de raiva…
      Os acidentes de serviço em treinamento e afins sao comuns a uma serie de profissoes, como bombeiro hidraulico, eletricista e ate escrevente judiciário (pode adquirir lesão por esforço repetitivo).
      É triste é intolerável mortes que não estejam vinculadas a ações de guerra. Nada, nenhum discurso ufanista diminui a tragédia da perda de um jovem. Enquanto pensarmos assim, mais e mais mortes ocorrerão.

  2. Moro em Juiz de Fora. Impossível qualquer militar ter atendimento psiquiátrico no HGeJF… Os psiquiatras não ficam… Se necessita de Psicólogo colocam em uma fila de espera… Quem pensa em suicídio ou está em depressão pode esperar? Com isso encaminharam esse jovem, doente, para o HCE, o lugar mais preparado do Exército! Lá ele atingiu o objetivo, se matou na ala psiquiátrica do Hospital Central do Exército! Será que estamos bem atendidos pelo FUSEx???

  3. A morte faz parte da vida, mas é o grande misterio e pode provocar intensa angústia. Dependendo da pessoa, a solução (inapropriada) pode ser a fuga da vida.

  4. Quer que eu conte como tudo acontece.
    Pois bem, o militar apresentou um quadro de depressão, para muitos militares, mas para muitos mesmo é frescura, vagabundagem, o que é a maior ignorância do mundo, afinal uma boa parte do público interno é ignorante mesmo.
    O militar doente não recebe o tratamento adequado, mais do que normal para o usuário do sistema FUSEX e mandam ele de volta para o quartel.
    Aí começa o inferno, os “colegas” começam a minar o militar, falam mal, falam pelas costas, rotulam este de vagabundo. Isso tudo com a aquiciencia dos superiores que também começam a persegui-lo. Resultado final, o pior possível, o rapaz encontra conforto tirando a própria vida.
    É isso que acontece, de norte a sul, nas unidades do Exército. Simples assim. Exército do papel, que nunca entrou em guerra, onde o “colega” não tem o mínimo de respeito pelo o outro.
    Sugestão, nunca fique doente numa instituição militar, você vai conhecer o pior do ser humano, o lado mais cruel dele. Ninguém está preocupado com a sua saúde, estão preocupados unicamente com a escala de serviço.
    Cai no meu colo reserva.

    1. Perfeito seu comentário! É exatamente o que ocorre na caserna! Exército de paradas e formaturas! De burocracia, papel e embuste! De pow pow! De picuinhas e fofocas nas OMs! Torça para que NUNCA fique doente! Vivi na pele, quando tenente, ao fazer um curso e contrair hepatite rastejando na lama imunda que vinha de uma comunidade…o tenente médico diagnosticando como virose…até minha urina ficar da cor de coca cola e ser internado, às pressas, caminhando para insuficiência hepática! Quase morri! E depois, na recuperação, não faltaram colegas para falarem, sempre pelas costas, que estava dando golpe nas escalas…no TFM…ou seja…se juntassem todos estes “militares” não daria um bom saco de estrume! Depois desta segui minha carreira sempre acreditando na doença do subordinado ou do companheiro! Mas presenciei muita gente tecendo comentários infames de companheiros doentes! Doença mental então…pobre de quem tiver que passar por uma situação desta! Meus pêsames à família do sargento.

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