Congresso vai aprovar reestruturação da carreira militar, diz ministro

Por Roseann Kennedy – da TV Brasil  Brasília

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, está confiante na aprovação do projeto de lei que reestrutura a carreira militar. A matéria foi encaminhada ao Congresso paralelamente à reforma da Previdência, e a comissão especial que vai analisar o tema foi criada no último dia 29. O ministro ressaltou que as peculiaridades da profissão nas Forças Armadas exigem normas específicas. “Você está oferecendo a sua vida em prol do país. Então, ela tem que ter regras específicas para o militar e para a família dele. Eu tenho certeza absoluta que os parlamentares compreendem e vão aprovar isso”, apostou.

Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, o general também defendeu a importância de o Congresso aprovar o acordo de salvaguardas tecnológicas entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para impulsionar o uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão. O documento foi assinado em Washington, nos Estados Unidos, em março, entregue na Câmara dos Deputados na semana passada e o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) foi escolhido relator na Comissão de Relações Exteriores, no dia 12. A estimativa do governo é que, se o Brasil detiver, ao menos, 1% do mercado mundial de lançamento de satélites até 2040, isso representará uma arrecadação de US$ 10 bilhões, por ano. Na entrevista, o ministro falou ainda de temas como a flexibilização do porte de arma e munição e  dos 20 anos do Ministério da Defesa.

Roseann Kennedy: Nestes 20 anos do Ministério, houve muita mudança na importância da defesa no país?
Fernando Azevedo e Silva: Durante estes 20 anos, o Ministério da Defesa teve alguns avanços significativos. Uma foi a concepção de ações conjuntas, que envolvem as três Forças. Hoje, numa concepção de conflito, só existem operações conjuntas. Nós pegamos um período muito fértil, que foram as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Para você ter uma ideia, de 1999 até hoje, foram 114 operações. A outra coisa que marcou estes 20 anos foi o seu farol, a sua concepção estratégica. Os documentos básicos que foram criados e que dão realmente um norte para o Ministério e para Marinha, Exército e Força Aérea, que foram a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa, que são aprovados e referendados pelo nosso Congresso.

Roseann Kennedy: O país também teve avanço na condição geopolítica, com uma presença no mundo muito mais forte.
Azevedo e Silva: É lógico que as concepções de conflito mudaram. Nós temos, hoje, os chamados conflitos assimétricos, que não têm fronteira, não têm países. E a nossa concepção estratégica foi mudando ao longo disso. Mas nós temos duas estratégias básicas, ou três. Nós temos que ter um poder dissuasório compatível com a estatura política e geográfica que o Brasil tem, com suas riquezas. Nós temos 22 milhões de quilômetros quadrados para vigiar, seja em terra, mar ou ar. Nós temos de ter a capacidade de projeção de poder, particularmente para atuarmos em forças expedicionárias em missão de paz que nós já atuamos em várias delas. E nós já atuamos em várias delas. Moçambique, Angola, Haiti, recentemente, e atualmente temos 375 militares no exterior, em missão de paz.

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, concede entrevista à jornalista Roseann Kennedy, do programa Impressões, da TV Brasil

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, concede entrevista à jornalista Roseann Kennedy – Divulgação/TV Brasil

Roseann Kennedy: Quais são seus principais desafios no Ministério da Defesa?
Azevedo e Silva: A pasta da Defesa é até simples em relação às outras. Não no que seja simples por simplicidade, é pela organização que eu tenho, em relação ao Exército, Marinha e Força Aérea. São instituições de Estado. Elas atravessam ou se sobrepõem aos governos. Mas têm dois desafios. Um é o orçamento necessário. Que eles [recursos] são poucos, são escassos. Nos últimos anos, nós tivemos um orçamento compatível com as nossas necessidades. Nós sofremos particularmente em relação aos nossos programas e projetos. E você não tem mágica. Falta uma previsibilidade orçamentária. Isso que é o principal. Então, quando o recurso é pouco em relação aos principais programas da Força, só tem duas coisas a fazer: ou você alonga o prazo dos programas e projetos, ou você muda o escopo desses programas. E isso é ruim. Outro desafio, que iniciou a caminhada no Congresso, é o problema da proteção social dos militares, que confundem com Previdência. E a oportunidade que nós estamos tendo de ter uma reestruturação da carreira militar, que se faz necessária há algum tempo.

Roseann Kennedy: A questão da aposentadoria de vocês não é tratada em proposta de emenda à Constituição (PEC), tem normas específicas.
Azevedo e Silva: Eu acho que os integrantes do Congresso já compreenderam quais são nossas necessidades, as nossas idiossincrasias da profissão militar. A gente não tem um sistema previdenciário, você não tem um Regime Geral da Previdência, você também não é um servidor público. Você tem leis ordinárias que regulam a profissão militar. A Constituição já amarra as nossas peculiaridades. Você está oferecendo a sua vida em prol do país. Então, ela tem que ter regras específicas para o militar e para a família dele. Estamos contribuindo para o esforço do país, mudando a parte da proteção social, estamos passando a contribuir mais, bem mais. Estamos aproveitando para uma reestruturação da carreira, visando à meritocracia. Isso sem gerar déficit nenhum, ao contrário, estamos gerando um superávit para a receita. Então eu tenho certeza absoluta que os parlamentares compreendem e vão aprovar isso.

Roseann Kennedy: A Defesa tem outras formas de contribuir com o ajuste fiscal, além do próprio entendimento em relação à reforma da Previdência?
Azevedo e Silva: Tem, nós já fazemos isso. Nós temos a Base Industrial de Defesa. São empresas estratégicas nossas. Sempre de maneira dual, tanto serve para a parte militar como para a civil. Ela é a responsável por 4% do Produto Interno Bruto.  Gera 60 mil empregos diretos e mais 240 mil empregos indiretos. Quer dizer, nós estamos contribuindo.

Roseann Kennedy: Como está a questão do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, para o uso comercial da Base de Alcântara?
Azevedo e Silva: Esse é outro processo importante que o Ministério da Defesa está à frente, com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Isso aí começou em 1983, com a criação da base de lançamento de Alcântara. Mas o primeiro acordo de salvaguardas, que é um acordo comercial, foi para o Congresso em 2000. É um acordo com os americanos, que detêm 80% de todos os componentes satélites, você tem que passar por ele. Como passaram a Rússia e a China, que têm o mesmo acordo. Em 2000, nós não tivemos êxito. Aperfeiçoamos as correções que o Congresso achou por bem fazer. Levamos de novo para o acordo, foi aprovado o novo acordo, e nós, na semana passada, entramos no Congresso com um projeto de lei desse acordo que é comercial e benéfico para o país.

Roseann Kennedy: Isso pode ajudar também na questão fiscal?
Azevedo e Silva: Também. Primeiro, a localização em termos técnicos vai ser a melhor base em condições técnicas de lançamento de satélite do mundo. Então, os países que venham lançar os satélites aqui, é um acordo comercial. Isso gera divisas. Isso gera recursos, impulso até para a região do Maranhão. Então é um acordo muito bom.

Roseann Kennedy: Já que falamos de Base de Alcântara, o senhor, que foi precursor dos paraquedistas, viajaria num foguete?
Azevedo e Silva: Eu viajaria num foguete só se eu pudesse colocar um paraquedas e, se for muito alto, o oxigênio. Sem paraquedas eu não subo num foguete.

Roseann Kennedy: Nunca deu medo de saltar, nem quando houve pane no paraquedas?
Azevedo e Silva: A minha paixão sempre foi o paraquedismo. Eu passei ali 12 anos. Como general, eu comandei os paraquedistas, que é o sonho de todo paraquedista. Quando eu estava começando a saltar, perguntei a um oficial que tinha muito salto se ele tinha medo. E ele falou assim: ‘Tenente, se eu não tiver medo mais de saltar, eu paro de saltar. Significa que eu estou ficando louco.’ Então, medo você sempre tem. Mas dominar o medo é muito bom. Agora, em relação às panes de paraquedas que eu tive, não é uma boa situação. Mas ainda bem que a gente tem um paraquedas reserva. Foram sete panes que eu tive.

Roseann Kennedy: Vamos falar de segurança. Um dos assuntos na pauta no país é o decreto que flexibiliza o porte de arma e munição. Qual é o impacto que o senhor avalia que isso pode ter na segurança pública do país?
Azevedo e Silva: Nós vamos ver o impacto a partir de agora. Mas vamos ver o modelo anterior. É um modelo que não tinha uma flexibilização, chegou-se a índices de criminalidade alarmantes. Você não pode ter, num passado recente, 63 mil homicídios. Então é um modelo que não estava dando certo. É um modelo em que o bandido, o malfeitor estava armado e o chefe de família sem possibilidade de uma autodefesa, de estar armado. Então, não fugiu o controle o decreto. Continua o controle. Mas deu uma flexibilidade maior, com a possibilidade de um chefe de família ter a sua defesa, dele e de seu lar. Nós vamos esperar os resultados. Mas eu acho que foi bom.  

Roseann Kennedy: E esse resultado vocês vão conseguir medir em curto, médio ou longo prazo?
Azevedo e Silva: Acho que é médio prazo. Agora, o importante é que o modelo anterior não deu certo, pelos índices alarmantes que a gente tem.

Roseann Kennedy: Pesquisa recente mostra que a população vê as Forças Armadas como a instituição de maior confiabilidade no país. A que o senhor creditaria isso?
Azevedo e Silva: São vários fatores. Uma é pela postura de seriedade que as Forças sempre tiveram. Outra, no passado, desde o descobrimento do Brasil, as Forças Armadas, diferentemente de outros países, foram responsáveis pela formação da nacionalidade brasileira. Elas estiveram presentes em todos os momentos importantes do Brasil. Outra é pela presença nossa em todo o território. E pelo serviço militar, pelos parentes, pelo avô, pai, filho, que servem e veem a nossa seriedade. Então são instituições muito sólidas. Têm seus erros? Têm. Mas nós cortamos na carne os nossos erros, a Marinha, o Exército e as Forças Aéreas.

Roseann Kennedy: No passado, existia um jovem reticente, sem querer entrar para o serviço militar obrigatório. Como é isso hoje?
Azevedo e Silva: A Constituição Federal sabiamente prevê o serviço militar obrigatório. Tem países que tiraram isso, se arrependeram e voltaram. A segurança do país merece o serviço militar obrigatório, até para formar o reservista. Mas antes, que havia alguns pedidos para não servir, esse quadro mudou. Nós temos em média por serviço militar 1,8 milhão de jovens que se alistam, prontos para servir. A gente aproveita, em média, cerca de 6% disso, é muito pouco. Então é o contrário. Agora a demanda maior é querer servir. E tem outras entradas. Tem a parte de sargento, tem a parte de oficiais. Então a demanda para as escolas militares é muito boa. O que a gente não pode perder, aí vem a reestruturação da carreira militar, é o incentivo ao jovem procurar a carreira definitiva das Forças Armadas.

Roseann Kennedy: Que salto o senhor ainda quer dar na sua vida?
Azevedo e Silva: Já saltei muito, mas o salto que eu quero dar na minha vida é saltar para bater palma pelo sucesso dos meus filhos e da minha neta. É esse é o salto.

Roseann Kennedy: O senhor acredita que o Brasil vai mostrar toda a sua potência quando?
Azevedo e Silva: [Em] toda grande caminhada para o país virar uma potência, tem que dar o primeiro passo. E eu acho que o passo foi dado nessas eleições. O povo quis mudança. O povo quis um novo sistema. E esse governo do presidente Bolsonaro foi eleito por causa disso. Para dar o primeiro passo para o Brasil realmente se tornar uma potência.

AGÊNCIA BRASIL/montedo.com

113 respostas

    1. É anônimo, vc não conhece nada da carreira militar, pois falar é fácil, parece até recalque por não ter entrado para as força armadas. Sou militar, SO, 31 anos de carreira, área de eletrônica. Conserto computadores, drones, impressoras, eletro eletrônicos em geral, toda área de metrologia, carros, tv´s, som, redes de computadores, helicóptero, aeronaves de caça, de transporte e etc…….., formado em matemática e administrador público. Salário, R$ 7.000,00…… vc acha muito?????? Somos profissionais, dedicados, autênticos, leais, patriotas e cumprimos a missão……o que vc disse mesmo???? Não fazemos nada? Falo não por mim apenas, mas por homens e mulheres que labutam lado a lado para o bem da nossa nação!!!! Brasil acima de tudo!!!!

      1. Se você faz tudo isso que falou então você é a exceção e merecia ganhar muito mais.
        90% do efetivo não consegue nem fazer um diex direito e mal cumpre o expediente, não merecia ganhar metade do que ganha

    2. E você deve ser mais um vagabundo recalcado que passa os olhos neste site sonhando com uma realidade paralela onde a sua incapacidade lhe permitisse ser militar!

      1. Não temos uma série de direitos que qualquer trabalhador tem.
        Acho lamentável uma pessoa entrar em um site de público militar para falar besteiras.
        Seria a mesma coisa que eu entrar em um site de comunistas e falar besteiras lá….cada um no seu galho

  1. Não será uma reestruturação da carreira militar e sim dar mais benesses para os Generais tanto na ativa quanto na reserva. Bolsonaro traiu a tropa!!!

    1. É a minha opinião também. Os militares da Ativa, e os que foram para a reserva após 2001 foram todos prejudicados.
      A promessa de campanha era reverter oa prejuízos da MP do Mal, e essa promessa não foi cumprida pelo nosso Presidente.
      A PL não prejudicou só os QE não…Prejudicou os veteranos da Marinha e os Especialistas da Aeronáutica, concursados e de carreira como os da ESA.
      E essa injustiça tem que ser corrigida.
      Infelizmente, muito medo e arrogância. …Se fizessem uma Lei que atendesse a todos, iriam aprovar do mesmo jeito.
      Lamentável. Mas a lei tem que ser mudada para atender a todos.
      Não só os Altos Estamentos de um modo geral, e os baixos estamentos do EB.
      Deve ser mudada no Congresso sim.

  2. Abro os comentários com a seguinte ponderação: Oficiais de carreira, com exceção dos QCO, não se manifestam aqui, pois estão tranquilos com a PL. Os Oficiais do QAO sem chaqao ( que não tiveram oportunidade de fazer o curso ) estão correndo para tentar os mesmos direitos do colegas que fizeram o CHAQAO. Os Oficiais dó QAO que tem o CHAQAO, estão desesperados pela aprovação do jeito que está pois estão no lucro total ( não digo que não merecem ). Os sargento de carreira, usam seu precioso tempo para atacarem os companheiros do Quadro Especial ( confesso que não entendo tanta raiva no coração, que os mesmos nutrem pelos QEs ). Os companheiros do Quadro Especial, foram descaradamente, sacaneamos nesta PL, os números não mentem, logo entendo que o pleito dos QEs é justo e necessário, podem até não conseguir, mas estão tentando com todas as forças e “armas” que entendem empregar em sua luta por um benefício mais justo. Dos Oficiais Generais o que posso falar? Nada. Os “espertos “ vão incorporar 10% de gratificação para todo o sempre (em sua reserva), logo estão mais que tranquilos e rindo do “baixo clero “ se degladiando” com palavras de ódio. Companheiros sejamos sensatos, antes de atacarmos outros companheiros, pois os verdadeiros inimigos estão tranquilos e ocultos, mas tenham certeza, prontos para usar de toda força contra os praças. Bom dia para todos os amigos, colegas e até os que não simpatizaram com minhas palavras.

    1. Comentário excepcional. Disse tudo e mais um pouco de forma clara e objetiva. Obrigado pelo respeito demonstrado à luta dos pais de família QE.

    2. Meu amigo o QE entrou pra ser soldado, estabilizou por merito, ALGUNS, foi promovido a Cabo e a terceiro sargento conforme a legislação.
      Depois foram reconhecidos novamente e puderam ser promovidoa a segundo sargento.
      O que os QE querem ainda, com toda esse reconhecimento supracitado?
      Tenho maior consideração pelos QE, mas sejamos realista.

    3. 2°Sgt 2009
      Parabéns pelas sábias palavras amigo. É bom saber que ten militares que pensam da mesma forma que eu. Sou sargento de ESA e concordo com tudo que digitou em teu texto. O que é para um tem de ser para todos, uma reforma/ reestruturação que beneficia só alguns poucos não deveria passar. Amigos da inatividade, QEś e demais praças das forças armadas lutemos juntos pela melhora dessa PL. Deus os abençoe, vamos a luta sem esmorecer.

    4. “Abro os comentários com a seguinte ponderação: Oficiais de carreira, com exceção dos QCO, não se manifestam aqui, pois estão tranquilos com a PL.”

      E não deveria ser diferente, se trata de reestruturação de carreiras. Se o QCO não está satisfeito com a carreira abraçada, é, como sempre, porque entrou pela porta errada…

      “Os Oficiais do QAO sem chaqao ( que não tiveram oportunidade de fazer o curso ) estão correndo para tentar os mesmos direitos do colegas que fizeram o CHAQAO.”

      Bom primeiro não existe “CHAQAO”. O que existe é CHQAO. Quanto a terem ou não oportunidade de prestar o concurso, se trata apenas de falácia, pois TODOS os Subtenentes da ativa, não queriam fazer o CHQAO.
      Hoje quem está desesperado para ganhar os mesmos “direitos”, são aqueles que só o fazem porque o EB equiparou o CHQAO a altos estudos. Esta é a verdadeira razão e não porque não tiveram oportunidade, isso é papo fiado de quem não sabe do que está falando.

      “Os Oficiais dó QAO que tem o CHAQAO, estão desesperados pela aprovação do jeito que está pois estão no lucro total ( não digo que não merecem ).”

      Ninguém que possui CHQAO, está “desesperado” por aprovação do PL, já que esta é liquida e certa, conta com mais de 90% de aprovação e se trata de meritocracia para os que prestaram concurso (duas vezes) e concluíram com aproveitamento o referido curso.

      O desespero que cita tem mais haver com olho grande e com o fato que a reestruturação ampara apenas meritocracia e não “coitadocracia” que vocês defendem sem mérito, sem razão e sem amparo judicial em segunda estância, fato e ponto final, e como já disse o Montedo – FIM de PAPO

      “Os sargento de carreira, usam seu precioso tempo para atacarem os companheiros do Quadro Especial ( confesso que não entendo tanta raiva no coração, que os mesmos nutrem pelos QEs ).

      Ninguém nutre “raiva” por QE. A verdade é que QE não deveria nem existir, se trata de desrespeito com os Graduados de carreira concursados e com a constituição de 1988. Além de sofrerem com este constrangimento QE, ainda testemunhamos as baixarias que aprontam todos os dias:

      – Se associam aos inimigos da nação em buscas de cavar direitos que não tem;

      – Se aglomeram nas chamadas “ASSOCIAÇÕES”, que tem como objetivos congregar servidores sem concurso publico afim de defender interesses financeiros e políticos através de demandas judiciais, politicas e sindicais. Tudo isso contrariando as normas da atividade militar, seja ela na ativa ou na reserva.

      “Os companheiros do Quadro Especial, foram descaradamente, sacaneamos nesta PL, os números não mentem, logo entendo que o pleito dos QEs é justo e necessário, podem até não conseguir, mas estão tentando com todas as forças e “armas” que entendem empregar em sua luta por um benefício mais justo.”

      Se tivessem entrado pela porta correta, com certeza isso não teria acontecido: O PL1645 se trata de reforma do Sistema de Proteção Social e Reestruturação das carreiras. Como todos sabemos QE não possui concurso público, logo não possui carreira. Se o curso que garante a percepção do adicional Militar é o CFC, então não podem ganhar mais que isso. Se optaram por não possuir uma carreira concursada, não podem querer cursar Aperfeiçoamento, com o único propósito de se beneficiarem economicamente.
      O CFS, o CAS e CHQAO, são cursos de carreira, eles são a razão do maior índice do adicional de habilitação militar e fazem parte da carreira do Graduado e não da situação de QE, a qual foram muito beneficiados sem amparo e sem mérito.

      “Dos Oficiais Generais o que posso falar? Nada. Os “espertos “ vão incorporar 10% de gratificação para todo o sempre (em sua reserva), logo estão mais que tranquilos e rindo do “baixo clero “ se degladiando” com palavras de ódio.”

      Gostaria de saber o seguinte, você concorda com redução de salário para ir para a reserva? Com certeza que não.

      Um General enquanto se encontra nesta situação na ativa recebe os infames 10% de representação já a muito tempo. Muitos desses Gen ficam por volta de 12 ou mais anos nesta situação, então pergunto:
      Você como general gostaria de ter redução de salario na inatividade, depois de receber esse percentual durante tantos anos?

      “Companheiros sejamos sensatos, antes de atacarmos outros companheiros, pois os verdadeiros inimigos estão tranquilos e ocultos, mas tenham certeza, prontos para usar de toda força contra os praças. Bom dia para todos os amigos, colegas e até os que não simpatizaram com minhas palavras.”

      Para sermos sensatos precisaríamos entender que o PL não abrange militares sem altos estudos ou servidores sem concurso público.

      Precisaríamos aceitar que a Reestruturação das carreiras que foi embutida da Reforma dos Militares, não se trata de reajuste salarial como vocês pregam irracionalmente.

      Para sermos sensatos precisamos admitir que promoção à segundo Sargento sem concurso público e sem curso de Formação é uma aberração e que nunca deveria ter acontecido.

      Para sermos sensatos não podemos apoiar promoção a Subtenente, sem concurso público, sem CFS, sem CAS, etc, etc

      Para sermos sensatos temos que entender de uma vez por todas que cursos hoje existentes para militares da ativa, não alcançam militares da reserva e que paridade acabou em 2001, na edição da MP2215.

      Para sermos sensatos temos que aceitar que a PL1645, devolve em parte as perdas para o pessoal de carreiras ocorridas em 2001.

      1. Parabéns meu amigo, disse tudo!! O que mais vejo são os QE confundindo o conceito de carreira com estabilidade. Carreira tem quem fez concurso para tal e, por conseguinte, tem carreira. Militares do QE conquistaram a estabilidade, porém não tem carreira, tanto que não podem fazer cursos privativos aos graduados de carreira.

      2. Boa noite. Respeito suas opiniões, só gostaria de contribuir com seu texto: onde você diz estância você deveria dizer instância, estância é: estabelecimento rural destinado especialmente para criação de gado bovino etc…instância: é grau de jurisdição. Espero ter te ajudado. Fique com Deus.

  3. Esse é a voz do nosso chefe. Pois é excelência, os senhores oficiais superiores generais, até na hora da morte, no leito de um hospital militar precisam dos serviços de Sgts QE, temporários e de escola, como enfermeiros, para cuidar de suas mazelas, e no entanto fazem isso com os principalmente mais atingidos por essa PL do mau, que são os Sargentos do Quadro Especial do EB. Palmas para os senhores…

    1. Este é o pensamento dos generais, veem Bolsonaro como capitão. ele é seu presidente seus prepotentes. cobram respeito Hierárquico, mais não respeitam seu presidente…….cobram o certo, mais fazem o errado. São Hipócritas, civis nem imaginam como.

  4. O PL 1645 é problemático, haja vista que os sargentos QE e QESA não são os únicos a reclamar Fato comprovado em audiência pública realizada na última terça de 4 de junho 2019 . Militares de todas as patentes reclamam de concessão de benefício de representação só para oficiais generais . Suboficiais da Marinha e Força Aérea, alegam que ficaram também prejudicados, uma vez que ,o PL concede um adicional de habilitação de 73% só para SUBTENENTE DO EB, deixando de fora os SUB da MAR e AER. Os militares do quadro especial – como parte significativa dos graduados – se sentem injustiçados com o projeto de lei apresentado pelo governo federal. Alguns fatos chamam atenção, vamos a eles :os generais não querem debater mudanças no PL ,com isso SO DA FAB e MAR procuram GAB de Hélio Bolsonaro e QESA procura o PT para resolver o problema, kelma Costa não se manifesta mais ( tudo leva crer que abandonou o barco) ,como se já não bastasse tantas perdas , foi levantada a hipótese da revogação do adicional de disponibilidade pelo estatuto dos militares( com a passagem para reforma), além disso ,não ficou claro se os militares que foram para reserva antes de 2001, perderam ou não o adicional de tempo de serviço, substituído pelo adicional de disponibilidade. Com vários pontos de perdas e sem esclarecimento muitos militares já preferem a rejeição do pl 1645, revogação da MP 2215 e a volta do posto acima, logo com tudo isso, adicionado ao silêncio e diante de várias distorções, grupos já se unem no sentido de se manifestarem de forma direta com faixas na frente da residência de autoridades e no congresso nacional, com objetivo de mudar o referido projeto de lei uma vez que todas as iniciativas foram adotadas e nada foi mudado.#AutosEstudos

    1. Use esse tempo para trabalhar e ganhar mais dinheiro, ao invés de ficar perdendo tempo e se humilhando mostrando faixas para os outros. Com isso, só ganharão mais antipatia das autoridades. Como sugestao, tentem negociar algo para depois da reestruturacao, tipo uma promoção, acho que seria mais inteligente e viável.

  5. O Exército excluiu os QE dessa restruturação ,para economizar e beneficiar todos os generais da ativa e reserva,assim como outros militares da ativa com esses altos estudos ,que é uma enrolação . Mas esqueceu que o pessoal do EAS,que já entram com formação superior e pós graduação,bem como outros profissionais contratados para o serviço temporário ,como terceiros sargentos e cabos,que já chegarão com sua formação superior e exigirão os altos estudos. A única restruturação de verdade ,só pode ocorrer com um soldo decente ,que atenda a necessidade de todos,do SD ao GEN.

    1. O que tem haver reestruturação das carreiras com o pessoal temporário?temporários não possuem carreira mamam no máximo 8 anos e vão embora !E pelo que fazem sem ter prestado concurso público são muito bem remunerados!

    1. Para de reclamar aqui e vai reclamar nas redes sociais. Vc é da reserva e tem uma lei que te dá liberdade da expressão. Vcs deveriam estar lutando pelos da ativa, só vejo sub e SG QE da reserva, reclamando pelas causa particulares deles, e as causas dos cabos, soldados e sargentos modernos?

  6. Esse cara é uma decepção como parlamentar, votei nele e consegui mais 20 votos pra ele. Hoje estou fazendo campanha contra ele porque não votei no sujeito para ser papagaio de pirata do presidente.

    1. Esses vinte votos colocaram o Presidente Bolsonaro no poder. Como vc sabe em quem eles votaram? Você entrou na urna com eles? Consegue provar esses 20 votos? Me poupe.

  7. Os responsáveis pela elaboração do PL 1645 , não
    deixaram margem para isso. Qualquer percentual
    baterá no teto salarial de ministro. Foi tudo bem
    planejado ” pra eles “. São muitos generais pra
    pouco efetivo do exército. E segue o Cisne Branco
    navegando em mar azul, o Guerreiro Alado, em céu
    de brigadeiro, o esbelto infante numa marcha sem
    fim, todos esperando os 28%, próxima restruturação,
    e os generais, de gravata nova para justificar os 10%
    jogando xadrez no Club Militar.

  8. Esse ministro é bom, já antecipou a votação no congresso e no senado, a oposição deve tá achando muito boa a sua declaração, certamente vão concordar com ele por unanimidade, além de ministro é um profeta visionário, pena que só pensa no seu umbigo.

    1. Uma carreira existe pra comandar e outra pra cumprir ordens, se não está feliz e acha que está perdendo sua liberdade, mude de carreira e vá para a iniciativa privada e experimente não cumprir a ordem do seu chefe pra ver se não vai pro olho da rua e deixa sua família sem comida na mesa.
      A força é uma mãe e tem gente que ainda reclama.

  9. O general tá certo, vai passar a reforma sim, só esqueceu de dizer que a reestruturação não, acho muito difícil essa aberração, esse descaso com os Quadros Especiais, passar por qualquer votação pois enquanto muitos aqui zombam dos QE estamos trabalhando em silêncio com quem pode nos ajudar e não são os militares, será que os leões de alojamento vão ter o mesmo discurso se isso acontecer? Vamos aguardar.

    1. Quem vc acha que está te ajudando são os mesmos que nos deixaram na situação que estamos hoje? Inocente kkkkk.. estao nem aí pra vc, só querem seu voto em 2022 pra depois deixar-nos na M de novo. Boa sorte com seu egoísmo! Espero que aprovem do todo o PL do jeito que está.

  10. Só faltou aumentar a FORMAÇÃO nos mesmos percentuais dos demais, ficaria bom para todos, não teríamos tanto bate boca como está acontecendo neste site, eta classe desunida.

  11. Dá para ficar bom para todos realmente. Adicional de 10% para generais fica de fora; adicional de disponibilidade 30% para todos os postos e graduaçóes; altos estudos tem que ser no máximo 10% a mais que o aperfeiçoamento, tipo 45% o CAS e 55% ChQAo; especializacao 10% abaixo do aperfeiçoamento, exemplo CAS 45% e especialização 35%.
    Está discreante 73% e 68% para altos estudos 1e 2 para quem tem o aperfeicoamento 46%, sendo que atualmente é de 30% altos estudos e 20% especialização. Essa diferença de 27% é enorme e pode ser corrigida.

    1. Fabrício, a idéia não é essa. O que se propõe é dar um aumento considerável conforme o militar faça os cursos de carreira, esse é o cerne da proposta!! No caso que vc propôs, isso não mudaria nada, continuaria o mesmo desinteresse que hoje existe. Sem contar que não há perspectiva de aumento significativo no futuro, um ST não ganha “muito mais” que um 1°SG hoje e continuaria assim. Eu acho que muitos não entenderam, ou fingem não entender, é que a proposta é de reestruturação, não é aumento linear!!

      1. Exato. Eu tenho mestrado e não sei se faço doutorado, pois hoje o aumento é de apenas 5%. Lá fora, o cara faz doutorado e praticamente dobra o salário. 5% a mais no soldo não paga o sofrimento de um doutorado.

  12. Essa restruturação protege e eleva ,os benefícios de todas as pensionistas de Generais e outros militares, enquanto que as pensionistas dos Sargentos QE e Cabos ,só sentirão a mão amiga esvaziando seus bolsos,com o desconto da pensão militar. A ganância e o desprezo dos generais (minúsculo mesmo),em relação aos QE e suas pensionistas,eu até compreendo o motivo,só não entendo é o que motiva alguns companheiros ,terem o mesmo desprezo ,acompanhado de ódio e discriminação ,sem nenhum respeito a esses militares e sem poupar nem mesmo seus familiares e seres humanos ,em sua maioria sem o vigor da juventude,idosos e de saúde abalada .

  13. Montedo, eu tenho me divertido muito lendo esses comentários sem fundamento. É bom pra gente desaprender um pouco. Dá pra dar uma disparecida. Tá bom demais assim…. Fico até preocupado, quando aprovarem essa PL, o que vai ser de nós sem esses comentários maravilhosos pra doscontrair a gente.

  14. Blablabla….divido que esses generais vão fazer alguma coisa que seja para ajudar os sargentos….nunca fizeram não vai ser agora… não se iludam..

  15. Promoção a QAO para dezembro 2019, da Rainha das Armas infantaria somente 27 Subão serão qao, na arma ligeira cavalaria somente 8 subão serão qao e na arma do comando comunicações somente 11 subão serão qao. Serão somente 7% da turma de formação, ou seja, da turma de 93. Os preteridos continuarão na “fila”. Ano que vem entra 94 “bombando de pontos”. A esperança é os 8 vencimentos pelo menos vamos para reserva com um pouco mais de dinheiro. Obrigado Sr Montedo pelo excelente espaço que proporciona.

    1. Isso mesmo amigo, reestruturação da carreira dos Grupos e daqueles que ficam a carreira toda dependurado no saco deles. Essa reestruturação do jeito que está e um entrave para a aprovação da reforma, não passa.

  16. Triste, mas a maioria dos QEs só pensam no umbigo deles.

    Quando eles passaram na frente de um monte de 3ºSgts, eles ficaram calados, sendo promovidos a 2ºsgt mais rápido. Agora querem ficar chiando por causa da previdência.
    Quando eles ocupam vaga no PNR e fica a mais de 15 anos nele, não falam nada.

    Não gostou da carreira QE, faça como este oficial aqui: ESTUDE, PAPIRA, e depois suma.

    Só sabem reclamar. Com certeza isso é falta do que fazer. Vá ler um livro QE.

    ps: apenas para os QEs que não possuem Doutorado. Os que possuem doutorado com certeza não estão postando aqui no Blog.

    Leitura diária de motivação: e bora pro papiro denovo.

    1. Tu sabe ler? Ao menos compreendes a lingua portuguesa? Como queres altos estudos campeão. O Rodrigo Maia falou da previdência dos civis, não da nossa!! Impressionante como a ânsia de puxar pra trás e atrasar a vida dos outros faz com que o indivíduo leia e ouça coisas que não existem!

  17. Será???
    Como está??
    Com quantas emendas?
    Quando??
    Quem vota a favor?
    Revoga totalmente a MP do Mal, ou só piora?
    E os contra, quantos são?
    Quem fez esta avaliação e com que base?

    1. AGUARDANDO ALGUM PARECER.

      Algum leitor concorda com o texto abaixo de autoria de um militar e se teriamos sucesso na Justiça ?

      ===> CAS x ESAO

      Da Majoração do Adicional de Habilitação aos Oficiais da ESAO/2000:
      1) Ao se estabelecer equivalência, não podemos deixar de comentar o DIEx nº 92 – CADESM/DECEX, de 15 de junho de 2015, em anexo, que em seus devidos termos, amparados na boa-fé e obliterando o princípio do tempus regit actum, o qual considerou que:
      a) o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais e o Curso de Aperfeiçoamento Militar, ambos da ESAO, até o ano 2000 (atente o tempo regendo o ato), inclusive, são considerados como possuidores de mestrado em Operações Militares, tendo em vista que estavam sob a égide da Lei nº 7.576, de 23 de dezembro de 1986, da Lei nº 8.040, de 5 de junho de 1990 e do Decreto nº 909, de 2 de setembro de 1993, tendo sido matriculados como alunos em data anterior a 23 de setembro de 1999. Trata-se de suprimento, sob a melhor hipótese.

      b) Com base no exposto no subitem nº 1 da letra j) acima, a linha de tempo foi desconsiderada e a exigência do novel diploma fora relevada a um plano de suprimento por decisão administrativa. Veja-se a prescrição normativa do Decreto nº 3.182, 23 de setembro de 1999:
      (…)
      Art. 18. Os cursos e programas de grau universitário ou superior, mantidos pelo Exército, possuem as seguintes diplomações e titulações, equivalentes às conferidas à educação superior nacional:
      I – cursos de graduação e formação, graduação universitária, desde que o aluno conclua o curso com aproveitamento e preencha as demais exigências contidas nos regulamentos dos estabelecimentos de ensino, recebendo o título de Bacharel;
      II – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais:
      a) pós-graduação, lato sensu, de aperfeiçoamento em Operações Militares, desde que o aluno conclua o curso, com aproveitamento, apresente, quando determinado, monografia, aprovada pelo Diretor de Ensino, e preencha as demais exigências contidas no regulamento da Escola; e
      b) pós-graduação, stricto sensu, de Mestrado em Operações Militares, desde que o aluno conclua o curso, com aproveitamento, apresente, quando determinado, dissertação singular e pertinente, aprovada pelo Diretor de Ensino e preencha as demais exigências contidas no regulamento da Escola, recebendo o título de Mestre em Operações Militares;
      (…)

      c) o DIEx referenciado, em sua redação objetiva, arremata que o grau de mestre é considerado como direito adquirido, o que leva à situação de obtenção das vantagens decorrentes no âmbito do Exército de forma ex officio, primando-se pela boa-fé.

      d) Uma vez atendida a ficção de pressuposto de tempo, estabelecido no DIEx nº 92 – CADESM/DECEX, de 15 de junho de 2015, de ofício, a Administração Militar gerou o direito ao pagamento da concessão do adicional de habilitação, baseado na boa-fé, inclusive para militares inativos e os pensionistas que possuíssem o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais e o Curso de Aperfeiçoamento Militar, ambos da ESAO, até o ano 2000, sem a apresentação da dissertação;

      e) Em consequência, sem despenderem maiores desforços, os militares da ativa, inativos e pensionistas tiveram o código 903 – Aperfeiçoamento – com o percentual de 20%, modificado para o código 902 – Altos Estudos – Categoria II – com o percentual de 25%, sob gerência direta do Centro de Pagamento do Exército, na forma do DIEx nº 56 – Asse1/SSEF/SEF, de 9 de abril de 2015.

      Da Majoração do Adicional de Habilitação aos possuidores do CAS/1999 e turmas anteriores
      1) Com supedâneo no princípio da boa-fé e no postulado tempus regit actum e na tríplice configuração da proporcionalidade, quais sejam: a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito, todos insculpidos no DIEx nº 92 – CADESM/DECEX, de 15 de junho de 2015, o mesmo direito ofertado concludentes ESAO/2000 poderiam ser estendidos ao militares possuidores do CAS/1999 e turmas anteriores, pois, este DIEx erigiu uma ficção jurídica de tempo, considerando os militares que não tivessem apresentados seus diplomas de mestres à época como possuidores dos mesmos.

      2) Trata-se de reconhecer o direito adquirido àqueles militares con-cludentes do CAS/1999 e anteriores a ter, de oficio, nos mesmos
      moldes dos possuidores do CHQAO e ESAO, à sua inclusão na tabela de cursos no código 902 – Altos Estudos – Categoria II – com o percentual de 25% com pagamento dos atrasados, e também, o avanço até tabela de cursos no código 901 – Altos Estudos – Categoria I – com o percentual de 30% com pagamento dos atrasados, nas datas respectivas a contar de 20 de março de 2015 e a contar de 28 de julho de 2017.

      1. Pela lei de ensino do Exército de 1999, a partir do ano de 2000, não poderiam ser promovidos nenhum subtenente a QAO, sem a qualificação específica para o cargo, ART 21 E/1.

        Portanto somente foram amparados os concludentes do CAS que possuíam a habilitação para o QAO (habilitação fictícia), até o ano 1999, amparados pela lei de ensino anterior a 1999.

        A partir do ano 2000, todos os Subtenentes para serem promovidos a QAO devem possuir o curso específico para o cargo, com a habilitação específica que é o CHQAO.

        Portanto para ocupar o cargo de QAO necessita da habilitação específica para o Cargo, ou seja o QAO, deve possuir o CHQAO, se o Exercito amparado por lei de ensino até o ano de 1999, por considerar o CAS como requisito para a promoção a QAO e com a habilitação fictícia para ocupar o referido cargo, concordo que deve ser considerado o mesmo percentual de 30% para todos que realizaram o CAS até 1999.

        Habilitação fictícia a que refiro é que não possui as devidas capacitações para o exercício do cargo. Portanto era comum que um curso possuísse várias habilitações, mesmo a capacitação era para apenas um cargo. Portanto o CAS até 2000, possui a capacitação apenas até subtenente e habilitação fictícia a QAO, pois não possui a capacitação para esse cargo.

        A exigência da qualificação específica para o cargo surgiu na lei de ensino de 1999, para ser considerado habilitado o militar deve possuir a devida capacitação, com a teoria e prática necessária e o certificado/diploma específico.

        Portanto um decreto não pode contrariar o estatuto dos militares e a lei de ensino do exército.

      2. Existe ai uma brecha, pois os oficiais que fizeram ESAO foram beneficiados, entretanto os militares abrangidos preferem falar de concessões na PL.

        Desinteresse heim !!!!

    1. Se há benefícios no PL 1645, esses só através de Meritocracia e para militares de carreira concursados e devidamente habilitados.

      Não há o que desidratar para Graduados de carreira, os adicionais de permanência e habilitação são os mesmos para Oficias e graduados de carreira da ATIVA, o resto é carta fora do baralho e militares temporários sem concurso e, portanto, sem carreira militar e consequentemente fora do assunto reestruturação das carreiras militares.

      PS: Of/Sgt temp, QE, Cabos e Soldados não são militares de carreiras, pois não possuem concurso publico, portanto fora da reestruturação, FIM DE PAPO.

  18. depois de abalizar fria mente o PL cheguei a seguinte conclusão que os maiores beneficiados são os STs e SGTs de escola tendo em vista que todos os sgt a partir da turma de 1990 fizeram ou tiveram oportunidade de fazer o curso de chqao e ainda inventarão o tal de cacal para emquanto os ofs de aman em media das turma 50% fizeram a eceme ou o curso equivalente a autos estudos categoria I COM ISSO VAI TER CAP qao que vai ganhar mais que CEL

  19. Uma reestruturação completa e justa ainda esta longe de acontecer. Analisando os percentuais e forma de cálculo de outros auxílios que possuímos vejo que há desigualdades grotescas e merecíam uma alteracao justa, são elas :
    1) o percentual 2% de representação nas missões são igual para todos ( praças e oficiais ) mas é em relação ao soldo que é diferente. Portanto. A mesma missão para todos com ganhamos diferentes. Oficial já ganha mais pela função que exerce, não precisa ganhar mais se a missão é a mesma.
    2) alguém aí ganha desconto por ser praça ao comprar uma farda ? Se valor da farda e igual para todos, auxílios teriam que ser igual, ou ao menos criar faixa de valores ex: 3sgt e Ten uma faixa de valor, 2sgt cap e major outra, e assim por diante
    3) as necessidades de um recém nascido não as mesmas independente do posto e graduação. Mas aux natalidade não. O filho do praça merece menos do que do oficial?
    4) alguém aí ganha desconto na transportadora de mudanca por ser sgt ao ser movimentado ? A diferença do oficial e praça movimentado para a mesma guarnição e gritante
    5) uns tem PNR, outros não . Quem tem e privilegiado. Dentro do mesmo ciclo hierárquico, quem ocupa ganha no mínimo, indiretamente, 1 mil reais a mais de quem não ocupa. Princípio da isonomia foi para o barro.

    Oremos por uma reestruturação justá um dia.

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