Bolsonaro solicita ampliação da participação do Exército em obras de infraestrutura

Em encontro com jornalistas, presidente destacou que deu sinal verde para uma eventual privatização dos Correios

Presidente reforçou que não abre mão do Banco do Brasil e da Caixa como estatais

Presidente reforçou que não abre mão do Banco do Brasil e da Caixa como estatais | Foto: Flickr / Presidência da República / CP

A participação do Exército em obras de infraestrutura, como ao assumir a duplicação da BR 116 no Rio Grande do Sul, por exemplo, poderá resultar um maior número de militares mobilizados para esta área. Em reunião com jornalistas na manhã desta quinta-feira no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que está solicitando ao Ministério da Defesa a ampliação da condição de participação nesse tipo de empreendimento. Segundo o chefe do Executivo, há possibilidade, por exemplo, de que, entre os cadetes que são destinados  anualmente para as diversas armas do Exército, passem de 30 para 40 os que vão para a Engenharia.

Durante o encontro em Brasília, o turismo também foi um tópico mencionado pelo presidente. Ele lembrou que, apesar de ter sido muito criticado por terminar com a reciprocidade ao deixar de exigir vistos para turistas dos Estados Unidos, a decisão já resulta em um incremento de 200% na vinda de norte-americanos para o Brasil. Bolsonaro também disse que pretende modificar restrições com relação a reservas ecológicas, como no caso da baía de Angra dos Reis, que na sua opinião tem mais potencial do que Cancún, no México, por exemplo, podendo resultar em mais recursos para o país. Ele citou que o turismo de mergulho poderia ser interessante para esta e outras regiões, mas que ainda há limitações que precisam ser removidas, como no caso da Reserva de Tamoios, que inviabilizaria o crescimento em Angra.

Bolsonaro também falou a respeito de privatizações, adiantando que deu sinal verde para que seja estudada a eventual privatização dos Correios. O presidente disse que costumava ter uma ideia mais estatizante no passado, mas que mudou de opinião depois que passou a conversar com o atual ministro da Economia, que lhe mostrou as vantagens da desestatização. Garantiu, no entanto, que não abre mão de manter o Banco do Brasil e a Caixa Federal como estatais. “Sou bem casado com o Paulo Guedes”, observou o presidente, garantindo que não tiveram nenhuma briga. 

Segundo ele, atualmente o maior objetivo é acelerar a privatização do refino do petróleo. Na linha das privatizações, o ministro Onyx Lorenzoni ressaltou a obtenção de cerca de R$ 6,2 bilhões na infraestrutura, lembrou a verba obtida com outorgas e disse que os números chegam  a R$ 9,3 bilhões.

O presidente ainda falou sobre seu propósito no cargo. “Sou cristão, devo minha vida a Deus e acredito que estou em uma missão de Deus”, comentou. Ao falar sobre a necessidade de sucesso de sua gestão, Bolsonaro fez um alerta a respeito de países como a Argentina, que, segundo ele, poderá voltar ao Peronismo. Na visão do chefe do Executivo, se o Brasil voltar para o que havia “antes do presidente (Michel) Temer)”, uma oportunidade única para garantir a democracia poderia ser perdida. Ao reforçar sua missão, lembrou que poderia estar reeleito como deputado federal ou até mesmo aposentado, e afirmou: “Se eu quisesse paz, não estaria aqui”. Disse ainda que está feliz no cargo apesar das dificuldades que tem enfrentado na política  “Tenho engolido sapos pela fosseta lacrimal”.

Outro ponto mencionado durante o encontro com jornalistas foi a responsabilidade da classe política nos destinos do Brasil. O presidente lembrou que já foi criticado por parlamentares em decorrência de declarações nesse sentido, mas reafirmou que considera que os políticos têm, sim, que assumir as responsabilidades pela situação do país. “Eu também estou no bolo”, afirmou, explicando que os destinos dos brasileiros estão nas mãos dos políticos desde o fim do governo Figueiredo e que ele próprio tem mandatos há 28 anos. “Um espirro meu pode dar problema”, observou, lembrando a sua condição atual de presidente da República. 

CORREIO DO POVO/montedo.com

28 respostas

  1. Porque não?
    Mão de obra gratuita que trabalha de domingo a domingo com o sol de meio dia no lombo sem nem precisar de aumento salarial.
    Por que não usá-los?

    1. O BECs não camarada….
      Os “Praças” que preparem o lombo, porque o trecho não tem hora para acabar quando não está chovendo…

  2. Mais uma vez traindo a tropa, usará os militares para economizar e falará nos quatros cantos do país que está economizando, pois não pagará a esses militares horas -extra, diárias , etc…
    Está usando a tropa para a sua plataforma política!!!

  3. De forma resumida.
    Em relação ao turismo os números são auto esplicativos, simplesmente um toque de mestre.
    Reduzir o peso da máquina é essencial, privatizar os correios excelente notícia.
    E aumentar o número de militares na área de Engenharia pra ir pro 10 só falta dizer que vai terminar a ferrovia Norte-Sul

  4. Isso.. aumenta 40 vagas na engenharia da AMAN, aí daqui a trinta anos esse pessoal estará em algum QG, em alguma seção rolha, Coronel adjunto de Coronel, esperando a reserva, sem fazer nada com coisa nenhuma, custando 18 mil por mês cada (hoje).. com certeza a obra sairá mais barata

  5. Ferrou de vez. Virou DNIT. “Severinos” forever!!!. Isso é de graça ou tem verba para o EB? Acaba com o DNIT? Na reestruturação dos militares, praças sempre se dando muito “bem”!

  6. Essa ação é de suma importância e o governo está de parabéns. Acredito que o EB tem a competência de ajudar o Brasil com a sua Engenharia. Espero que cada dia mais valorizem o serviço dos militares empregados nessas obras, com apoio de maquinário, estrutura de alojamento e verbas remuneratórias para cada um dos militares que lá trabalham.

  7. Reclamam de tudo. Querem viver de forma que não é compatível com sua renda e ficam reclamando que ganham pouco. Olhem para lado senhores! Aproximadamente 78% ou mais dos trabalhadores não recebem um salário com relação que vocês ganham por mês. Parem de comer “presunto, optem pela mortadela”. Sem contar os Engenheiros, os restantes não fazem nada dentro de suas unidades que produzem algo para sociedade.
    Pensem! vão passar mais tempo com suas famílias.

  8. Sou formado curso superior 5 anos presencial e com pós graduação, mas não posso habilitar porque não estou trabalhando na área, mas o 1 Sgt e o Sub fazem fazem um cursinho online de dois meses algumas horas por dia com poucas disciplinas e são habilitados com altos estudos, para não usar para nada. Muita chinelagem. E acham que estão valorizando o soldado. Hipócritas.

  9. Seria bom que os Batalhões de Engenharia de Construção voltassem a operar em varias obras do Governo Federal. Mas que esses militares que trabalham de sol a sol tivessem o reconhecimento do Governo e da Sociedade no sentido que sejam valorizados. Quando na ativa no 9º BECnst construirmos a Cuiabá Santarém ate o Km 1114 pra frente de Cachimbo.
    Não tínhamos horas extra, adicional noturno e praticamente nenhum beneficio por estar naquela época em uma região da Selva Amazônica com doenças endêmicas na região tais como Leishmaniose, malaria, etc. Tivemos vários militares e civis funcionários que pereceram nessa construção. Houve uma época que foi paga aos Cabos e Soldados e civis uma tal de PRODUÇÃO um pequeno percentual que acrecia os nossos salários, isto é por pouco tempo. Com essa iniciativa do nosso Presidente Jair M. BOLSONARO em retomar e ceder Obras aos Batalhões de Engenharia de Construção solicitamos ao Presidente que tenha uma grande consideração com os Militares e Civis que farão essas Obras reconhecendo_os e valorizando-os por esse Serviço Nacional relevante compensando-dos com um Salário digno. Confiamos no Senhor Presidente. Aqui quem fez esse Comentário é um Sgt QE Pioneiro da implantação da Cuiabá-Santárem.

  10. Aumentar a vaga para oficiais da AMAN é de dar risada como eles fossem para o trecho trabalhar, bom até vão quando são Ten moderno depois só para receber elogios de generais que vão olhar o trabalho feito pelos cabos solda e Sgts QE . Aumentar os oficiais de carreira onerar as forças armadas…

  11. O nome do adicional era Pro-labore e era pago aos militares do trecho quando superavan as metas de produção independente de clima ou feriado, mantendo o serviço com qualidade.

  12. Ao Cap Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO, nós sugerimos que seja aumentado o efetivo do Núcleo Base dos Batalhões de Engenharia de Construção, e seja reativado o Quadro Especial de Sargentos (QES) pois estes são os que realmente pegam no pesado e são excelentes profissionais no Comando de Equipes também como mecânicos de maquinas pesadas, Caminhões, Viaturas leves. Com toda a certeza reativando essa mão de obra especializada os custos das obras serão bem mais em conta. Falo por mim e por outros Sgt QE que por ocasião da abertura da Cuiabá-Santarém a maioria dos Cabos antigos Chefiavam Equipes de Militares e Civis e todos tinham a confiança dos Comandantes. Precisava resolver um problema sério o Cmt deslocava um Cabo Veio que sanava o problema. Hoje pelo que sabemos o Quadro dos Sgts QE está em extinção.
    Farão uma tremenda falta aos Cmts que terão que confiar nos Sgtos pouco interessados em desenvolver o nosso País. Cap BOLSONARO Digno Presidente, e Ministro da defesa: revejam essa extinção pois os Cmts terão dificuldades para cumprir a Missão de Construção.

    1. Faça-me um favor.
      Querer que ressuscitem um cargo público que não exigia concurso.
      As forças armadas ignoraram a constituição ao continuar com o QE no EB até 1996 e na FAB até 2012.
      Hoje graças ao judiciário e ao STF se Bolsonaro tentar passar essa “mamata” não consegue.
      Chega de corporativismo.

  13. O Quadro Especial já foi extinto infelizmente.
    Esses QEs foram primordiais nos 5º,6º,7º,8º e 9º BECnst quando esses Batalhões de Engenharia realizavam um serviço que nenhuma Empreiteira aceitava o desafio de implantar estradas na nossa rica amazônia. Nessas Unidades haviam um grande efetivo de Cabos NB que futuramente por reconhecimento meritório do Presidente Figueiredo concedeu promoção a esses Cabos NB que estavam em plena Selva Amazônica, prestando serviços relevantes ao País. Muitos deles pereceram vitimas de acidentes como queda de árvores, afogamento e doenças endêmicas da Região como Malária de vários tipo e Leishmaniose e outras. Nenhum foi concursado, por que se fosse não teriam peito de enfrentar aquelas adversidades, ficavam os seus dois anos e vazavam. Mas os CBs NB que foram QEs ficavam nesse difícil trabalho. Não cabe a ninguém criticar os QEs principalmente quando desconhecem os seus valores, estes poderão serem ratificados pelos Comandantes que passaram por essas briosas Unidades de Engenharia de Construção. Não critique se vc não tem conhecimento de causa. Gostaria de ver esses que criticam enfrentar um trabalho de sol a sol onde você tinha a Selva e o sol como testemunha. Com certeza Concursados e Nuttelas não suportariam.

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