General venezuelano pede que militares se revoltem contra Maduro

Um general venezuelano pediu que as Forças Armadas se revoltem contra o governo de Nicolás Maduro em um vídeo transmitido nas redes sociais. “É hora de nos levantarmos, é hora de lutar (…), é hora de que as Forças Armadas Nacionais tomem consciência”, disse Ramon Rangel, que se identificou como general da Aeronáutica.

No entanto, uma fonte próxima às Forças Armadas disse à AFP que o oficial “está há anos fora da Aeronáutica” e trabalha administrando uma “empresa estatal venezuelana em Cuba”. Vestindo trajes civis, de um lugar desconhecido, Rangel convocou no domingo a “união militar” para “mudar esse sistema político”. Em 27 de novembro de 1992, o oficial participou de uma tentativa de golpe de Estado de aliados de Hugo Chávez, que foi presidente de 1999 até sua morte, em 2013, contra o então presidente Carlos Andrés Pérez. “Aqueles que não têm moral jamais poderão prejudicar a pátria país e menos ainda a Aviação Militar Bolivariana. Venceremos. Viva a revolução!”, reagiu no Twitter o comandante da Aeronáutica, o general Pedro Alberto Juliac.

A declaração de Rangel acontece depois de uma fracassada rebelião militar em 30 de abril liderada por Juan Guaidó, chefe do Parlamento e reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países. Guaidó pede constantemente às Forças Armadas que desconheçam Maduro. Rangel, no entanto, não mencionou essa insurreição, após a qual 56 oficiais foram expulsos pelo líder socialista. Trata-se de um dos militares de mais alto escalão a se manifestar contra o governante. Em 2 de fevereiro, o general Francisco Yánez, também da Aeronáutica, reconheceu Guaidó como presidente. Outros oficiais de menor escalão fizeram declarações semelhantes, mas o líder socialista continua contando com o apoio da cúpula militar.

UOL/montedo.com

6 respostas

  1. Os generais cooptados pelo Presidente se voltaram contra o povo quando começaram a apoiar medidas que sabidamente levaria o povo a miséria e desesperança, pensando apenas em suas vantagens, pecuniária e de poder.

    Enquanto na Venezuela , o caos.

    1. Faltou dizer que vão deixar, dentro das próprias Forças Armadas, os militares de menor graduação em situação difícil, sangrando enquanto usufruem dos privilégios da pilhagem.

  2. Senhores, essa historinha de bom-bom e mau-mau é infantil. O venezuelano sabe que no passado os EUA exploraram demais o seu petróleo, dando migalhas para o seu povo e, além disso, a Venezuela possui as maiores reservas mundiais e petróleo.
    Políticos nacionalistas e de esquerda da Venezuela tiraram a dominância americana e, por isso, são odiados e boicotados comercialmente pelos americanos e aliados.
    Maduro só não cai porque é de esquerda e nacionalista e o povo sabe muito bem o que o americano faz, mas a verdade é que ele se tornou impopular pelo desabastecimento de produtos nas prateleiras devido as privações comerciais impostas pelo americano.
    O tal do Guaidó é de direita e “amigo” dos americanos, não tem nenhuma chance de conseguir subir, o povo não quer. Para tirar o Maduro tem de surgir outro nome de esquerda e nacionalista, talvez um outro militar, aí sim, o Maduro cai, apesar de não ser exatamente a configuração que o americano deseja.

  3. Anônimo no 14 de maio de 2019 a partir do 08:07 , eu já acreditei em “Papai Noel” quando era pequeno. Mas uma coisa é certa, ambos depende dos militares para ter o poder nas mãos. Desde o início dos tempos foi assim. Abaixo de Deus, é claro, aos que creem como eu.

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