Tenente-coronel responsável por fiscalizar armas é preso acusado de desvio de armamento para clubes de tiros

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De acordo com o inquérito instaurado pelo Exército, armas desviadas por Alexandre de Almeida eram repassadas ao Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas, na cidade de Serra, no Espírito SantoTenente-coronel Alexandre de Almeida. O militar era a mais importante autoridade do setor no controle de armas que circulam no Rio de Janeiro e Espírito Santo Foto: Felipe Cavalcanti / Divulgação / Exército

 

Chico Otávio e Vera Araújo
RIO – Um esquema de desvio de armas do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército levou à prisão o ex-chefe da unidade, o tenente-coronel Alexandre de Almeida . O militar era a mais importante autoridade do setor no controle de armas que circulam no Rio de Janeiro e Espírito Santo . Preso nesta terça-feira, ele tinha como atribuições fiscalizar: a importação e o comércio de armas, os clubes de tiro, o comércio de explosivos, a blindagem de veículos, além das atividades de caçadores, atiradores e colecionadores, estes últimos são conhecidos pela sigla CACs.
O governo estuda, para os próximos dias, facilitar a aquisição de armas pelos CACs, por meio de um decreto que o presidente Jair Bolsonaro pretende assinar, aumentando o tempo de validação dos registros. A investigação do Exército ocorre também no momento em que o arsenal e a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo dá um salto nos últimos cinco anos, como o GLOBO revelou na última segunda-feira. As novas autorizações para a categoria passaram de 8.988, em 2014, para 87.989, em 2018, ou seja, um aumento de 879%. Atualmente, há 255.402 licenças ativas no Brasil. Já o número de armas nas mãos dos CACs foi de 227.242 para 350.683 unidades.
De acordo com o inquérito policial-militar instaurado pelo Exército, armas desviadas pelo tenente-coronel Alexandre de Almeida eram repassadas ao Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas , na cidade de Serra, no Espírito Santo, por intermédio do irmão do oficial, Rafael Felipe de Almeida. O fio da meada foi o desvio de uma pistola calibre 9mm, da marca Taurus, entregue por um coronel ao Serviço de Produtos Controlados, assim que este oficial passou à reserva. Ao se informar em dezembro do ano passado sobre o destino da arma, o oficial descobriu que a pistola tinha sido repassada ilegalmente para o CAC Rafael de Almeida, que a enviou para o clube capixaba.
Após busca e apreensão no clube de tiro, o Exército constatou a existência de um esquema regular de desvio de armas do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar para o mercado negro. O dono do clube, Marcos Antônio Loureiro de Souza, admitiu que a unidade havia recebido 110 “armas antigas”, que foram recolhidas por ele na própria casa do tenente-coronel e levadas para Vila Velha. Pelo lote, Marco Antônio disse que havia acertado o pagamento de R$ 90 mil, em 12 prestações, das quais já havia pago três, no ano passado, imaginando que o dinheiro iria para o filho do falecido dono da coleção de 110 armas.
O dono do clube capixaba contou ainda que, após ouvir do tenente-coronel que a sua geladeira estava velha, comprou um aparelho doméstico novo para Almeida. O eletrodoméstico foi entregue na residência do oficial do Exército, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Marco Antônio também entregou ao Exército registro de conversas mantidas com o tenente-coronel pelo aplicativo Whatsapp. Nelas, Almeida orienta o empresário a afirmar aos investigadores que a pistola 9mm, que motivou o início do inquérito policial-militar, “nunca esteve na empresa”.
No clube de tiro capixaba, o Exército apreendeu cinco armas brasonadas (pertencentes ao patrimônio do Exército Brasileiro), três delas atribuídas à Almeida e duas à Rafael. No entanto, não há nenhum registro no Serviço de Produtos Controlados de que as cinco armas apreendidas na filial do clube, em Vila Velha, pertenceram algum dia ao oficial e ao seu irmão. Havia apenas uma pasta arquivada em nome de Rafael mas que, no entanto, não tinha relação alguma com as armas em questão. A constatação chocou representantes do Ministério Público Militar (MPM) que lidam com as investigações sobre desvio de armas, uma vez que revelou a fragilidade do sistema.
No pedido de busca e apreensão feito pelo MPM, os promotores militares sustentam que os indícios demonstram que “o tenente-coronel Almeida utilizava-se das prerrogativas de seu posto e sua função para suprimir os procedimentos previstos para a transferência e regularização de armamento, bem como as publicações em boletim de entrada e saída de armamentos, vindo a, em tese, auferir vantagens pecuniárias”. Para os promotores, o grande volume de armas transferidas do tenente-coronel para seu irmão e de ambos para o Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas configura fortes indícios de prática criminosa, não só pela quantidade de transações, mas especialmente pelos sujeitos envolvidos”.
O inquérito, que é presidido pelo coronel Marcello Augusto Lauria Murta, também encontrou indícios de que havia fornecimento de armas para as milícias. No entanto, o Exército não quis dar mais detalhes sobre essa suspeita. O Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados é o responsável pela gestão do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), o cadastro das armas registradas no Exército, e pela fiscalização das atividades relacionadas com produtos controlados.
A investigação em curso revela ainda que há várias formas mais sofisticadas de abastecer o mercado negro de armas no Brasil, além do conhecido contrabando procedente do Paraguai. Também podem chegar por meio de colecionadores de armamento, clubes de tiro e de empresas de segurança, além da corrupção no Sigma e de outros setores das Forças Armadas. Como os Estados Unidos endureceram a venda de armas para outros países desde o ano passado, as restrições abriram espaço para novos fornecedores, procedentes da China, Rússia, Turquia e Sérvia no mercado de armas “piratas”.
A apreensão de 117 fuzis M-16 incompletos na casa de Alexandre Mota de Souza Souza, primo do sargento reformado da PM Ronnie Lessa , acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, é outro indício das novas rotas do contrabando de armas. De acordo com as investigações, um dos fornecedores de Lessa seria chinês. As peças estariam chegando inclusive pelos correios.
O Centro de Comunicação Social do Exército confirmou a prisão, informou que o tenente-coronel aguarda audiência de custódia e prometeu para esta quinta-feira mais informações sobre o caso. A prisão foi autorizada pela 1ª Circunscrição da Justiça Militar, a pedido do Ministério Público Militar.

O GLOBO/montedo.com

 

 

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18 respostas

  1. Esta é a nossa triste realidade atualmente. Como tenho dito. TODAS as nossas Instituições estão precisando de “faxina”, pois eus membros saem do nossso povo e, nossa sociedade está com um baixíssimo nível ético e moral. Ratifico a necessidade de ser feita uma operação no modelo da Lava Jato em todas as unidades das forcas armadas nos últimos 30 anos.

    1. Discordo!!!! Quando se prende o oficial superior ou qualquer outro militar de qualquer posto ou graduação, por qualquer suspeita de crime (ou crime, quando comprovado), mostra que, se corta na carne, sem corporativistmo, e a sociedade observa que o EB jamais compactuará com nenhum tipo de desvio de conduta!!!!
      Parabéns aos investigadores que culminou na prisão do TC!

  2. Lendo a publicação do jornal extra, não percebi motivo para criar matéria a ponto de atingir duramente um militar, a meu ver precisa de melhores esclarecimentos. A matéria do jornal EXTRA se mostra extremamente duvidosa. LEIAM para expressar juízo.

    1. Nao é duvidosa nao….. É ATO MILITANTE PRO ESQUERDA PT mesmo..Globo..Extra..O Dia..UOL…pegam qq cacho para militar a favor da turma de terroristas q dizimaram o país…..

  3. Isto é até vergonhoso, mas não para a instituição, sim para o ten.coronel que é o responsável pelo acontecido. No entanto, deve-se apurar o que realmente ocorreu, pois de onde vem, esta redação não é nada confiável, por suas tendências esquerdistas. Costuma lançar muitas “fakes news” ou linguagens hiperbólicas.

  4. NAS FFAA A PUNIÇÃO POR CORRUPÇÃO TEM QUE SER RÁPIDA E FORTE, MAS QUE PERMITA RECOMEÇO DO MILITAR. ERRAR É HUMANO. A CORRUPÇÃO É A MAIOR DESGRAÇA DE UMA NAÇÃO. LUTEMOS PARA ESTA PESTE FORA DAS FFAA.

  5. Nem espera ele se defender e já sai denegrindo a imagem do oficial. Seja mais imparcial e não ajude a mídia comunista e arruinar com as FFAAs.

  6. E aí, EB… Vai cassar a Medalha do Pacificador deste Oficial ou vai ser da mesma forma que foi o Genoíno e o Dirceu?

  7. Acho que as instituições Forças Armadas, nada tem haver com o desvio de conduta de um dos seus componentes. Vergonhoso é um Tenente Coronel, ser preso por ROUBO, essa é a palavra adequada, para definir a conduta desse irresponsável.

  8. Lava-Jato: PGR pede que STF condene Collor a mais de 22 anos de prisão!
    Não concordo, Collor deveria ganhar uma Medalha de Ouro por fazer todo o país de idiota…arrasou com o país..deu nada..voltou e roubou de novo..Aí vem os Petralhas e mesmíssima coisa…
    Aí o proprio Exercito corta na carne e vem um monte blasfemar contra a Força q em puco tempo apura e pune…
    O Brasileiro tem é q se ferrar mesmo..e q vá com todos a Globo, UOL, OAB, O Dia, Folha, Época, Veja e todos que militam a favor do mal!!!!
    O TC errou ao que parece? Sim…mas tentam por toda a culpa q FHC, Collor e Lulistas tem num só ato em q o Exercito age rapido….Esse país tá é tomado de pilantras…essa é a verdade…e pilantras sem farda!

  9. O QE é o PT do Exército, ele é oposição a tudo. Como foi dito a acima, já passou da hora do QE acender a ministro do STF, sejamos justos.

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