Presença de militares em cargos de chefia causa nova crise no MEC

Weintraub usou da carta branca concedida por Jair Bolsonaro na solenidade de posse, no Palácio do Planalto, para nomear seus imediatos

A disputa, nesse momento, ocorre na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), que tem militares em cargo de chefia, o que teria incomodado o indicado de Weintraub

Luiz Calcagno
A disputa interna no Ministério da Educação ganhou mais um capítulo. Dessa vez sob a chefia do novo ministro, Abrahan Weintraub. Silvio José Cecchi, nomeado para a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) teria se recusado a assumir o cargo sem levar a própria equipe. Ele é o único dos indicados de Weintraub que já tinha trabalhado no MEC. O Correio apurou que o problema seria justamente a concorrência com os militares, que não foram exonerados.
Weintraub precisará apagar esse incêndio logo, antes que sua gestão fique ainda mais parecida com a do antecessor, Vélez Rodríguez. Os dois já guardam pelo menos duas características em comum: admiração pelo escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro e responsável pela indicação do ex-ministro, e um corpo técnico de pessoas, em sua grande maioria, sem relação com gestão em educação.
Os militares, por sua vez, parecem fazer um papel duplo na pasta. Disputaram espaço com olavistas e, agora, supostamente, com os indicados de Weintraub, que é ligado ao escritor. Logo, fazem parte da crise. Por outro lado, porém, são eles que botam a pasta para funcionar quando a coisa aperta.
Reforça a teoria da disputa as nomeações publicadas esta sexta (12) na seção 2 do Diário Oficial da União, com atos de contratação e exoneração executados pela Casa Civil. Onyx Lorenzoni, que indicou Weintraub, exonera Marco Antônio Barroso Faria da Seres, mas não nomeia ninguém para o cargo. O mesmo acontece com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Já Arnaldo Barbosa de Lima Junior assume a Secretaria de Educação Superior (Sesu) no lugar de Mauro Luiz Rabelo, exonerado no mesmo ato.
A assessoria de imprensa do MEC disse, por e-mail, não ter essa informação. Os nomes sugeridos por Weintraub foram motivo de crítica de especialistas, conforme o Correio publicou quinta (11). Cinco dos seis nomes anunciados vieram da área da economia. “Quando eu vi os currículos dos nomeados, fiquei muito assustada com todos eles. Veio-me à mente que o antigo nome da pasta ‘Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública’, quando foi criada, em 1930, seria mais adequado para esta equipe”, disse Catarina de Almeida Santos, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB).
“Ele trouxe pessoas do meio em que ele andou, gente que não é da educação, e educação não é lugar para amadores”, completou a professora. Nenhum deles tem experiência com educação, exceto Silvio José, que já chegou a trabalhar no MEC”, afirmou o doutor em psicologia da educação e pesquisador do Instituto Expert Brasil, Afonso Galvão, fazendo menção, justamente, ao indicado de Weintraub.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

11 respostas

  1. Um elefante incomoda muita gente, dois, três incomodam muito mais …..
    Quem não estiver satisfeito avisa para sair logo, mais ou menos assim foi o discurso daquele que está ministro.

  2. Um elefante incomoda muita gente, dois, três incomodam muito mais …..
    Quem não estiver satisfeito avisa para sair logo, mais ou menos assim foi o discurso daquele que está ministro.

  3. “Militares”, entenda-se: generais e coronéis mordendo boquinhas. Tem muito graduado com mestrado e doutorado que poderia muito bem contribuir, mas praça é “dalit”. O conhecimento, muito valorizado no meio civil, nem conta 0,0000001 ponto na ficha de valorização para o graduado. Isso em pleno século XXI, senhores.

  4. Simples de resolver..basta comparar o Ensino Militar em todos os níveis..TODOS..desde os Colégios Militares até a Escola Superior de Guerra…passando pelas Escolas de Formação..Aperfeiçoamento…Institutos…Academias e etc…e comparar com o ensino aplicado por esses” experts”(?) MILITANTES….Eles querem é mesmo pessoas burras…com ideologias erradas e desfasadas na cabeça..alunos sem freio…que agridem professores..traficam nas escolas e universidades..festinhas e bacanais…
    Tem um vídeo na internet com fotos que mostram o antes e o depois de jovens após entrarem nessas universidades ideológicas comunistas….O Governo Bolsonaro tem que dar de ombros para esses mimimis apoiados por Globo, Folha/UOL, OAB, jornaleco carioca O DIA, Artistas toxicômanos e afins..Queremos nosso Brasil Verde e Amarelo de volta!!!!

  5. “PGE cria fundo para pagar honorários a procuradores com dinheiro de causas judiciais
    Nova conta, que terá cerca de R$ 1,5 milhão ao mês, foi oficializada via resolução da própria procuradoria publicada no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, sem consulta ao Poder Legislativo (fonte ClicRBS).”

    Pode um estado e um país sobreviver com gente assim?
    Um dia, se quisermos viver em um país que nos ofereça o mínimo, teremos que rever todo sistema que envolve a justiça e seus órgãos, ver o que é necessário, o que não é, senão, estamos fadados ao regime de servidão.

  6. Infelizmente é no magistério que se encontra o maior número de comunistas. Duvido o cara falar a favor do Bolsonaro na sala dos professores. Vão lançar até BOMBAS!

  7. Já sei…arrumem um cargo para aquela “Professora(?) Universitária do Rio” que na época das eleições levou o filho dela pra passeata do #EleNão e escreveu na testa do filho ” V…” e na dela “MÃE DO V….”
    RESOLVIDO, A ESQUERDA VAI AMAR..Rede GLOBO…OAB..ONGs…Pt..Folha/UOL…e ficará tudo bem….Ahhhh..võ pra p…q.. p… VÃO!!!!

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