Os generais de Bolsonaro (II)

Veja quem são os generais de Bolsonaro

Antônio Hamilton Martins Mourão

Hamilton Mourão — Foto: GloboNews

O vice-presidente, de 65 anos, é considerado de perfil linha dura e se destaca por falar o que pensa, envolvendo-se seguidamente em polêmicas. Entrou no Exército em 1972, foi instrutor da academia de formação de oficiais, no Rio de Janeiro, atuou como militar na missão de paz da ONU em Angola (1995-1997) e também foi adido na Venezuela. Já nos postos finais da carreira, liderou um batalhão de infantaria de selva na Amazônia e todas as tropas da região Sul do país.
Em 2015, após criticar a presidente Dilma Rousseff em uma palestra, defendendo o “despertar para luta patriótica” em meio à crise política que assolava o país, foi transferido para a secretaria de Finanças do Exército, em Brasília, seu último cargo na ativa, onde permaneceu até 2018.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Aos 71 anos, chefiará o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), onde está a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Conselheiro de Bolsonaro, foi comandante militar da Amazônia e o primeiro brasileiro a chefiar a missão de paz da ONU no Haiti, em 2004. Bolsonaro, que ficou no Exército até o posto de capitão, serviu como cadete (aluno militar) de Heleno na escola preparatória, em Campinas (SP).
Na reserva desde 2011, assumiu o Departamento de Comunicação e Educação Corporativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no Rio de Janeiro, deixando o cargo em 2017 para se dedicar a atividades políticas e à campanha de Bolsonaro.

Carlos Alberto dos Santos Cruz

O general Carlos Alberto Santos Cruz, futuro ministro da Secretaria de Governo — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Gaúcho de 66 anos, será responsável pela interlocução com o Congresso, partidos, municípios e estados na Secretaria de Governo. É conhecido pelo perfil estratégico e o trânsito nos meios civil, diplomático e militar. Comandou duas missões de paz da ONU: no Haiti (entre 2007 e 2009) e na República Democrática do Congo (2013 a 2015).
Formado em engenharia civil, foi adido militar na embaixada do Brasil em Moscou (Rússia), entre 2001 e 2002 e, atuou como conselheiro do Banco Mundial. Após deixar o Exército, Santos Cruz chefiou a Secretaria Nacional de Segurança Pública durante parte da gestão do presidente Michel Temer, subordinando-se ao Ministério da Justiça e sendo um dos responsáveis pelo planejamento da intervenção federal no Rio de Janeiro.

Fernando Azevedo e Silva

Fernando Azevedo e Silva foi presidente da Autoridade Pública Olímpica durante as Olimpíadas no Brasil — Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Até então assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, irá comandar o Ministério da Defesa. Aos 64 anos, deixou o Exército em de setembro deste ano e é conhecido pelo perfil político e a facilidade com que transita nos três poderes.
Foi chefe dos ajudantes de ordens direto do ex-presidente Fernando Collor de Mello, desde o início da gestão (1990) até o afastamento definitivo (1992), e atuou como chefe da assessoria parlamentar do Exército, no Congresso, durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). No final da carreira, presidiu a Autoridade Pública Olímpica, comandou todas as tropas do Exército no Rio de Janeiro e no Espírito Santo e coordenou a defesa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Maynard Marques de Santa Rosa

General Maynard Santa Rosa — Foto: Exército/divulgação

Aos 73 anos, chefiou o departamento de pessoal do Exército e foi secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa. Ele assumirá a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) de Bolsonaro.
Em 2010, como general da mais alta patente, foi exonerado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após criticar a criação da Comissão da Verdade, incluída entre as medidas de um programa de direitos humanos do governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), chamando a composição da comissão de “fanáticos” e que viraria uma “comissão da calúnia”.

Floriano Peixoto Vieira Neto

General Floriano Peixoto Vieira Neto durante missão no Haiti em 2010 — Foto: Sophia Paris/UN Photo

O general, que comandava as tropas da ONU no Haiti por ocasião do terremoto no país caribenho, em 2010, será o número dois da Secretaria-Geral da Presidência, cuidando dos contratos da Secretaria de Comunicação (Secom). Serviu no Exército por mais de 41 anos, chefiando a divisão de assuntos especiais e internacionais e sendo o coordenador inicial de defesa dos eventos da Copa do Mundo, de 2014, em São Paulo.
Por ter comandado unidades do Exército com tropas que variam de 700 a 9 mil homens, adquiriu experiência na administração de recursos humanos, financeiros e logísticos. Foi aluno de um curso do Exército dos EUA e assessor militar brasileiro na Academia Militar de West Point, do Exército norte-americano.

Guilherme Theophilo

Ex-comandante militar da Amazônia, o general da reserva Guilherme Theophilo comandará a Senasp — Foto: Jamile Alves/G1 AM

Outro paraquedista na “tropa” de Bolsonaro, o general de 63 anos foi militar por 52 deles, tendo comandando o Exército nos estados do Norte do país, e também atuado co-observador militar da ONU na América Central. Passou para a reserva em março deste ano, candidatando-se, em outubro, ao cargo de governador do Ceará, pelo PSDB, para o qual não foi eleito.
Ficou conhecido em 2016, ao fazer críticas à precariedade de investimentos do governo federal para a proteção da Amazônia, alegando falta de estrutura e recursos operações militares nas fronteiras. “Não consegui que o governo federal olhasse para a nossa Amazônia com outros olhos”, disse na época.
Aos 63 anos, chefiará a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), subordinada ao ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo o ex-juiz, Theophilo se desfilou do partido ao qual era coligado após a derrota nas eleições.

Almirante Bento Costa Lima Leite

Jair Bolsonaro e Bento Costa Lima Leite — Foto: Reprodução/Twitter Oficial Jair Bolsonaro

Com perfil técnico, o oficial de 60 anos atuava até então como diretor-geral da área de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha e faz parte do conselho de administração da Nuclebrás, autarquia que desenvolve o programa nuclear brasileiro. O almirante Bento Costa Lima foi responsável pelos programas de desenvolvimento de submarinos e do programa nuclear da Marinha.
Ingressou na Marinha na década de 70, onde atuou em gabinetes administrativos do estado-maior e do comandante da Força, além de secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação interno da organização. Foi observador das forças de paz da ONU em Saraievo, na Bósnia e Herzegovina, assessor parlamentar no Congresso e comandante dos submarinos navais Tamoio e Toneleiro.
G1/montedo.com

3 respostas

  1. No item referente ao general Mourão, onde se lê “… liderou um BATALHÃO de infantaria de selva na Amazônia…”, leia-se ” liderou uma BRIGADA de infantaria de selva na Amazônia. Nessa época ele ainda era Gen Bda.
    Abs.

  2. Referente ao Almirante Bento Costa Lima Leite a reportagem diz: “…comandante dos submarinos navais Tamoio e Toneleiro.”
    Que fique bem claro que foram submarinos navais, não foram submarinos aeronáuticos e nem terrestres.
    Ok??

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