“Ranço contra militares diminuiu”, diz general Heleno sobre o resultado das eleições

Desfile cívico-militar em Brasília (Marcos Correa/PR)

Bancada militar na Câmara salta de 10 para 22
Desde o início do ano, membros das Forças Armadas iniciaram movimento para conquistar vagas no Congresso

Camila Mattoso , Ranier Bragon e Fábio Fabrini
BRASÍLIA – A Câmara terá no ano que vem mais do que o dobro de representantes militares do que tinha em 2014.
No domingo (7), foram eleitos ao menos 22 candidatos com algum vínculo militar.
Entre os escolhidos pela população estão dois generais da reserva. Há também três coronéis e dois capitães. Treze deles são do PSL, partido de Jair Bolsonaro, candidato a presidente que disputa o segundo turno com o petista Fernando Haddad.
Levantamento da Folha considerou a ocupação declarada pelos candidatos, identificados como “policial militar”, “bombeiro militar”, “militar reformado” ou “membro das Forças Armadas”. Há ainda aqueles que foram localizados por terem colocado nome na urna com uma patente da hierarquia militar, como “capitão”, “sargento”, “cabo”, “major”ou “tenente”. Em 2014, seguindo esse mesmo critério, foram eleitos dez deputados federais.
Desde o início do ano, membros das Forças Armadas se reuniram com o objetivo de começar um movimento de conquistar vagas no Congresso –cerca de 30 se candidataram à Câmara. Ao todo, foram, pelo menos, 360 militares que concorreram ao cargo de deputado federal.
Para o general da reserva Augusto Heleno, um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro, a eleição dos dois generais —que chamou de “pouco comum”—, mostra que o “ranço” contra militares diminuiu.
“Significa que hoje diminuiu o ranço contra os militares. O afastamento do regime militar foi diminuindo esse preconceito. O fato de as Forças Armadas terem um alto grau de credibilidade, favorece essa intenção de se candidatar”, afirmou.
Heleno disse não acreditar se tratar de uma onda conservadora, mas que é importante o Congresso ter representantes de “todos os lados”.
“Não é uma onda conservadora. Essa história de não aceitar outras posturas, outras ideologias, e principalmente não aceitar alternância de poder, é um problema sério.”

Para o Senado, Major Olímpio (PSL-SP) foi eleito.
“A história do regime militar foi contada de um lado só, incrivelmente do lado dos vencidos. Normalmente, quem conta a história são os vencedores, no caso do regime militar foram os vencidos. Existe uma outra história, que um dia vai ser contada, para se buscar um equilíbrio”, completou Heleno.
Folha de São Paulo/montedo.com

7 respostas

  1. Bom dia esse “ranço” não existe na população de bem, somente na esquerda maldita que tem que ser varrida da face da terra.

    Ptralha, P de sol não tem nada e Pc de cuba fora do Brasil que as coisas vão melhorar e muito.

  2. Eu vou mudar o texto Montedo, uma vez que foi censurado.
    O general está um pouco equivocado. uma vez que as Forças Armadas sempre tiveram excelentes índices de confiabilidade por parte da sociedade brasileira, sendo a instituição mais confiável no país , isso é fato. O ranço estava era dentro da instituição militar que perseguia os militares que se candidatavam a qualquer cargo público. O militar se candidatava, em alguns casos tinha que entrar na justiça para poder continuar a receber o seu salário. Se perdia a eleição quando retornava era transferido para locais longínquos. Com isso, pouco militares se aventuravam a um cargo eletivo. Pela primeira vez a instituição não está perseguindo. Pela primeira vez os militares se candidatam de uma forma organizada. Aproveitando o descrédito dos políticos tradicionais e o sentimento nacional de renovação. Então senhores o ranço não estava na sociedade civil, esse ranço era interno. A partir do momento em que a instituição se abriu foi recebida de braços abertos pela população. Simples assim.

  3. Nem tudo que você fala é verdade, anônimo acima. Existe sim um ranço de muitos civis em dois extremos, o analfabeto e o metido a intelectual artista. O primeiro fala do que desconhece, o segundo fala mal propositalmente porque é um sanguessuga nas tetas ‘vermelhinhas’.

    1. Sempre vão existir opiniões diferentes, e isso é salutar e faz bem, pois podemos avaliar e corrigir os nossos rumos. O que me preocupa é a unanimidade. Toda unanimidade é burra.

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