Com fronteira entregue ao crime, Temer corta R$ 60,5 milhões do Sisfron

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Sistema está na lista dos projetos que ficarão sem R$ 2 bilhões para governo gastar com educação, saúde e desenvolvimento social
Homens do Exército no município de Antônio João, em novembro de 2015 (Foto: Eliel Oliveira)
Homens do Exército no município de Antônio João, em novembro de 2015 (Foto: Eliel Oliveira)
Helio de Freitas, de Dourados
O governo Michel Temer deu mais uma demonstração que não prioriza a segurança nas fronteiras do país, por onde passa a maior parte das drogas e das armas destinadas às facções criminosas das grandes cidades brasileiras.
Projetado para ser modelo para o mundo, o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), cujo projeto-piloto está sendo implantado em Mato Grosso do Sul, no trecho entre Mundo Novo e Bela Vista, sofreu mais um corte de recursos e ficará sem R$ 60,5 milhões em 2018.
O Sisfron é um das centenas de projetos nacionais sacrificados para que o governo federal possa fazer caixa de R$ 2 bilhões para atender os ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social.
A lei aprovada pelo Congresso Nacional foi assinada segunda-feira (12) por Michel Temer e publicada pela Casa Civil da Presidência. Além de R$ 60 milhões do projeto nacional, o governo cortou R$ 500 mil do Sisfron Paraná, que seria implantado em breve no lago da Usina Binacional de Itaipu.
Enquanto o governo corta verba do Sisfron, o trecho da fronteira em Mato Grosso do Sul, justamente onde, em tese, o projeto-piloto está sendo implantado pelo Exército, as quadrilhas se fortalecem comercializando drogas e armas.
Na medida em que se expandem, deixam um rastro de sangue na guerra pelo controle das atividades criminosas. Em uma semana, sete pessoas foram assassinadas na linha internacional entre o Departamento de Amambay e Mato Grosso do Sul.
Capengando
Iniciado em 2012, o Sisfron está atrasado porque só 10% dos recursos previstos foram liberados até o ano passado. Mesmo assim, segundo o Exército, 60% do cronograma foi concluído e estimativa, pelo menos até o início deste mês, era de o projeto ficar totalmente operacional até dezembro deste ano.
No dia 1º deste mês, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, fez compromisso de retomar os investimentos no Sisfron. A afirmação foi feita em reunião no Palácio do Planalto com governadores para discutir a crise da segurança pública. A vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), participou do encontro.
Na reunião, ele prometeu que estados fronteiriços terão atenção especial do ministério, com grupos específicos de trabalho para definir estratégias de atuação integrada.
CAMPO GRANDE NEWS/montedo.com

4 respostas

  1. Em menos de 2 anos, o governo de Michel Temer tirou o país de um começo de guerra civil. A economia tem claros sinais de melhoria. De uma recessão de 4% há uma previsão do mercado de crescimento de 4% este ano. Um governo que funciona, apesar de todas as dificuldades persistentemente criadas pelos 14 anos de governo PT.

    Temos as policias municipais, Policias Militares e Civis estaduais, Policia Federal com MPF e MP estaduais, Policia Rodoviária Federal, sistema prisional em todas as instâncias… e as atenções midiáticas se voltam apenas para o RJ e Michel Temer. É um jogo pesado.

  2. 'Iniciado em 2012, o Sisfron está atrasado porque só 10% dos recursos previstos foram liberados até o ano passado. Mesmo assim, segundo o Exército, 60% do cronograma foi concluído…'. O pensamento de quem libera o recurso é o seguinte: Se liberando 10% do recurso, 60% está feito…então não libere mais recurso que eles darão um jeito!!!!. SImples.

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