RJ: Exército fará inspeções em batalhões da PM, e efetivo deve aumentar

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Objetivo principal da vistoria é verificar condições de trabalho da tropa
Tropa do Exército na Vila Kennedy – Marcelo Theobald / Agência O Globo
GABRIELA GOULART E CARINA BACELAR
RIO – Prestes a completar um mês – o que acontecerá no próximo sábado -, a intervenção federal na segurança pública do Rio prepara uma espécie de choque de ordem na PM. A partir desta quarta-feira, oficiais do Exército deverão começar a fazer inspeções em batalhões da corporação. A ideia é que cada um seja vistoriado ao longo de uma semana. Além disso, militares planejam um aumento do efetivo das Forças Armadas encarregado de ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado. O reforço, que pode chegar a 5 mil homens, levará o modelo de incursões na Vila Kennedy a outras comunidades. Favelas dos complexos da Maré e do Alemão podem entrar no cronograma de operações.
Segundo um oficial, as vistorias nos batalhões terão como objetivo principal verificar as condições de trabalho da tropa da PM. No último dia 27, quando foi apresentado à imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle, o general Walter Braga Netto, nomeado interventor no Rio, afirmou que pretende “recuperar a autoestima do policial”, mas também destacou que vai “fortalecer as corregedorias”, para endurecer o combate à corrupção.
Neste primeiro mês da intervenção, coube à Vila Kennedy o protagonismo das ações de GLO. Desde o dia 23 de fevereiro, foram realizadas seis operações na favela. No fim de semana, 300 homens das Forças Armadas passaram a reforçar diariamente o patrulhamento na região em apoio à Polícia Militar, que continua o trabalho durante a noite. De acordo com a Secretaria de Segurança, a comunidade servirá como laboratório de estratégias de ações sociais e de repressão ao crime organizado. O modelo deverá ser repetido em outras áreas da Região Metropolitana consideradas críticas.
Nesta segunda-feira, Braga Netto se reuniu com representantes das Forças Armadas e integrantes do Ministério da Defesa para conversar sobre o que foi feito até agora. O reforço do efetivo foi um dos temas tratados pelo grupo. O interventor e outros oficiais terão novos encontros para discutir a distribuição desse contingente, que passará a atuar no Rio dentro de um mês.
Os custos das operações de GLO no Rio saem do orçamento da Defesa – que, no ano passado, teve um incremento de cerca de R$ 113 milhões para bancá-las. Braga Netto vem contabilizando carências estruturais das polícias Civil e Militar para apresentar ao governo federal uma lista de investimentos prioritários. Este ano, o orçamento do estado para a área de segurança é de R$ 11,5 bilhões.
Segundo um oficial do alto escalão, a atuação do Exército na Vila Kennedy permitem que as Forças Armadas ganhem tempo para preparar outros passos da intervenção, que segue até o fim do ano. Há uma grande preocupação com o sigilo do planejamento, já que, no ano passado, ações de GLO não tiveram o resultado esperado por conta de vazamentos de informações.
Apesar de ser voltada para a segurança pública do Rio, a intervenção federal também avalia a possibilidade de realizar operações nas fronteiras do país, onde houve incremento em inteligência e efetivo.
– O Rio é o fim de uma caminhada que começa nas fronteiras, com a entrada de drogas e armas. A prioridade é restabelecer a ordem pública, tirando as forças do crime e fazendo prevalecer o poder do Estado. É preciso agir com o inteligência. O passado foi marcado por muitas promessas, mas a desmotivação e a falta de liderança fizeram tudo parar na área de segurança pública do estado. O objetivo da intervenção é fazer as coisas voltarem a acontecer – disse um militar envolvido nas ações.
O Globo/montedo.com

11 respostas

  1. Montedo peço que publique a minha insatisfação com o novo serviço de marcação de consultas no HCE. Antes desse serviço para conseguir uma consulta era preciso madrugar no hospital para conseguir uma vaga. Agora existe um Call Center para fazer a marcação. Hoje, logo no início liguei para marcar Cardiologia para mim e Angiologia para minha esposa. A musiquinha fica tocando e após uns 20 minutos a ligação cai. Fiquei tentando até as 08:40 quando finalmente fui atendido. Cordialmente a atendente me informou que as vagas já haviam terminado. Como? Se desde as 07:00 estou no telefone? A nova marcação para essas especialidades só irá ocorrer na próxima semana. Para quem está procurando um serviço de saúde e passa por todos esses empecilhos, com certeza terá sua saúde agravada pelo estresse que esse serviço proporciona ao mesmo. Chega a ser infernante. Em todas as OM de Saúde aqui no RJ passamos uma via crucis para conseguir uma vaga mesmo pagando o FUSEX religiosamente em dia. Gostaria sim que essa reclamação chegasse ao Diretor do HCE, de outras OM de Saúde e as autoridades militares, para que eles fizessem até um estudo para proporcionar melhor qualidade de vida a seus subordinados. Ajudem-nos pelo amor de Deus.

  2. Já começaram a misturar GLO com as ações da intervenção. No final fica só a GLO e os traficantes voltam e nada muda para as comunidades. Foi a forma de socorrerem monetariamente o Rio, pois, que eu saiba, não tinha mais crédito na praça. O ponto positivo é que, espero, que o dinheiro destinado para a segurança e pagamento dos salários atrasados, realmente sejam usados para tal.

  3. Formatura no padrão, cobertura e alinhamento. Já treinem hino nacional, hino do RJ, hino da bandeira e todo tipo de lavagem cerebral escrita especificamente para bajulação.

  4. Os PMs e BMs que se preparem para as formaturas no sol e demoradas, alem de inspeções de armamento, inspeção pessoal e arrumação dos quarteis, pois as FFAA só sabem fazer isso em inspeções. Alem de ter um almoço bem caprichado.

  5. Os militares do EB irão criar alguma coisa para melhorar a auto-estima da PMRJ as minhas sugestões: crie o sargento brigada, auxiliar do comando, coloque um praça para ser guarda bandeira, outra essa é muito boa coloquem os praças para fazerem sindicância, criem o dia do uniforme na PMRJ, formatura armada uma vez por semana. Fazer o mesmo que fizeram no EB tirar do praça o porte de arma.

  6. Infelizmente me parece que será mais uma palhaçada, até agora nada, os traficantes estão brincando. O Rio continua a mesma desgraça, o que não é diferente com a Vila Kennedy, até agora a situação é somente política, para inglês ver. VERGONHA!!!!

  7. Peçam a declaração de imposto de renda e cruzem o CPF com imøveis e carros ! Levantem o patrimônio dos soldados da PM e comparem.com a renda e a situacao dos sargentos e oficiais do Exercito. Ah depois sm começem a visita e inspeçõesn!

  8. Queria ver alguém tirar o porte de arma dos praças da PM.
    Nunca conseguirão.
    PM pode ter seus defeitos, entre eles existem diferenças, mas eles defendem seus interesses.
    Talvez as forças-auxiliares tenham algo a ensinar.

  9. Nisto General é bom!!!! fazer inspeção. Meio fio pintado, grama cortada, toda a sujeira escondida…esta é a vida do militar, claro com exceções!!! A grande maioria dos jovens que prestam serviço militar são para serviços gerais, tendo pouca ou quase nenhuma instrução militar. Dificil será aplicar tais "regras" aos Policiais Militares, pois possuem a diferença de serem profissionais. Não queira o General tratá-lo como Soldado EV ou NB, que serão logo mais descartados do Exército.

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