Em filiação ao PSL, Bolsonaro chama Jungmann de comunista e promete ministros militares

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Bolsonaro chama Jungmann de comunista e promete ministros militares
Boneco de Bolsonaro é inflado em frente ao Congresso Nacional. (Kleiton Amorim-UOL)
Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília 
Em discurso inflamado durante ato simbólico de filiação ao PSL o pré-candidato à Presidência e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) declarou nesta quarta-feira (7) que o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann (PPS-PE), é “comunista”.
Segundo o parlamentar, o ex-ministro da Defesa, que trocou de pasta no mês passado, não falava pelas Forças Armadas e é “um desarmamentista”. Jungmann foi um dos articuladores da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro e assumiu protagonismo no debate sobre a segurança pública no país, principal bandeira de Bolsonaro.
A menção ao ministro do governo do presidente Michel Temer (MDB) ocorreu enquanto Bolsonaro defendia uma de suas principais bandeiras, o combate à violência através do armamento da população.
Bolsonaro também criticou Temer ao afirmar que a política brasileira não pode continuar a ser feita “nos porões da democracia no Jaburu”, referência à residência oficial do presidente, “ao lado de malas [de dinheiro]”. O emedebista foi alvo de duas denúncias resultantes de delações dos executivos do grupo J&F. Um deles, Joesley Batista, gravou uma conversa com Temer no Palácio do Jaburu, em março do ano passado.
“Temos aqui vários parlamentares da jocosamente chamada ‘bancada da bala’. Essa bancada vai crescer no ano que vem”, afirmou o deputado, sob gritos de incentivo dos presentes. “Quem sabe será a bancada da metralhadora”, completou.
Para o parlamentar, “a violência se combate com energia ou, em alguns casos, com mais violência”.
Ele também aproveitou para rebater quem o chama de “ditador e fala em ditadura
militar”. 
“Um país vive numa ditadura ou numa liberdade de acordo com o que pensa e faz
as suas respectivas Forças Armadas. Nós militares sempre fomos amantes da
liberdade e da democracia”, declarou. 
“Só tem uma maneira dessa bandeira ficar vermelha: com o meu sangue”, declarou,
empolgando sua plateia. Bolsonaro disse ainda que as ditaduras “apenas se consolidam depois de um
programa de desarmamento, como foi feito desde o governo FHC até o governo
Lula “. 
O presidenciável anunciou que seu eventual ministério terá “gente gabaritada, com
civis e com militares”, e que anunciaria o nome de seus ministros antes do início da
campanha, em agosto.
No início do discurso, ele perguntou, de forma retórica, quem era Jair Bolsonaro
para estar na posição de presidenciável, e ouviu de um militante que era “o
messias”.
“Eu sou o messias. Jair Messias Bolsonaro”, disse, explicando a origem de seu
nome completo. 
Em seguida, se emocionou ao lembrar da morte do pai, em 1995. 
Dezenas de pessoas ficaram de fora do plenário onde ocorreu o ato de filiação, que tem lotação máxima de 150 pessoas (Gustavo Maia – UOL)
“Somos de direita” 
Para a alegria dos seus seguidores, fez questão de dizer que “somos de direita”, e
passou a falar de um dos seus assuntos mais frequentes. “Respeitamos a família
brasileira. Está na Constituição o casamento entre homem e mulher. E ponto final”,
declarou, acrescentando não ter “nada contra homossexual”. 
“O pai ou a mãe prefere chegar em casa e ver o filho com o braço quebrado por ter
jogado futebol do que brincando de boneca por influência da escola”, comentou. 
O seu governo, disse o pré-candidato, não vai negociar com partidos como PT, Psol
e PCdoB. “Temos que alijar a esquerda, no voto, do Parlamento.” 
Ele reclamou ainda da resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de
implantar gradualmente ,
a partir das eleições desse ano, a lei de sua autoria que institui o voto impresso no
país. “Com voto impresso, pode ter certeza, a gente vai chegar lá”, declarou.
UOL/montedo.com

8 respostas

  1. VIXE! Sai da frente que lá vem o "home"! Só espero que não se empolgue e exagere nas declarações e não perca votos. A hora é agora, em 2018. Se não for agora, pelo menos para melhorar a situação dos militares, coloquem a "viola" no saco e voltem para casa choramingando.

  2. Quanto mais ele (bolsonaro) fala, mais me assusta, não por seu discurso idiota, retrógrado e fascista, mas pela atitude que desperta em seus séquitos insanos. Qualquer semelhança com discursos de Hitler não é mera coincidência.
    Esta semana, um carro fechou um motociclista e seu carona, que acenaram com a cabeça num gesto de reprovação, o homem perseguiu a moto e atirou várias vezes; em outro caso, um homem bateu seu carro numa caminhonete, quando o o motorista sacou sua arma e disparou dez tiros para dentro de uma concessionária, por sorte não acertou ninguém. Aqui mesmo no montedo, vimos o capitão desequilibrado sacando uma arma por atraso de sua encomenda nos correios, ou seja, estamos preparados para que todos os cidadãos andem armados? Gostaria de saber quando as industrias armamentistas estão pagando por esse discurso.

    Que Deus nos guarde desse transloucado pseudo militar e político profissional.

    St R/1 – O pensador

  3. ST R/1,

    Antes do estatuto do desarmamento, o cidadão brasileiro tinha a liberdade de escolher se a sua segurança pessoal e/ou de seus familiares seria garantida através do uso de uma arma. Nem por isso, vivíamos num filme de faroeste. A anulação do estatuto do desarmamento, aprovado mesmo contrariando o resultado do referendo (http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/em-2005-63-dos-brasileiros-votam-em-referendo-favor-do-comercio-de-armas-17786376), apenas trará de volta, ao brasileiro, a liberdade de escolha. Por outro lado, não resta dúvida que a falta de respeito entre os seres humanos, bem como a desvalorização da vida, tornou-se uma realidade em alguns lugares. Não reputo esse fato ao uso de armas, mas à falta de educação civil e religiosa. Por fim, lembro que as armas não atiram sozinhas. Quem decide atirar é o seu portador. Enquanto o dia da eleição não chega, antes de falar asneira, informe-se sobre os candidatos e seus Planos de Governo.

  4. "Motoristas bêbados causam acidentes, então proíbem todos de dirigir, inclusive os que não bebem".
    Assim funciona o estatuto do desarmamento…

  5. Eu também penso em votar no Bolsonaro, pois insano é quem votou no petista LULA. Mas é mais insano e conjugado com jegue quem, apesar de tudo, ainda votaria outra vez naquele "pudim de cachaça".

  6. Esse método de raciocínio é brilhante e insano: " Quem é contra Bolsonaro é a favor de Lula".
    De onde vocês tiram isso?
    Aliás, hoje o "escantilhão" é o seguinte: Você é a favor das cotas sociais ou raciais? é contra bolsonaro? é a favor da escola pública de qualidade? é a favor e luta pela igualdade social? é a favor do casamento ou união estável para gays? é a favor do bolsa família e demais políticas afirmativas? então amigo, não tenho dúvida, és um petralha….

    Quanta limitação. Dissonância cognitiva?

    ST – O pensador

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