Governo decreta hoje intervenção na Segurança do RJ. Forças Armadas assumirão e general deve ser nomeado iinterventor

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Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
Com a decisão, as Forças Armadas assumirão as atividades de segurança do Estado
Policiais da Força Nacional caminha em frente a grafite do Cristo Redentor no morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro
Militares caminhan em frente a grafite do Cristo Redentor no morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro
(Ricardo Moraes/Reuters)
BRASÍLIA – O presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Com isso, as Forças Armadas assumirão as atividades de segurança do Estado.
A ideia do governo é que a ação dure até dezembro deste ano, mas os últimos detalhes do texto do decreto serão definidos nesta sexta (16).
O decreto foi preparado durante reunião na noite de quinta (15) do presidente com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
O encontro contou ainda com a participação do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
É necessária a aprovação do decreto pelo Congresso Nacional em um prazo de dez dias, conforme diz a Constituição Federal.
O interventor em nome do Exército, segundo a Folha apurou, será o general Braga Neto.
De acordo com presentes à reunião com Temer, seria a primeira intervenção do tipo desde a aprovação da Constituição de 1988.
Na mesma reunião, o presidente discutiu com os presentes a criação de um Ministério da Segurança Pública. A nova pasta poderá ser anunciada nesta sexta.
O assunto já vinha sendo tratado pelo governo nos últimos meses, mas ganhou força com a onda de violência vivida pelo Rio durante o carnaval.
Para tentar reduzir críticas sobre a criação de um novo Ministério, a ideia é que isso seja feito em caráter extraordinário, ou seja, com prazo de validade e seja extinta quando arrefecer a crise na segurança pública. O mesmo modelo foi adotado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
Na reunião, a equipe econômica apresentou dados sobre o impacto da nova estrutura para a máquina pública. Um novo encontro deve ocorrer nesta sexta para fechar o formato da pasta.
COTADO
O nome mais cotado para assumi-la é o do ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame. Segundo a Folha apurou, Temer escalou auxiliares presidenciais para convidá-lo.
A indicação dele conta com o apoio dos ministros palacianos e das bancadas carioca e gaúcha do MDB na Câmara.
Além de ser considerado um nome técnico e de prestígio na área, Beltrame é delegado aposentado da Polícia Federal.
A aposta é de que a nomeação dele reduza a resistência na corporação com a eventual saída da Polícia Federal da Justiça. Nos bastidores, delegados tem criticado a mudança e afirmado que ela pode interferir nas investigações em andamento.
Pelo esboço feito pelo Palácio do Planalto, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional iriam para o controle da nova pasta, o que esvaziaria a Justiça.
Temer também chegou a avaliar o nome de Jungmann, mas tem esbarrado na dificuldade em encontrar um substituto para o comando da Defesa.
O receio dele é de que uma troca possa causar revolta e desconforto com as Forças Armadas, que já manifestaram contrariedade em reunião com o presidente na quarta-feira (14).
A criação da nova pasta faz parte de estratégia do presidente de criar uma marca para seu governo na área de segurança pública. Segundo pesquisa interna do MDB, o tema é um dos que mais preocupa os brasileiros para o processo eleitoral deste ano.
A ideia do presidente, que cogita disputar a reeleição neste ano caso melhore seus índices de aprovação, é de se antecipar ao pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que já disse que criará a pasta caso seja eleito presidente.
FOLHA/montedo.com

20 respostas

  1. Agora os estados limítrofes ao estado do Rio de Janeiro se preparem para a chegada dos "bandidos" que estarão fugindo do Rio.

    Vamos rezar que essa intervenção seja benéfica a todos.

  2. Essa intervenção tem que ser prá valer, em todo o estado, não só na capital. Serviço de inteligência, pegar desde os graúdos traficantes de armas e drogas mas também aqueles que recebem propinas nas rodovias e os que vendem sentenças. Blitz somente à noite, depois das 22 hrs.

    O certo seria toque de recolher, principalmente para menores de idade sem acompanhamento dos pais. Em uma cidade de São Paulo foi adotado o toque de recolher, o juiz fazia visitas aos pais dos infratores e conseguiu reduzir drasticamente as ocorrências.

    Não se esqueçam de tomar a posse de territórios ocupados como algumas ruas da cidade. Os delegados sabem onde são essas ruas.

    Cães farejadores em portos, aeroportos e rodovias além de um rastreamento em toda a floresta da cidade.

    Boa sorte!

  3. O general do exército será o chefe da missão. Todos ao seu comando.
    Ai te pergunto.
    Como o general vai dar ordem ao comandante geral da PM que ganha 3x mais que ele.
    Parece piada. Mas o subordinado ganha muito mais que o chefe.
    BRASIL, acima de tudo ???

  4. Vou fazer meu comentário, e não preciso ter EsCEME para chegar a tais conclusões:
    1.Medida totalmente estudada para destruir a imagem das Forças Armadas perante a sociedade em ano de eleição. Até lá o problema do Rio de Janeiro que vem de décadas não será resolvido e isso será usado nos palanques presidenciais…
    2. Como motivar um soldado profissional do Exército Brasileiro a subir os morros contra bandidos fortemente armados, contra a opinião pública e direitos humanos…com um salário de 42% do salário do soldado da PM do Rio de Janeiro?
    3. Nossos sargentos que moram nas periferias da cidade por absoluta culpa de nossos comandantes na falta de planejamento da construção de PNR e por não receberem desde o ano de 2000 o auxílio moradia serão vítimas fáceis do crime organizado, suas famílias serão condenadas a diversos ataques, podem escrever.
    4. Ninguém quer ir pro Rio de Janeiro, estado dinamitado e ainda a indenização de transporte de passagem e bagagem está desatualizada desde 1994, outra coisa que nenhum general resolve, as reunião de alto comando são para discutir transferências e movimentações de oficiais generais, uso do guarda chuva, novo modelo das insígnias e outras coisas mirabolantes.
    Resumo: Eu que moro aqui no Rio de Janeiro, afogado em empréstimos, morando na favela, 3 filhos menores de idade, 1º Sgt PQDT, hoje perdi minha milésima noite de sono preocupado se passarei mais um natal junto com todos da minha minha família, quiçá a páscoa vivo ao lado de todos eles.

    1. Realmente vc deve ter participado de muitas, pelo que seu conhecimento demonstra. Deve ser guerra na selva de pedra esse aí… vergonha alheia falando asneiras.

  5. O pessoal dos Direitos Humanos que estavam sossegados até então, vão começar a se ouriçar.
    Os advogados de porta de cadeia, vão trabalhar com distribuição de senhas.

    1. Soma-se a estes parasitas os intelectóides de plantão que surgem de buracos, bueiros, ralos, esgoto e etc., com soluções praticas e fáceis de resolver o problema sem a necessidade de intervenção.

  6. De uns tempos pra cá estamos observando uma gradual elevação da participação das Forças Armadas em operações de GLO no nosso país, e agora observamos uma intervenção direta num Estado da Federação. Primeira vez na história desde 88.
    .
    Independente do desmonte do Estado brasileiro, da política neoliberal de aprofundamento das desigualdades, da precarização do trabalho, saúde, educação e dos cortes em programas sociais, fatores estes responsáveis direito pelo aumento da violência, é importante salientar que isso tudo está em clara consonância com a Política de Segurança dos EUA para a América Latina lançada após o final da Guerra Fria.
    .
    Política essa que dentre outras coisas pretende modificar o papel das Forças Armadas latino-americanas. Incentivando para que elas se concentrem apenas em tarefas ligadas à segurança interna como operações policiais no contexto da luta antidrogas na Região ou na preparação para operações de paz, deixando de lado a defesa hemisférica, a defesa da Pátria, da nossa soberania e do nosso território. Transformando-as assim em mera gendarmaria pura e simples, enquanto ao Abutre do Norte caberá o papel de “segurança” geopolítica regional. As implicações e consequências disso já sabemos.

    1. Sempre foi assim Sgt Pedro, vc que mudar isso agora? se eu fosse você eu me preocuparia com o Foro de São Paulo que é Socialista até a alma, esqueça os EUA, prefiro eles com aliados do que ditaduras socialistas.
      Ten QAO R/1 Marcio Arbex Tu 89 Infantaria, Praça de 88.

  7. Temer está mais perdido que carioca no meio do tiroteio..Melhor ele se fingir de doido igual Pezao, ou fazer tour turístico pela Europa igual Crivella..
    Isso só vai servir para jogar dinheiro pelo ralo..

  8. Acabo de ver a coletiva sobre a referida intervenção.

    Repórteres comunistas com perguntas idiotas que foram respondidas com todo o cuidado, respostas cheias de melindre.

    Agora escuto aqui um daqueles "especialistas" citando a operação na Maré, dizendo que fora um fiasco, etc.

    Ou seja, a torcida pra dar errado nós já temos.

    Acho que, na coletiva, perderam a oportunidade de falar grosso e dizer a que vieram para a resolução do problema.

    Agora estamos na fase da intervenção federal, se não for desta vez, podemos pedir pra sair.

  9. Lá na RACE só discute o tecido da gravata a ser trocado e qual o padrão de guarda-chuva, amarração de coturno, nova modelagem de distintivos, troca de nome de uniforme de 4 A1 para 9C2, coisa que só quatro estrela faz pra tropa …

    1º Sgt Guerra na Selva

  10. Que beleza, agora vai se resolver este problemão que os políticos deixaram chegar na segurança do Rio de Janeiro. Esse ano tem eleição, tudo vai mudar, pode esperar!!!

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