Sepultamento do soldado Leonardo de Lima Machado, uma das vítimas da tragédia (Estadão) |
26 de janeiro de 2013: lembro-me muito bem do amanhecer ensolarado daquele domingo. Estava em viagem de férias com a família, á beira da Lagoa dos Patos. Foi quando começaram a chegar as primeiras informações do incêndio que havia ocorrido de madrugada, numa boate em Santa Maria. Inicialmente, falava-se em 30, 40 mortos, números que já eram suficientemente assustadores. Mas o que foi sendo divulgados durante aquele dia – juntamente com histórias de sofrimento, desespero e heroísmo – teve o condão de comover um País inteiro
Ao final, a estatística aterradora apontou para 242 mortes. As vítimas eram jovens. Dentre elas, doze militares das Forças Armadas. Da FAB, perderam a vida na tragédia o Sargento Luiz Carlos Ludin de Oliveira e os soldados Giovani Krauchemberg Simões, Leandro Nunes da Silva, Rodrigo Dellinghausen Bairros Costa e Rhuan Scherer de Andrade. Do Exército, aCapitã Médica Daniela Dias de Matos, o 1º Tenente Leonardo Machado de Lacerda, o 2º Tenente Brady Adrian Silveira, o 3° Sargento Diego Silvestre, o Cabo Lucas Leite Teixeira e os soldados Leonardo de Lima Machado e Luciano Taglia Pietra Espiridião.
Até hoje, ninguém foi condenado. Medidas protelatórias dos advogados de defesa têm feito o processo se arrastar à passos de tartaruga. Uma vergonha para o judiciário gaúcho.
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Subtenente Sérgio Silva. Ao fundo, painel com fotos das vítimas da tragédia(Imagem: Isto É) |
O subtenente da reserva do Exército Sérgio Silva perdeu o filho na tragédia. Augusto Sergio Krauspenhar da Silva tinha 20 anos e era estudante de Filosofia. Seu pai é presidente da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVSTM).
“Nós não vamos desistir. Já pagamos um preço muito grande para desistir.”, diz Sérgio.
Não iremos esquecer. Jamais!
Quer saber o pior de tudo nessa história… Tudo continua como antes… Nenhuma providência foi tomada para que fatos dessa natureza se repitam… Isso é Brasil…
Força amigo Sérgio!!! Tua luta não será em vão!!!
E o Prefeito de SMa da época, que não fiscalizou, foi empregado como Secretário de Segurança do RS, o dito estado mais politizado. Em 2004, o prefeito de Buenos Aires perdeu o cargo por fato semelhante lá.
Faltou gente aí na sua citação o cb floriano do 29 Bib mais tdo bem.
É o verdadeiro desastre, em que vários fatores estão vinculados ao ocorrido e de tanto lodo, que envolve o poder público, inclusive o próprio MP, não se consegue apontar culpados. Denunciados por homicídio culposo foram os proprietários da boate e o músico que acendeu o fogo, algo muito frágil de sustentar. A tragédia aconteceu antes e o desfecho foi o prêmio na loteria do descaso do poder público.