Intervenção militar seria enorme retrocesso, diz comandante do Exército

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Brasília - O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, do Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O comandante do Exército, general Villas Boas
 Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

Brasília – O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, afirmou hoje (23) que a existência de setores da sociedade que pedem intervenção militar no Brasil sinaliza a gravidade dos problemas que o país enfrenta.
“Isso, na minha opinião, é um termômetro da gravidade do problema que estamos vivendo no país. Intervenção militar seria um enorme retrocesso”, disse Villas Bôas, em palestra no Seminário Brasil: Imperativo Renascer, realizado na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
O general Villas Bôas citou uma pesquisa de opinião que apontava o apoio de mais 40% da população à ideia de intervenção e disse que tal adesão, por outro lado, reflete a confiança desses setores da população nas Forças Armadas. “Interpreto também aí uma identificação da sociedade com os valores que as Forças Armadas expressam, manifestam e representam”, acrescentou. De acordo com o general, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica são também “guardiões da identidade nacional”, que ele considera estar em um caminho de fragmentação.
Villas Bôas destacou que o tema defesa não teve relevância nas últimas campanhas políticas. Para tentar inverter esse cenário, o general disse que o Exército tem dialogado com candidatos à Presidência da República. “Estamos fazendo contato com os candidatos mais ou menos consolidados, e oferecendo consultoria e ajuda para que trabalhem nesse sentido.”
Na visão do comandante do Exército, existe no país uma percepção de que a soberania nacional não sofre ameaças, o que faz com que o debate sobre defesa não tenha apelo na sociedade. “Somos o único grande país não beligerante. Este é o lado ruim de uma coisa boa. Nos falta o sentimento de um projeto nacional.”
Rio Grande do Norte
Entre as funções das Forças Armadas no país, Villas Bôas mencionou o emprego de militares em operações como as de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em curso atualmente no Rio de Janeiro.
No caso do Rio Grande do Norte, onde as Forças Armadas atuaram três vezes em menos de dois anos, o general disse acreditar que as operações vão ser necessárias novamente. “Em um ano e meio, fomos empregados três vezes no Rio Grande do Norte e, nesse espaço de tempo, não houve nenhuma modificação estrutural no sistema de segurança pública daquele estado. E nós sabemos que logo seremos chamados a intervir novamente.”
Agência Brasil/montedo.com

15 respostas

  1. Intervenção militar , realmente não é opção. Se ocorresse, os partidos da esquerda ficariam fortalecidos pois comprovariam a ideia de "golpistas". Pediram e fizeram por onde os militares saíssem do poder. Agora é com eles e a Constituição. Os 40% já estão pressentindo o caos piorar para o futuro, e a inércia das autoridades que podem fazer algo contra, hoje, é impressionante.

  2. Com exceção do Bolsonaro,o resto tá se lixando para as "sugestões" do Gen Villas Bôas.Um Comandante que não conseguiu ,sequer,um miserável auxílio-moradia para seus subordinados acha ,só acha mesmo,que algum político canalha tá preocupado com a segurança pública.Todos andam em carros à prova de bala.Todos têm moradias funcionais ou os mesmos auxílios que o CMT nega pros seus.Seja por omissão,seja por incompetência política.Em ambas as situações não há atenuantes! Lembrete:Todos,todos, todos os atuais generais,da ativa,e alguns da reserva ,foram promovidos por presidentes socialistas/comunistas que destruíram as Forças Armadas,sufocaram seus integrantes com vencimentos ordinários e infames e nenhum,nenhum comandante se ergueu contra essa covardia. Nossa indignação e repúdio é a sua resposta pela "suposta preocupação com a segurança pública no Brasil"! Aqui,quem manda é o MST,o MTST,a CUT,o PCC,o CV,o Pedro Stédile,o Boulos ,o José Rainha,o Zé Dirceu,o Wagner Freitas, o José Genoíno,o LULA e todos os canalhas do Foro de São Paulo, enquanto ficamos ouvindo essas frases Control C/Control V…

  3. A intervenção militar traria consequências drásticas para o país.Mas,a população percebe, principalmente os milhões de desempregados e nós, pagadores de impostos,que a anarquia política, a troca de favores ,a impunidade,as prisões e condenações pifias e efêmeras e hoje,a queda de braço entre o governo e o STF,continuam imperando neste país tupiniquim! Mudar no voto?Com estes candidatos?Até o Collor quer voltar!Realmente a situação é extremamente preocupante!Cabe às FFAA acompanhar de perto o decorrer dos fatos!

  4. Um Comandante sem a devida higidez à frente de uma Força caracteriza o maior dos retrocessos, pois descumpre a legislação que jurou cumprir e defender. Dizer que uma intervenção militar, num país onde impera a incompetência, a corrupção, a violência e o descrédito das instituições, é uma heresia e uma blasfêmia sem precedentes. Retrocesso mesmo, é o estado lastimável em que se encontra a remuneração dos militares das Forças Armadas que essa contribuiu para que chegasse. Mas, essas sábias palavras veio exatamente do líder que disse: "não abandonarei meus comandados no campo de batalha".

  5. General Villas Boas é mais um comandante que ao sair não terá acrescentado nada. Comandante das Forças Armadas é uma função tão importante quanto Adjunto do Comando. Guardadas as proporções são apenas vizinhos do poder.

  6. Os comandantes estão aposentados. Ao assumirem o CMDO num dia no outro são reformados, ganham como aposentados e comissão de CMDO, eles não vão fazer nada para ajudar a tropa. Nem intervenção e nem melhoria de salário. O cargo é político como CMT "Leia-se nos jornais "POLÍTICA" Ai aparece a mensagem dos Comandantes. O Cargo é político. Eles são do quadro político do país. Agora com a reforma da previdência estão cooperando com o governo jogando os militares para 35 anos de sv, e trabalhando umas gratificações como Ad Militar e Ad Habilitação. Sempre que para aprovar alguma coisa para nós cedem para o governo parte de nossos direitos.O próprio Ministro da Defesa em uma entrevista disse que o cargo de CMT é político.

  7. Sou 02 do CFS 76 no 1 BIS , 01 do CIGS em 1980 , sai QAO com 22 anos de servico . Tenho Pacificador com Palma e OMM , servi 28 anos na Amazonia . Apesar de Cap fui cerceado no direito adquirifo do posto acima pela unica Medida Provisoria com forcs de lei ja editada no Pais pelo canalha do FHC.Hoje so entro num quartel uma vex por ano isso porque sou obrigado a provar que estou vivo ja que minha fe de oficio de oficial nao serve para nada.O Exercito e o mesmo mas os atuaid chefes militares esqueceram o sagrado dever de defender seus subordinados.

  8. ".Hoje so entro num quartel uma vex por ano isso porque sou obrigado a provar que estou vivo ja que minha fe de oficio de oficial nao serve para nada."

    Não é que não serve para nada. E sim para manter a transparência e facilitar a fiscalização dos OPIP's.

    Um pouco mais de humildade, tá capitão!

  9. Anônimo de 24 de janeiro de 2018 07:57

    Agradeça a Deus que você chegou a Capitão, fé de oficio é besteira, aliás você sabe o que é fé de oficio? DECRETO Nº 83.936 – DE 6 DE SETEMBRO DE 1979 – DOU DE 10/9/79, trata da prerrogativa do funcionário público em autenticar documentos com vistas ao original apresentado. Portanto esqueça a sua fé de Oficio de Oficial, como disse o companheiro acima, mais humildade. Você não foi o único que foi prejudicado por ter o posto acima sido extinto. Nós militares só servimos enquanto estivermos na ativa, pegue suas medalhas e guarde como mérito seu. atualmente com os dispositivos criados pelo Exército para subjugar o praça, a promoção ao QAO torna-se cada vez mais difícil, promoção essa que é uma maneira de aumentar o salário, ser melhor atendido nas Unidades de saúde, sem contar que a diferença no soldo de um ST e um Cap QAO é de quase R$ 3.000,00.

  10. ".Hoje so entro num quartel uma vex por ano isso porque sou obrigado a provar que estou vivo ja que minha fe de oficio de oficial nao serve para nada."

    Não fale asneira Cap R/1. Que fé de ofício de Oficial? Qual cigana te enganou que é oficial ? É uma Praça melhorada, Auxiliar de Oficial (QAO). E outra, tem que está vivo para receber seus proventos. Você queria somente ligar no OPIP e informar que está vivo ? Um brincante.

  11. Retrocesso é a sacanagem que os senhores comandantes fazem com os sub véios para a promoção a QAO. Dizem que é por mérito, mas está mais para os babões e bajuladores.

  12. Retrocesso é nós termos uns comandantes que não favorecem suas tropas; todas as vezes que algo vem para beneficiar seus comandados, logo é puxado seu tapete, como por exemplo a promoção dos QEs. Correr pelo auxílio moradia para o pessoal da ativa é outro exemplo, tem muitos militares da reserva morando de aluguel. Isso sim é um retrocesso.

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