Para aprovar reforma, governo poderá rever mudanças também para militares

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Publicação original: 9/1 (07:01)
Em meio à negociação da PEC da Previdência, governadores querem discutir a aposentadoria dos homens das forças de segurança
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Temer deixa o Jaburu (CB)
Alessandra Azevedo
O governo terá que mudar a estratégia para convencer os 100 deputados indecisos a votarem a favor da reforma da Previdência. Parte dos defensores da proposta incentiva o Palácio do Planalto a abraçar o discurso dos governadores e da parcela da população que ainda não vê a reforma como “igual para todos” e volte a discutir mudanças também nas regras de aposentadoria e pensão de militares e das Forças Armadas, categorias que não foram tocadas no texto. Os governadores devem se encontrar com o presidente Michel Temer ainda em janeiro e pretendem retomar essa discussão, com a promessa de que entrarão na briga pelos votos que ainda faltam caso sejam ouvidos.
As chances de o governo se engajar em uma reviravolta desse nível às vésperas da possível votação, prevista para 19 de fevereiro, “são mínimas”, avalia um integrante da equipe econômica, que considera a estratégia arriscada e sem garantias de contrapartida em forma de votos. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, garantiu que os militares “serão tocados a seu tempo”, em outra Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Os policiais estaduais, segundo o articulador político do governo, terão o mesmo tratamento das Forças Armadas. “A tendência é que se estabeleça, em termos de idade mínima, a mesma para militares, civis e Forças Armadas”, disse Marun. “Essa questão será tratada logo em sequência à reforma, como foi combinado no início dos trabalhos”, reforçou.
Mesmo que a discussão não vá para a frente este ano, a volta do debate preocupa a bancada da bala, que, até então, teve sucesso em afastar qualquer menção aos militares tanto no texto quanto nos debates recentes sobre o tema. O que explica boa parte dos votos contrários à reforma dentro da bancada é que, caso ela passe, o foco voltará a ser o rombo causado pela categoria, que responde por mais de 40% do deficit previdenciário da União.
Com medo de que o foco se volte à única categoria que ficou de fora da reforma, a bancada tem se esforçado para se manter longe dos holofotes quando o assunto é Previdência. A postura contraria a expectativa do Planalto, que, desde a fase de elaboração da proposta, em 2016, tem feito de tudo para agradá-la, ainda que a escolha tenha custado o apoio dos governadores, que sempre defenderam a inclusão dos militares. A unificação das regras entre os militares ajudaria a resolver o problema das contas públicas dos estados — bombeiros e PMs são responsáveis por mais de um terço do rombo das previdências estaduais. Além disso, a mudança viria em boa hora, diante do caos presenciado em muitos estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O governo tirou os militares do texto mesmo sob protestos de parte da equipe econômica, de olho nos 35 votos da bancada da bala — número significativo na conquista dos 308 necessários para aprovar uma PEC — e na influência dos deputados no Congresso e na opinião pública. Mas, na hora da contagem de votos, o grupo decepcionou. O PR, por exemplo, não fechou questão sobre o tema e não garante nem metade dos votos da legenda. “Se teve um grupo de pressão que conseguiu tudo o que queria ao negociar com o governo, foi o da Segurança Pública. E, na hora do vamos ver, eles caíram fora”, criticou uma fonte a par das discussões.
Mobilização
Com a bancada da bala fora da arena, os governadores voltam à cena depois de terem falhado em garantir as contrapartidas esperadas pelo Executivo em troca da inclusão dos militares, no início das negociações. Além de apoio explícito de todos os 26 estados, a exigência era que eles se comprometessem a mobilizar intensivamente as bancadas no Congresso para ajudar na aprovação.
A ameaça de incluir os militares não assusta a bancada da bala, convencida de que o governo não conseguirá sequer pautar a reforma. “Não aprova, pode esquecer. Uma próxima proposta pode até discutir a questão dos militares, desde que o governo faça o dever de casa. Tem que combater sonegadores, acabar com cabide de empregos e parar de perdoar dívidas de empresas. Aí, tudo bem”, disse o deputado Delegado Waldir (PR-GO), vice-líder do partido na Câmara. Mesmo que o Planalto resolva colocá-los na reforma, isso não poderia ser feito pela PEC em discussão atualmente, já que não foi apresentada nenhuma emenda nesse sentido na comissão especial. Só é possível retomar, no plenário, temas que já tenham sido propostos pelos deputados. Nessa situação, o ideal seria que a inclusão fosse feita por meio de outra PEC.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

50 respostas

  1. Nos dêem direito à sindicalização, hora extra, número de horas trabalhadas, adicional noturno e de tempo de serviço. Aí sim, nos coloquem na vala comum. Militar tem regime de trabalho diferenciado, não é como civil no ar condicionado. Que parte esses jumentos esquerdistas ainda não entenderam.

  2. cade o bando de paneleiros agora não tem mais saída o temer destinou 500 milhões as centrais sindicais em troca desta reforma que vai ser bom para eles mas tinha muitos dentro da caserna acreditando e dando apoio a estes corruptos agora é só sentar e chorar não adianta arrependimento os que roubam estavam, estão e continuarão no poder e a população é apenas números e massa de manobra na mão de todos políticos brasileiros eles só estão esperando uma chance e tem muitos que ainda concordam e dão depois não adianta lamurias e reclamações concordaram com tudo deram cheque em branco assinado na mão destes que ai estão pseudos chefes.

  3. O mais preocupante é colocarem um fator previdenciário para militares ( diminuição de salário),aí a debandada será geral , somos capazes de passar em concursos com salarios melhores já que as regras serão iguais.As FFAA ficariam com uma qualidade de pessoal muito ruim e faltaria pessoal para realizar os trabalhos básicos.

  4. Mim ajuda! Tiririca, Chapolin, Dilma, lula,temer, Sérgio Cabral, Dirceu,eu não aguento mais tanta incerteza na caserna, pois nossos CMTS nós abandonou.

  5. O negócio é o seguinte: Enquanto tava no fiofó do povo td tranquilo, tudo quanto era leão de alojamento batendo palmas dizendo que Temer era melhor q o governo corrupto que saiu e ruim com ele pior sem ele. Como o negocio agora vai apertar pro nosso lado( e como bom militar aprendi desde cedo que ou todo mundo de pá ou todo mundo de picareta) a coisa é diferente. Sugiro que deixemos a hipocrisia de lado e passemos a pensar além de nossos umbigos. Nossos irmãos BRASILEIROS, de todas as profissões, DIVERSAS muitos mais duras que a nossa tiveram direitos tirados e outros a tirar. Não tá certo isso nem conosco nem com eles. Deixemos o egoísmos e a hipocrisia um pouco de lado.

    1. Os brasileiros têm tantos "direitos" que muitos fazem de tudo para ir para os EUA imperialista, fascista, taxista, que não tem a metade dos Taís "direitos" dos brasileiros.

    2. Sim, a verdade é que sempre fomos uma país de terceiro mundo e obviamente muitos brasileiros adorariam ir para os EUA, mas eles são um império decadente. Só um tapado não vê isso, eles estão com problemas raciais/de imigração, a economia não é mais a mesma apesar do país ainda ser o top 1, e seus vários inimigos ficam cada vez mais fortes, enquanto seus aliados estão na corda bamba. Liberais idiotas são tão patéticos quanto esquerdistas

  6. Deus te ouça!!!

    “Não aprova, pode esquecer. Uma próxima proposta pode até discutir a questão dos militares, desde que o governo faça o dever de casa. Tem que combater sonegadores, acabar com cabide de empregos e parar de perdoar dívidas de empresas. Aí, tudo bem”, disse o deputado Delegado Waldir (PR-GO), vice-líder do partido na Câmara.

    Que moral tem esse governo de bandidos pra querer retirar nossos direitos???

    1. Que moral tinham o PSDB,o Fernando Henrique Cardoso,o senador do PSDB-SP, José Serra-Paulo Henrique Amorim afirma que "O Serra é maior Ladrão da política do Brasil e que,desde sempre,seu hábito é roubar"-…Jamais defenderia um governo de ladrões ,como o é,hoje,a turma do Palácio do Planalto.Não.Jamais!Mas preciso reconhecer que,na economia,o Temer já está botando a terrorista Dilma no chinelo…

    1. É quase isso Evandro. Os governadores querem ferrar MAIS seus próprios policiais. Mas para isso, necessitam que o Governo Federal ferre as Forças Armadas!!!! ST Mat Bel Turma 1995.

  7. Infelizmente vai "sobrar" para nós!O pior é a "mansidão ",a cabeça baixa,o "sim 'sinhô'!" e a perpétua condição de servir à pátria sob permanente sacrifício, com deveres infinitos e direitos escassos! "Cadê" o General? ??? Éhhhh!Tá ruim!

  8. Calma camaradas… Não precisamos Temer nada… Como dizem nas reuniões… Nossos Comandantes estão trabalhando diuturnamente por nós… Já vi essa história em 2000… No final os severinos vão perder mais uma vez… Pelo jeito e passividade de nossos Comandantes… Vamos terminar na vala comum mais uma vez… Preparem desde já ou mesmo antes… A produção de Bengalas de campanha… Cadeiras de rodas VO… E frauda geriátrica camuflada… Quem viver verá…

  9. Não sei se essa declaração de que “serão tocados a seu tempo”, em outra Proposta de Emenda à Constituição (PEC)" me faz ficar mais tranquilo ou mais apreensivo. Os militares são os únicos que não se rebelam, como os PM's, e por isso, vão servir de bode expiatório.

  10. O que estão querendo é arrancar todas às vísceras furando também os olhos de todos os militares e pensionistas das FORÇAS ARMADAS – POLICIAIS MILITARES CIVÍS E BOMBEIROS. O que estes Governadores tem de se meter com as FFAAs – Que eles vão cuidar do seu ESTADO – Isto não cabe nada a eles. Enquanto isto cadê os comandantes?

  11. Querem IGUALAR, igualem TUDO! Ou seja: Nos paguem Horas extras; Adicional noturno; periculosidade; Insalubridade; FGTS; Auxílio transporte; anuênios, e COMPUTEM OS SERVIÇOS QUE EXCEDAM ALÉM DA JORNADA DE 48 HORAS SEMANAIS, PARA APOSENTADORIA. PONTO!

  12. Atualizaram a inflação hoje … veja o absurdo, recebemos 5,5% + 5,5% e em breve outra parcelinha de 6,7% da esmola. Parabéns generais. A tropa confia em V. Exas.

    Cálculo da variação de um período – IPCA (IBGE)

    A variação do índice IPCA (IBGE) para o período de 01/03/2012 a 31/12/2017 é 42,9964% (incluso as conversões de moeda)

    Fonte:
    http://www.debit.com.br/indice_acumul.php?indexador=17&imes=03&iano=2012&fmes=01&fano=2018

  13. Fácil falar do rabo do outro. Porque esses políticos de mer…não começam dando o exemplo é acabam com essa pouca vergonha de aposentadoria com dois mandatos? Tudo em prol do Brasil. Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

  14. Tem que acabar com as pensões das filhas imediatamente. Trabalhei 30 anos na força e ganho menos que a filha de um coronel ou general, elas nunca se sujeitaram aos regulamentos e jamais trabalharam na força 1 dia se quer e o mais grave sem terem feito concurso público, ganham essas beneces
    O governo temer tem que acabar com esse privilégio ou aumentar o desconto das filhas que hoje é muito baixo. Deve ser aumentado em 300 por cento.

  15. Funciona assim:
    Deu merda, chamem os militares;
    Não deu para pagar as polícias, chamem os militares;
    Tem mosquito perturbando, chamem os militares;
    Esqueceram de vacinação, chamem os militares;
    Estão com "medinho" de protestos, chamem os militares;
    Vão julgar o maior ladrão da história desse país, chamem os militares;
    Os índios estão revoltados, chamem os militares;
    Precisam arrancar mais dinheiro dos salários, vão pra cima dos militares;
    Precisam mostrar serviço e fazer reformas, lembram dos militares;
    Aumento salarial acima da inflação, lembram dos… parlamentares;
    Forças Armadas que se transformaram em auxiliares das PM's, os militares.

  16. Eu não acredito. Ainda continuo esperando as mudanças boas que disseram que iria ocorrer, de fonte segura. Vamos aguardar, vem aí uma reestruturação que vai nos colocar em condições de igualdade com as demais carreiras federais. Vou ali tomar mais um rivotril e esperar confiante.

  17. Estão dizendo por aí que o número de promovidos a QAO em junho de 2018 vai ser bem maior que em 2017. Alguém tem alguma informação oficial a respeito? Grato, S Ten do 6º QA.

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