Isto É e o desmanche do Rio: “Nossas Forças Armadas não estão constituídas para correrem atrás de bandido!”

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O desmanche do Rio
Nunca morreu tanta criança no Rio de Janeiro devido a balas perdidas. 
Nunca os chefões do tráfico de drogas desafiaram o poder público com tamanha petulância. Nunca as Forças Armadas tiveram de intervir como fizeram em 2017

Crédito: Leo Correa
PAVOR Assim foi a vida na Favela da Rocinha ao longo de 2017: as Forças Armadas tentando ajudar uma polícia incompetente (Crédito: Leo Correa)
Até o último dia de 2017, quando essa edição já estiver fechada, crianças e adolescentes estarão morrendo no Rio de Janeiro, morrendo quando tinham, não somente o ano que vem, mas a vida toda pela frente. Morrendo pelas famosas balas perdidas disparadas por traficantes ou policiais – na verdade, foram tantos os tiroteios e tantas as mortes a marcar o ano que se encerra que bala perdida virou mesmo bala com endereço. 
Um exemplo recente: o Brasil chorou e o mundo chorou no primeiro domingo de novembro. A notícia correu o planeta: Eduardo Henrique Carvalho, dez anos, brincava no Morro do Juramento quando uma moto preta, sem identificação, entrou na favela atirando. Eduardo morreu. Um exemplo de meados do ano: em 30 de julho, também o Brasil e o mundo choraram com a morte do bebê Arthur Cosme de Melo, atingido por um projétil, um mês antes, quando ainda era gerado no ventre de sua mãe. Ela sobreviveu, os médicos conseguiram induzir o nascimento de Arthur, batalharam por sua existência, mas ele não resistiu. 
<strong>DOR</strong> Claudineia Melo e o exame do bebê Arthur, atingido quando ainda era gestado: o Brasil e o mundo choraram
DOR Claudineia Melo e o exame do bebê Arthur, atingido quando ainda era gestado: o Brasil e o mundo choraram
O ano de 2017 no Rio de Janeiro entra tragicamente para a história ainda por outro motivo: quase duas centenas de PMs foram assassinados. O palco de maior violência foi a favela da Rocinha, com duas quadrilhas disputando o comando do tráfico de drogas. Isso levou as Forças Armadas a intervirem diversas vezes no policiamento da cidade, levantando uma série de críticas sobre a funcionalidade e racionalidade de tais operações de alto risco. O governador Luiz Fernando Pezão implorou pela intervenção do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Foi atendido. É bom ressaltar, no entanto, que tal participação recebeu algumas críticas dos comandantes militares. Nossas Forças Armadas não estão constituídas para correrem atrás de bandido. O desmanche do Rio mostra com cores dramáticas a falta de uma política de segurança para o País e o crescimento do crime organizado – que já foi tão glamourizado, inclusive pela polícia, como se viu nas selfies feitas com o traficante Rogério 157. O Brasil precisa reagir.
<strong>ABSURDO</strong> Policiais fazem selfie com Rogério 157, preso em 6 de dezembro: eles deram glamour ao bandido e o transformaram em astro
ABSURDO Policiais fazem selfie com Rogério 157, preso em 6 de dezembro: eles deram glamour ao bandido e o transformaram em astro

ISTO É/montedo.com

10 respostas

  1. A matematica é simples demais. Oq compra armas e munição é o tráfico q por sua vez é sustentando por quem usa. Vamos a lógica: Tem como acabar com o usuário? NÃO, pra quem não sabe até a última mudança na lei de drogas o uso tbm era punido com prisão e não resolveu. Usuário SEMPRE irá existir, SEMPRE. O negocio é cortar a grana. Os EUA (Pq aqui em terras tupiniquis so presta se os EUA fizer antes) a maconha ja ta sendo liberada por lá, e pra quem não sabe, o grosso da grana vem da maconha. Mas enxergam isso? Lógico que não, a propaganda e BILHÕES E BILHÕES de dolares não permite nem cogitar a possibilidade. Enquanto não cortar a grana do tráfico essa bosta vai continuar assim simplesmente pq da lucro. É difícil entender isso?

  2. A selfie dos policiais pode não ter sido correta, mas quantas gozações esse chefão fez com a corporação? Será que é seguro policiais saírem de cara limpa em uma foto dessas?

  3. A foto com o traficante é o complexo de inferioridade tupiniquim.
    Aqui não se trabalha pela institucionalidade, pelo conjunto, mas pelo poder de mandar em territórios. Cada instituição brasileira quer ter o poder de mando no país inteiro e dominar seu território. É uma democracia privatizada por guetos. Em todas as instâncias públicas, especialmente, e na cultura da sociedade civil: essa aqui e minha área, sou eu ou nós que mandamos. Quando o bueiro ou córrego transborda pelo lixo gerado por essa turma, culpam os outros.

  4. O país acabou! Socializaram a mentalidade da sociedade, via escola partidarizada comunista, e agora é tarde. Na próxima encarnação do universo, se o país da batucada for descoberto por ingleses, poderá ter uma chance de dar certo.

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