Greve perde força, e alguns policiais militares retornam ao trabalho no RN

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Forças Armadas patrulham as ruas no Rio Grande do Norte
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THIAGO AMÂNCIO
BRUNO SANTOS
ENVIADOS ESPECIAIS A NATAL (RN)
Após decisão judicial que determinou a prisão de policiais e bombeiros que incitem a paralisação dos agentes de segurança no Rio Grande do Norte, o movimento, que já dura 16 dias, perdeu forças na manhã desta terça-feira (2). Segundo agentes, dois veículos policiais de cada batalhão voltaram às ruas.
O comando do movimento grevista, no entanto, nega que a paralisação tenha acabado. “É uma atitude individual. E, na medida que apareçam condições para os policiais irem às ruas, eles vão”, diz Elieber Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares.
No domingo (31), o desembargador Claudio Santos determinou que os comandantes da PM, dos bombeiros e da Polícia Civil prendam em flagrante os agentes da segurança pública que promoverem, incentivarem ou colaborarem com a paralisação. O desembargador determinou ainda o aluguel de 50 veículos para o patrulhamento.
Na zona oeste da cidade, dois carros patrulham 13 bairros, segundo policiais militares. Agentes disseram à reportagem que voltaram ao trabalho contrariados. “Voltamos porque se já tá ruim assim, imagina se a gente for preso. Aí não consigo ir pros meus bicos, que é o que tá segurando nessa falta de pagamento”, diz um cabo que pediu para não ser identificado.
Os policiais, no entanto, negam que estejam em greve, uma vez que têm comparecido aos quartéis. Dizem que não podem ir às ruas sem equipamentos de proteção suficientes, com viaturas danificadas e coletes vencidos. Os agentes estão com três salários atrasados: novembro, dezembro e o 13°. Os salários de novembro dos funcionários que ganham até R$ 4.000, o equivalente a 86% da folha de pagamento das polícias, segundo o governo, foram pagos na sexta-feira (29). Na segunda (1), a secretária de Segurança Pública e Defesa Social, Sheila Freitas, anunciou que vai cumprir a determinação e pediu que os policiais voltassem ao trabalho.
TROPAS
Em meio ao crescimento da violência, o presidente Michel Temer (PMDB) enviou tropas das Forças Armadas a capital. São 2.800 homens, a maior parte do Exército (2.000 deles), mas também da Marinha, Aeronáutica e da Força Nacional de Segurança, de Estados como Alagoas, Paraíba e Ceará.
O policiamento deu resultado no Ano-Novo. Foram 18 mortes violentas na cidade em 29 de dezembro (dia mais violento desde o começo da paralisação da PM) e 11 no dia 30. No dia 31 foram duas, e uma até o começo da tarde desta segunda (1°). Ao todo, quase cem mortes foram registradas no Estado após a PM deixar as ruas, segundo o Observatório da Violência Letal Intencional do RN.
Do efetivo de 7.500 policiais, a Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares estima que cerca de 80% tenham aderido ao movimento -em um dia inteiro, a reportagem encontrou duas viaturas da polícia nas ruas da cidade. Um policial que entra hoje para a corporação no RN recebe R$ 2.904.
Esta é a terceira vez que o governo federal envia militares ao Rio Grande do Norte em menos de dois anos. A primeira vez foi em agosto de 2016, para ajudar no policiamento durante uma série de ataques a ônibus e órgãos públicos. Em janeiro de 2017, as forças armadas também foram acionadas durante as rebeliões na penitenciária de Alcaçuz.
UOL/montedo.com

10 respostas

  1. No carnaval volta a greve e ai colocam os militares novamente. Simples, somos bombril…Major só sabe gritar com Subtenente velho e dar comceito ruim pra não sair QAO. E ISSO AI NO CARNAVAL EU VOLTO PARA OS POLICIAIS DE RN CURTIREM A.PRAIA !!!

  2. Tomara que acabe rapido essa greve, o salario era quase 4.000,00 na primeira reportagem caiu para 3.500,00 e Nessa reportagem esta 2.904,00 mais umas duas reportagens o salario sera 1.000,00

  3. É uma vergonha esse país. JUÍZES ganhando rios de dinheiro, e os PMs que combatem o crime olho no olho com o bandido recebem migalhas, ou melhor, migalhas atrasadas. Isso é um absurdo…Reajam meu povo.

    1. Concordo! Esta é a realidade em países de terceiro mundo.Basta comparar esta diferença salarial em países ditos desenvolvidos para comprovar este absurdo. Só em países de m…existem essas disparidades salariais absurdas.

  4. É proibido fazer greve, porém, como obrigar a Força de segurança Pública a trabalhar sem receber salários? Nas leis não existe nada que enquadre os comandantes e governantes por causa dessa situação? Resultado: "Severinos" forever!! Se os militares das FFAA fizessem o mesmo, todos já estariam presos, expulsos e processados. E mais uma vez, o tiro saiu pela culatra: o governo petista criou a Força Nacional, que enfraqueceria mais ainda as Forças Armadas, e está, justamente, acontecendo o contrário.

  5. É capaz de no carnaval ter mais! Agora o EB tem q permitir "bico" também, pelo menos isso já q não dão aumento nem pagam representação qd saímos em missão!!

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