Em imagens, a fuga e o sofrimento na República Centro-Africana

17502203_303

Refúgio no aeroporto de Bangui

Desde o golpe de Estado, há um ano, a situação na República Centro-Africana está fora de controle. Milícias cristãs e muçulmanas promovem amargos combates. Um milhão de pessoas estão em fuga. Quase todos os muçulmanos deixaram a capital, Bangui. Entre os que permaneceram, algumas centenas encontram abrigo num velho hangar do aeroporto.
default



Perder tudo

O marido de Jamal Ahmed tinha guardado dinheiro suficiente para a fuga de sua família, quando as milícias cristãs chamadas “Anti-Balaka” invadiram sua aldeia natal. As poucas economias não foram suficientes – ele pagou com a vida. Jamal Ahmed vive no acampamento que surgiu no aeroporto: “Não conheço ninguém aqui. Não tenho mais nada. Não sei como será daqui para a frente.”
default


Ver os netos mais uma vez

Aos 84 anos, Fatu Abduleimann está entre os moradores de idade mais avançada do campo de refugiados do aeroporto. Nas últimas décadas, Fatu assistiu a muitas dificuldades em sua terra natal. Mas nunca foi tão ruim quanto agora, diz a idosa. Seu único consolo: a maioria dos seus filhos conseguiu fugir para o Chade. Seu maior desejo: “ver os meus netos mais uma vez.”
default


Quilómetro Cinco, uma cidade fantasma

Exceto o acampamento de refugiados no aeroporto, quase todos os muçulmanos deixaram a cidade. Há alguns meses, o chamado “Quilómetro Cinco” era um animado centro da comunidade muçulmana. Mais de 100.000 pessoas moravam e trabalhavam aqui, a cinco quilómetros do centro da capital, Bangui. Agora, restaram apenas algumas centenas de pessoas. As lojas estão fechadas até nova ordem.
default


Esperar o momento certo

Quase todos os muçulmanos que ainda restam no “Quilómetro Cinco” querem apenas uma coisa: sair daqui. Os caminhões para a fuga estão prontos. Eles esperam que um comboio tenha como destino os países vizinhos como os Camarões ou o Chade.
default

A cidade de campos de refugiados

Não apenas os muçulmanos temem por suas vidas. Por toda a cidade de Bangui pode-se encontrar acampamentos provisórios em que a maioria da população, cristãos e animistas, procura proteção – por medo de um retorno das milícias islamistas ou simplesmente porque não têm o que comer – e espera por doações de alimentos.
default

Ajuda sobrecarregada

O Pastor David Bendima recebeu, na sua igreja, mais de 40 mil pessoas que fugiram dos combates no centro da cidade. Mas ele também não pode garantir-lhes segurança suficiente. “Todas as noites ouvimos tiros e granadas explodindo. As pessoas estão com muito medo”, diz o pastor. Ele parece cansado.

default

Últimas reservas

Chancella Damzousse, de 16 anos, vive em uma aldeia a meia hora de distância de Bangui. Ela prepara o jantar. “Tudo o que resta são alguns grãos de feijão e um pouco de gergelim”, diz a jovem. 15 pessoas terão que se satisfazer com a refeição. Desde que milícias muçulmanas destruíram o lugar há alguns meses e mataram muitos cristãos, a família de Chancella recebeu vários vizinhos.
default

Vítimas, autores, sentinelas

Ao lado da casa de Chancella, há um guarda da milícia Anti-Balaka. Os amuletos em seu corpo o tornam invulnerável contra balas, explica ele. A milícia tomou o controle da região. Seu trabalho é proteger os moradores da aldeia do ataque de outros rebeldes. No entanto, a sua proteção aplica-se apenas aos cristãos – há muito tempo os muçulmanos deixaram o local ou foram mortos.
default

Presença internacional

Sete mil soldados da União Africana e da França têm a responsabilidade de garantir a segurança no país dilacerado. A situação humanitária está piorando a cada dia, no entanto. Em 1 de abril, a União Europeia lançou oficialmente a sua operação militar na República Centro-Africana, com um contingente de até mil homens para reforçar as tropas francesas e africanas por um período de até seis meses.
default
Autoria: Adrian Kriesch/Jan-P. Scholz
DW/montedo.com

9 respostas

  1. Reportagem tendenciosa, mal feita, mais desinforma do que informa…..mistura tudo….enfim…..As tropas brasileiras que chegarão por lá encontrarão um cenário bem diferente daquele do Haiti. Essas "milícias cristãs" aí da "reportagem"…. só foram criadas para a defesa da população cristã já que os muçulmanos criaram uma milícia (que provavelmente jurou fidelidade ao EI OU AL QAEDA) para imporem no país a fé islâmica por bem ou por mal e aplicarem a "Sharia". Os cristãos que não se convertessem ao Islã obviamente seriam mortos. Daí a criação das "milícias cristãs " que a "reportagem" se refere com certo "azedume" e daí a "guerra civil". Se não fosse isso a população cristã daquele pais seria caçada e morta.

  2. Será que deus, alá, ou o diabo que o carregue, caso existissem mesmo, ou fossem tão poderosos assim, seriam tão omissos a ponto de verem seus seguidores sofrendo tanto e tão alienados e ficariam de braços cruzados, apenas observando?
    Ó Deus onde estás
    Que não respondes
    Em que mundo
    Em qu’estrela
    Tu t’escondes
    Embuçado nos céus
    Há dois mil anos te mandei meu grito
    Que embalde desde então corre o infinito
    Onde estás, Senhor Deus?

  3. Realmente situação triste e miserável, mais acredito que o Brasil primeiro necessita se acertar, para depois poder ajudar alguém, só irmos nos rincões do país que vemos a miséria e a fome.
    Realmente o mundo está uma desgraça só.

  4. Vá no Haiti sozinho e diga que é brasileiro e militar do EB,mas dê adeus pra família,antes de ir.Gratidão zero! Muitos dos que forem ,agora, pra África,voltarão em um caixão.E deixará para seus familiares um contracheque ordinário, ridículo, vergonhoso ,vexatório , humilhante e Vagabundo…E os generais fingem que de nada sabem!!!

  5. Infelizmente o país não deve se meter nisso. O país não consegue nem ter o controle sob armas de guerra que passam pelas fronteiras, quanto mais controlar fundamentalistas religiosos sedentos por explodir trens, aviões e ônibus. Não temos competência para arcar com as consequências disso, o país primeiro precisa olhar para si próprio, são 60 mil mortos por ano por causa de criminalidade, números superiores de qualquer país em guerra.

  6. Atualizem seus títulos eleitorais e de seus familiares e votem em Jair Bolsonaro,caso queiram ter um contracheque que não seja esta vergonha imoral que temos,hoje.Não é por amor ao Jair,mas por amor a sua família.Não seja imbecil.General jamais te dará vencimento justo!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo