‘Exército é o mesmo de 1964, mas circunstâncias mudaram’, diz comandante sobre pedidos de intervenção militar

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Fernanda Odilla
Da BBC Brasil em Londres
General Villas Boas em audiência no Senado
Após general revelar que enfrenta um doença degenerativa, especulações sobre sua sucessão escalaram | Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil
O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante-geral do Exército, é um dos responsáveis por assegurar a defesa do país. Ao mesmo tempo, é um homem que trava uma batalha pessoal com a própria saúde.
Em março deste ano, ele revelou, em um vídeo institucional divulgado no YouTube, estar enfrentando uma doença neuromotora degenerativa que afeta a musculatura. Cinco meses depois, com a mobilidade bastante restrita e a respiração mais ofegante, ele tem participado de eventos usando uma cadeira de rodas.
Em entrevista à BBC Brasil, por telefone, o próprio comandante classificou a situação dele como “inaudita”. Mas garante que a saúde mais fragilizada, que contrasta com a imagem de um soldado pronto para a guerra, não é, para ele, motivo para ele deixar o posto. O trabalho, diz ele, o ajuda a enfrentar a doença. Nos bastidores da caserna, porém, já se especula quem será seu sucessor.
Questionado sobre os pedidos de intervenção militar que surgiram em certos setores nos últimos anos, o Villas Bôas foi categórico em dizer que a própria sociedade brasileira é capaz de encontrar uma solução para a crise sem que isso ocorra. “O Brasil tem um sistema que dispensa a sociedade de ser tutelada”, declarou.
O comandante falou também sobre o emprego – e limitações – das Forças Armadas para conter a escalada da violência urbana. Para ele, que mais de uma vez já criticou o uso delas em ações para garantir a manutenção da lei e da ordem em cidades, o Exército nas ruas pode melhorar a sensação de segurança apenas de forma passageira.
E chamou ainda de “alarmistas” os críticos do exercício militar que o Exército fez na Amazônia com a participação de representantes de 20 países.
‘Comandar o Exército me fortalece’
Villas Bôas, de 66 anos, completou 50 anos de Exército.
Aos 16, entrou na Escola de Cadetes em Campinas, para em seguida ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras. Aspirante da turma de 1973, acumulou na carreira importantes postos de comando, como o da Amazônia, e funções mais políticas como a de adido-adjunto na Embaixada do Brasil na China e chefe da assessoria parlamentar do Exército.
Villas Boas numa solenidade oficial
General Villas Bôas tem apareciso em solenidades usando cadeira de rodas | Foto: Reprodução/Twitter
Foi promovido comandante em julho de 2011. Desde então, passou usar as redes sociais para se comunicar com dois públicos diferentes: os militares e entusiastas das Forças e também o público em geral. Ele próprio é ativo no Twitter, mas admite que não posta diretamente. “Mas sempre defino os temas e o espírito da mensagem.”
Villas Bôas se diz frustrado por não poder percorrer as unidades do Exército, mas garante que o exercício da função o ajuda a enfrentar a doença.
“Me fortalece e me anima”, diz, complementando, no entanto, “que não quer dar um caráter heroico ao que está acontecendo”.
O general afirma não ver razão para ir para a reserva e que desde que assumiu publicamente a doença tem recebido “muitas manifestações de solidariedade e apoio”.
‘Linha-dura’ na fila da sucessão do Exército
Após o comandante assumir a doença publicamente, as especulações sobre sua sucessão ganharam corpo.
Há quem acredite que ele esteja resistindo no cargo e enfrentando pressões internas para evitar que nomes mais “linha-dura” e ícones dos “intervencionistas” – como o general Antonio Hamilton Mourão, atual secretário de Economia e Finanças do Exército – assumam o comando da Força.
Foi Mourão quem, ao ser questionado sobre intervenção militar em uma palestra promovida pela maçonaria em Brasília em setembro, falou sobre impor uma ação caso a Justiça não aja contra a corrupção.
Exército patrulha Rio nas Olimpiadas de 2016
Emprego das Forças Armadas não resolve o problema da segurança pública, afirma comandante | Foto: Exército Brasileiro
Mourão, ao lado dos oficiais Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, e Gerson Menandro, da representação brasileira na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), são os mais bem colocados no chamado “Almanaque do Exército”.
O termo refere-se a um ranking de posicionamento dos militares dentro da linha hierárquica, com base na colocação que eles obtêm no decorrer de sua formação e carreira. A posição dentro do almanaque, atualizado mais de uma vez por ano a cada ciclo de promoções, define hierarquia mesmo entre militares no mesmo posto.
Aspirantes da turma de 1975, os três generais cotados para o lugar do atual comandante vão para a reserva em março do próximo ano.
Segundo Villas Bôas, o Exército tem “como praxe” nomear alguém ainda da ativa.
“Realmente não é uma praxe a escolha de oficiais da reserva para voltar para a Força e assumir o comando. A praxe tem sido sempre no sentido de escolher alguém ainda na ativa porque isso realmente fortalece a coesão”, explica.
Mas ele nega estar resistindo no cargo para barrar os colegas.
“Eu diria que especulações nesse sentido estão absolutamente desprovidas de fundamentação. Esses oficiais a que você se referiu, assim como os outros oficiais do Alto Comando do Exército, estão plenamente habilitados a assumir o comando e cumprir um papel tão bom ou melhor que o meu”, diz.
O comandante ressalta a proximidade com esses generais. “Eles estão entre os que mais trabalham pela manutenção da coesão e da institucionalidade do Exército.”
“Essa preocupação, sinceramente, não está presente”, completa.
Perfil para comandar
Dois homens do Exército patrulham o Rio
Para Villas Bôas, estilos diferenciados de liderança não permitem traçar perfil ideal para um comandante do Exército | Foto: Exécito Brasileiro
Villas Bôas também nega ter entre seus nomes preferidos para assumir o comando do Exército o do general Fernando Azevedo e Silva, tido no meio militar como um moderado que desfruta de crédito com a tropa e, ao mesmo tempo, circula bem no meio político.
“O nome do general Fernando surge naturalmente porque ele é o chefe do Estado Maior do Exército. O chefe do Estado Maior é o principal executivo, aquele que implementa as diretrizes político estratégicas que eu, no caso como comandante, formulo. Ele acaba tendo uma visibilidade maior e até, talvez, uma ligação mais estreita comigo”, afirma.
“E ele é perfeitamente habilitado a assumir o comando do Exército, assim como os demais integrantes do Alto Comando. Isso não caracteriza uma preferência”, completa.
Questionado sobre o perfil de um comandante em tempos de crise política, turbulência econômica e apelos cada vez mais crescentes por intervenção, Villas Bôas diz não ser possível traçar características ideais.
“Com relação ao perfil ideal para comandante do Exército, não se pode traçar um perfil considerado ideal, já que os estilos de liderança são absolutamente individualizados. Cada pessoa estabelece seu estilo de liderança de acordo com as circunstâncias, com sua capacidade, com o ambiente e de acordo com os objetivos que ele estabelece. Não há como traçar um perfil para essa função.”
Veículos do Exército
‘Não cabe participar de uma dinâmica de caráter político e de caráter partidário’, diz Villas Bôas | Foto: Exército Brasileiro/Centro de Comunicação
Intervenção militar
Questionado sobre os apelos por intervenção militar agregarem complexidade à missão de comandar o Exército e a tropa de mais de 200 mil homens, Villas Bôas diz que não há nenhuma dificuldade interna e salienta a necessidade de ficar longe das disputas político-partidárias.
“O Exército está coeso e absolutamente consciente de que é uma instituição de Estado e de que não cabe participar de uma dinâmica de caráter político e de caráter partidário”, afirma.
Ele próprio cita 1964, ano em que os militares assumiram o comando do Brasil, para salientar quão diferentes eram as circunstâncias daquela época se comparadas com o momento atual.
“Sempre vêm lembranças relativas ao período de 1964… O Exército continua o mesmo daquele período, com os mesmos valores, os mesmos princípios, os mesmos objetivos, mas as circunstâncias mudaram muito”, diz.
Presidente Michel Temer cumprimenta Villas Boâs que está na cadeira de rodas
Antes de falar publicamente sobre a doença, comandante do Exército diz que comunicou o presidente Michel Temer | Foto: Beto Barata/PR
Segundo o comandante, aqueles foram tempos de Guerra Fria, em que até mesmo a coesão do Exército estava ameaçada. “O Exército estava na eminência de rachar.”
Hoje, afirma Villas Bôas, o país tem instituições amadurecidas. “Tanto que a gente vem nessa crise já há algum tempo e as instituições permanecem cada uma cumprindo as suas funções. O Brasil é um país complexo, tem um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser tutelada. Então ela própria, a sociedade, tem que encontrar os caminhos para a superação dessa crise.”
Solução para o problema da segurança pública
Além de se posicionar contra a necessidade de intervenção militar para resolver a atual crise, o comandante também tem uma visão crítica em relação ao uso das Forças Armadas para conter a violência urbana.
Apesar de considerar natural a expectativa de ver o Exército atuando para garantir segurança pública, Villas Bôas acredita que o problema é mais complexo – e exige muito mais que soldados nas ruas.
“Quero ressaltar que não se pode esperar que o emprego das Forças Armadas, no nosso caso o Exército, vai resolver o problema de segurança pública. Essa é uma problemática que tem raízes muito profundas e decorre de falência, de não funcionamento ideal de vários outros setores da atuação governamental ou até mesmo de responsabilidade da sociedade”, afirma.
“Aí vem o problema da educação e da disciplina social, das quais a nossa sociedade está carente. Vem o problema de falta de alternativa para a juventude e algo que lhes dê uma esperança no futuro.”
“Faço questão de ressaltar que o emprego das Forças Armadas simplesmente não vai resolver a problemática de segurança pública. Pode contribuir? Sim para a sensação de segurança da sociedade, mas isso é passageiro.”
Cena com simulação de atendimento a feridos
Exercício militar na Amazônia com a participação de 20 países simulou ações de caráter humanitário | Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil
‘Alarmistas’ sobre Amazônia
Villas Bôas respondeu às críticas dos que se manifestaram contra um exercício militar inédito, com participação de 20 países, incluindo os EUA, na Amazônia.
“Jamais, jamais tomaríamos uma iniciativa que pudesse colocar em risco a nossa, como você disse, soberania na Amazônia. Estamos realizando um exercício multinacional. É um exercício de caráter humanitário. Visa nos preparar para fazer face a problemas humanitários em áreas remotas com todas as dificuldades logísticas de acesso, por isso foi escolhida a Amazônia”, explica.
Segundo o comandante do Exército, a base montada durante a operação, que aconteceu entre os dias 6 e 13 de novembro, é temporária e será desmobilizada.
Avião do Força Aérea dos EUA
EUA participaram do exercício militar na Amazônia com aviões e observadores | Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil
“Há pessoas com caráter alarmista dizendo que vai permanecer uma base, e isso é absolutamente inverídico”, critica.
Ele diz que o exercício envolveu tropas brasileiras, peruanas e colombianas, além de observadores de outros 17 países, entre eles os EUA.
“Cada país possui um tipo de expertise que dependem das suas condições geográficas. Há países que têm problemas de terremoto, de incêndios florestais, outros problemas de inundação… Os EUA estão com a guarda-nacional e aviões que espargem água para o caso de incêndios florestais.”
BBC Brasil/montedo.com

31 respostas

  1. UTILIDADE PÚBLICA.

    Já alertado anteriormente, mas reitero dica.

    Vc pode ter direito ao acrescimo de 8 meses a cada 2 anos.

    Amparos:
    – Port 466, de 13 Set 01 versando sobre o Adic Permanência (BE 38/2001); e
    – Port 881, de 25 Jul 17, contendo as GU Esp que reconheceu diversas GU. (BE 31/2017)
    ……………………
    Detalhe, de repente, contando esse tempo, Vc poderá ter direito a receber um posto acima ou ao adcional de permanência.

    Passe a dica.

  2. Defesa da população contra a bandidagem, nem pensar né General?…Acórda homem. O País está um caos, está sendo comandado por subversivos, a nossa economia está indo ralo-abaixo, acabamos de levar um calote da Venezuela, por causa de goverrnos comunistas, e o que está no poder não é diferente, pois foi eleito junto com a catreva. Só tem causado dissabores, e denegrido a situação da população vilipendiada. Se o Sr. está bem e confortável, 99,9% da população está sofrendo com as agruras de um governo com denúncias de crimes, um Senado e uma Câmara de corruptos…Fala sério, essa atitude das #FFAA só decepciona esta Nação…afffffff

  3. Certamente não é o mesmo Exército de 1964, a doutrina, a finalidade e a importância foram modificadas, não existem mais Ministros Militares, somente o Ministro da Força, onde jogaram as forças armadas como um órgão, como outro qualquer dos Ministérios.

    A perda maior foi a força política com o fim dos Ministérios Militares, os atuais Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, não poderão se manifestar em nome do poder executivo ou expôr assuntos de relevância dos seus Comandos.

    Resumindo, quem pode exercer o Poder Executivo é o Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

    A situação está muito pior que em 1964, apesar do esforço do Comandante em continuar na esfera política, a realidade é outra. O que se deve fazer é retornar com os Ministros Militares.

    Constituição Federal 1988
    Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.

    § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

    Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

    DOS MINISTROS DE ESTADO

    Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
    Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
    I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
    II – expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
    III – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
    IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.

  4. Quem mudou ,realmente, Comandante? O Zé é que não foi…Continua bandido e livre…

    Concordo plenamente que mudaram.E muito! Em 1964,o exército procurava pelo ladrão do José Dirceu,vivo ou morto.E o cara nem tinha ainda condenação por ter arrombado os cofres do Brasil e ter sido condenado,há mais de 40 anos de cadeia.E hoje? Aonde anda o Zé ? Solto e festando.Realmente,como mudar as circunstâncias…E o pensamento dos generais, também.E muito! Festa,Zé! Arrombar o Brasil agora vale a pena.E muito! Os tempos mudaram,Zé!As circunstâncias mudaram,Zé! E a compreensão sobre roubalheira,institucional,pelo comando do atual Exército,também ,Zé!A tolerância te leva até a festar,na certeza,mais que certeza de que,lá frente terás a Lei da Dilma,a do indulto natalino para te mostrar que Saquearam o Brasil vale muito a pena,Zé…

  5. Deveria dizer a verdade…o Exército é o mesmo, mas os generais…quanta diferença!!

    Se a preocupação do Temer ou mesmo do VB é que ele saindo ficará na sucessão aqueles que ainda respiram a essência e o dever da Contra-Revolução de 1964!!

    Porquê tanta penitência, ponderação
    E omissão??

    Quais os interesses dos que estão no poder em deixar ou manter o VB no Comando do EB??

    O Brasil não resiste a tanta vacilação e prevaricação…estamos nas últimas das últimas…e quem deveria fazer alguma coisa rápida e ágil está andando de cadeiras de todas, desculpe os políticamente corretos, mas não é hora de ser hipócrita!! Não mesmo!!

  6. Mesmo de 1964, aonde? Nem o salário é o de 1964, que virar o resto, quer enganar quem. Nenhum General atual me representa, assim como os políticos desse país.

  7. General Villas Boas não precisava fazer esse papelão de chamar o Aldo rebelo de amigo, ficar comandando doente. Sinceramente, isto é perder a dignidade.

    O cara consegue a 4a estrela, assume o comando da força…tem dinheiro pra viver o resto da vida tranquilo junto à sua família. Pra quê isso.

    Aquela "oração do guerreiro de selva" foi deprimente. Sou um sargentão que adora uma vódka, um Q.Ezão juruna com bicho de pé, relapso. Mas não me prestaria a um papel desses. Imagina se fosse um general de exército.

    1. Chorando por migalhas, militares são assim, só pensam em promoção, conceito, transferência. É por essas e outras que estamos nessa merda, uma promoção, um cala a boca, resolve tudo, parabéns meu camarada, assim vamos longe. Aproveita e pede pelo amor de Deus.

    2. Na certa vc é um S Ten que deseja mais do que tudo sair QAO, pq na certa nem tem onde morar e vive de migalhas puxando o saco. Com coisa que promoção resolve nossos problemas.

  8. Devemos respeitar o Cmt Ex por dever funcional e por imposição da hierarquia e disciplina que decorrem da essência da Adm Pública.
    O Gen GB foi meu Cmt Btl no BIS em Manaus e pensávamos que ao assumir o Cmdo EB iria fazer algo para melhora a situação dos praças.
    Mas o silêncio e a inércia foram totais; nada foi feito por ele.
    Deixou que o EME fizesse essa nova Portaria de promoção de ST e Sgt, que interra ainda mais na lama a vida profissional e por consequência a vida FINANCEIRA dos ST e Sgt CHEIOS DE EMPRÉSTIMOS E DÍVIDAS assumidas para pagar uma boa escola aos filhos, alugar uma casa fora da favela, etc.
    General por que o senhor não faz nada pra melhorar a vida profissional dos praças?
    Bom seria que sua equipe de controle de mídias sociais, ao ler este comentário, o levasse para que V.Ex. se manifestasse. Sabemos que isso nunca ocorrerá.
    Por fim, desejo saúde e paz ao senhor.

    1. Parabéns Sargento Anônimo 15 de novembro de 2017 10:03, administrador de miséria, com certeza se o lobinho não tem dívidas ou empréstimos, é pq na certa não deve ter família e se tiver, com certeza, os filhos estudam em escolinha pública e sofre dentro de casa todo o tipo de privações, conheci vários como vc que vomitavam que não tinham dívidas, mas a esposa ia na casa dos endividados pedir um pacote de arroz emprestado, matando na concha amigo, todo mundo é econômico. Falar é fácil camarada, quero ver quando vc for S Ten em final de carreira com filhos na faculdade, se vai dizer a mesma heresia.

  9. Num Exército de faz de conta é fácil um cadeirante ser o Comandante. Pior remuneração do Estado. Sgt de carreira saindo para a SUSEPE no RS. E agora com edital para 4500 para Soldado PM no RS a um salário de 4800,00 por mês, com direito a 6 horas por dia e hora extra a debandada vai ser geral.
    Vamos servir de Cabo eleitoral do Ministro da Defesa a Governador do estado de Pernambuco, de repente sobra uma boquinha para os Generais no estado em que o Rei é o nosso Lulinha .

  10. Como o EB era em 64 não sei, mas o que sei é que depois de 20 anos da Formatura da EsSA, me vejo como 1º Sgt e percebendo 4 salários mínimos mensais. Acho até engraçado quando ouço alguém dar recomendações sobre os cuidados que devemos ter para garantir boa conceituação para a "carreira" ou outros quesitos que somam pontinhos para essa mesma "carreira". O conselho que dou para todos os jovens que me perguntam sobre a carreira militar é que o sacrifício cobrado diariamente é muito grande e também gratificante, porém, a remuneração não é condizente com tamanho sacrifício e insuficiente para aqueles que possuem família para sustentar.

  11. Nosso EB é o retrato atual de nosso Comandante, estamos na cadeira de rodas quando se trata de salários, tratamento interno, condições de trabalho etc. Enfim somos bem representados por nossos Oficiais que cada dia se parecem mais com os POLÍTICOS que estão aí.

  12. Exército de 1964? A maioria da tropa hj nasceu bem depois disso aí. A mentalidade, doutrina, anseios, a CF, etc…tudo mudou! Algumas coisas para melhor, outras para pior (como o salário). Mas se essa bagunça institucional e a corrupção bilionária continuarem acabando com o Brasil, só por covardia e omissão cega e criminosa as FA não intervirão na polítixa nacional.

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