Varredura do Exército em presídio encontra 775 itens ilícitos

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Varredura encontra 775 itens ilícitos no presídio de Cacoal, diz Exército
Entre os objetos aprendidos estão facas artesanais, aparelhos celulares e drogas. Operação é coordenada por militares em parceria com o Governo do Estado.
17ª Brigada de Infantaria de Selva (Foto: Rogério Aderbal/G1)
17ª Brigada de Infantaria de Selva (Foto: Rogério Aderbal/G1)
Por Rogério Aderbal, G1 Cacoal e Zona da Mata
20/10/2017
Cacoal (RO – Em uma varredura realizada nesta sexta-feira (20) pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva no mini presídio de Cacoal (RO), 775 objetos ilícitos foram encontrados nas celas da unidade prisional. Entre os produtos apreendidos estão diversos objetos cortantes, como facas artesanais, aparelhos celulares e drogas.
Participaram da ação profissionais do Exército, Marinha do Brasil, Força Aérea, Ministério Público Militar (MPM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus).
A ação acontece por intermédio de um decreto presidencial que autorizou o emprego das Forças Armadas nos presídios brasileiros. Em Rondônia, a operação é realizada atendendo uma solicitação do Governo do Estado.
De acordo com o comandante da 17º Brigada de Infantaria de Selva, general José Eduardo de Oliveira Leal, o objetivo operação denominada Príncipe da Beira é garantir a lei e a ordem nas dependências dos estabelecimentos prisionais e detectar materiais ilícitos.
“A nossa missão, segundo o decreto, consiste em localizar materiais ilícitos nas unidades prisionais. Vale ressaltar que não temos contatos com nenhum reeducando, nem visual. Primeiro a Polícia Militar e os agentes penitenciários retiram os apenados das celas, depois a nossa equipe faz a varredura cela por cela. Quando o trabalho é concluído, os apenados retornam às celas”, explica.
Ainda de acordo com o coronel, durante a varredura são usados cães farejadores, detectores de metais e de energia.
“Com nossos equipamentos conseguimos identificar objetos que não são possíveis de serem localizados pelos agentes penitenciários e pela PM durante as revistas. Após a descoberta, todo esse material é retirado a unidade pela PM e os profissionais da Sejus. Depois, os objetos ilícitos como drogas, facas artesanais e ouros são destinados para a Polícia Civil. Já o material proibido como, excesso de TVs ou ventiladores em uma cela são encaminhados para a direção da penitenciária para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, revela.
Após a varredura, foram localizados oito aparelhos celulares, seis chips, dois carregadores, 39 esqueiros, 181 objetos cortantes, 193 pacotes de fumo, cinco barras de ferro, cerca de meio quilo de maconha, e uma porção de cocaína.
Coletiva de imprensa em Cacoal (Foto: Rogério Aderbal/G1)
Coletiva de imprensa em Cacoal (Foto: Rogério Aderbal/G1)
Para o coronel o resultado da operação foi positiva, se comparado o número de apenados com a quantidade de produtos apreendidos.
“ São 775 itens proibidos encontrados, levando em conta que o presídio de Cacoal é de porte médio e comporta cerca de 300 apenados, consideramos que o resultado foi satisfatório, principalmente em razão a quantidade considerável de drogas e objetos cortantes que foram localizados”, relata.
O representante da Sejus, Ederson Cheregatto, a identificação dos apenados responsáveis por produtos ilícitos é muito complicada.
“As visitas humanizadas é o principal meio de entrada desses itens, pois não podemos fazer mais a revista íntima aos visitantes, com isso muitos acabam entrando com droga e outros produtos. Já os celulares, pôr o presídio ficar na região central, as pessoas arremessam por cima do muro os aparelhos que vão parar dentro das celas. Quando conseguimos identificar alguém, o caso é enviado para a Justiça, e as vezes o apenado é punido com a regressão ou aumento da pena”, justifica.
Além de Cacoal, a operação já foi realizada em presídios de Vilhena, Ariquemes e Porto Velho. “Temos um cronograma apresentado pelo governo do estado e nova ações devem ser realizados, porém, por segurança não podemos informar o local e nem a data”, expõe.
Para a ação foram deslocados 321 militares das Forças Armadas e 115 integrantes de órgãos de segurança do Governo de Rondônia.
G1/montedo.com

4 respostas

    1. A PM faz todos os dias no Brasil inteiro. O que ela não faz é uma entrevista coletiva ridícula dessa depois de uma operação insignificante

  1. Eu pergunto: E agora, o crime vai parar, as ordens de dentro do presídio vão acabar e esses Itens deixarão de entrar?? Que nada, tudo volta como antes, diante da corrupção e falta de estrutura de fiscalização das visitas. Presídios que parecem mais um sítio do crime, onde as visitas tem contato direto, podem levar comidas e "presentes", além dos encontros íntimos, que alguns usam para barganhar poder. As autoridades só se fazendo de competentes e os agentes servem como reféns. Até nas guerras alguém sempre lucra muito, imagine nesse descontrole penitenciário brasileiro.

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