Em vídeo, soldado do Exército recebe pisões e terra no rosto. MPF investiga

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Resultado de imagem para 41º Batalhão de Infantaria Motorizado de Jataí
Incidente ocorreu no 41º BIMtz, em Jataí- GO (Imagem: EB)
RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
Em um vídeo que está sob investigação no Ministério Público Federal de Rio Verde (GO), um militar aparece pisando na cabeça, nas costas e jogando terra no rosto de um soldado no chão. A gravação teria sido feita no interior do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado de Jataí, a 327 km de Goiânia (GO).
Nas imagens obtidas pela Folha e feitas provavelmente com um telefone celular, um soldado no chão é coagido a continuar exercícios físicos. O vídeo acompanha uma denúncia anônima feita ao MPF, que instaurou um inquérito civil nesta quarta-feira (18) para apurar supostas práticas de assédio moral, racismo e “até mesmo tortura”, segundo o MPF.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou no início da noite desta quinta-feira (19) em sua conta em rede social que “o ocorrido em Jataí é fato isolado e será apurado com rigor”. “Não aceito a ocorrência de abusos e maus-tratos em nossos quartéis”, escreveu o general.
Em nota à Folha na quarta-feira (18), o Comando do Exército em Brasília já havia informado que o comando do batalhão determinou a prisão, por 72 horas, dos militares acusados por soldados de terem cometido os maus-tratos na unidade militar.
Na representação que deu origem ao inquérito, consta que no ato da apresentação dos novos soldados ao batalhão todos foram instados a dizer se eram “petistas ou defensores dos direitos humanos”. Os que assim se identificaram, segundo a denúncia sob investigação, “passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos”, conforme texto divulgado pelo MPF de Goiás.
O procurador da República que apura o assunto, Jorge de Macedo, disse que a denúncia, feita de forma anônima, veio acompanhada de áudio e vídeo que conteriam indícios dos abusos contra pelo menos quatro soldados. Entre os militares sob investigação estão cabos e sargentos sob comando de um tenente.
A um soldado negro, um dos suspeitos teria dito que “você é preto, feio e não pode mudar isso”.
Segundo o Comando do Exército, além das prisões foi determinada a “transferência interna dos militares que teriam recebido os maus-tratos, para evitar contato entre denunciados e denunciantes, a fim de garantir a correta elucidação do ocorrido”. Também foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar).
“Cumpre ressaltar que a Força Terrestre tem, como um de seus valores, o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como empenha-se rigorosamente para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei”, afirmou o Comando, em nota à reportagem.
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou no início da noite desta quinta-feira (19) em sua conta em rede social que “o ocorrido em Jataí é fato isolado e será apurado com rigor”. “Não aceito a ocorrência de abusos e maus-tratos em nossos quartéis”, escreveu o general.
Em nota à Folha na quarta-feira (18), o Comando do Exército em Brasília já havia informado que o comando do batalhão determinou a prisão, por 72 horas, dos militares acusados por soldados de terem cometido os maus-tratos na unidade militar.
Na representação que deu origem ao inquérito, consta que no ato da apresentação dos novos soldados ao batalhão todos foram instados a dizer se eram “petistas ou defensores dos direitos humanos”. Os que assim se identificaram, segundo a denúncia sob investigação, “passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos”, conforme texto divulgado pelo MPF de Goiás.
O procurador da República que apura o assunto, Jorge de Macedo, disse que a denúncia, feita de forma anônima, veio acompanhada de áudio e vídeo que conteriam indícios dos abusos contra pelo menos quatro soldados. Entre os militares sob investigação estão cabos e sargentos sob comando de um tenente.
A um soldado negro, um dos suspeitos teria dito que “você é preto, feio e não pode mudar isso”.
Segundo o Comando do Exército, além das prisões foi determinada a “transferência interna dos militares que teriam recebido os maus-tratos, para evitar contato entre denunciados e denunciantes, a fim de garantir a correta elucidação do ocorrido”. Também foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar).
“Cumpre ressaltar que a Força Terrestre tem, como um de seus valores, o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como empenha-se rigorosamente para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei”, afirmou o Comando, em nota à reportagem.
Folha de São Paulo/montedo.com

28 respostas

  1. Liçoes nao aprendidas.

    A muitos anos sao ministradas instruçoes de quadros com tantas recomendaçoes antes dos recrutas chegarem e sempre acontece isso.

  2. Bobeira,isso é exército p#$& daqui a pouco vão se sentir amendrontados e vão querer mudar a cor do camuflado pra rosa. Campo de batalha é isso mesmo testar psicológico, físico etc …tudo isso é CULPA da geração y Nutella maldita era da geração digital onde nossos jovens estão se tornando mariquinhas.pelo amor de Deus se esses instrutores forem punidos acabou o respeito do E.B…..

    1. Fui recruta em 1986 (30 anos atrás). Nosso continente foi tratado com muita rigidez. Considero que minha formação foi excelente. Lembro de basicamente, todas as instituições, do básico à qualificação. Não me lembro, nem uma vez sequer, termos dos humilhados. A humilhação apenas demonstra a incapacidade do Instrutor de doutrinar seus Comandados.

    2. Top. Típico de pessoa douta e elucidada. O companheiro do comentário que diz que isso tem que acontecer mesmo é um dos que não contribui em nada para a evolução de um exército profícuo.

  3. Impressão minha ou um dos militares até sem uniforme estava?
    Não sei o q se passa na cabeça de algumas pessoas.
    E não há argumentos que justifique, esse tipo de ação não forma um melhor combatente, não corrige e disciplina o transgressor.
    Que sirva de lição.

  4. Sou contra este tipo de ato desumano, isto é praticado por bandido não por irmãos de armas como diz o nosso juramento como militar. O tratamento com bondade para com o subordinado ficou muito a quem do que diz o juramento. Isto também é abuso de autoridade. É um verdadeiro crime, pegar um filho de uma família criado com sacrifício muitas vezes levando para médico, muitas vezes com falta de alimento. Sou do Exército, mais isto eu sinto como se fosse para comigo. Onde está o sentimento humano. Não vivemos na época da pedra, todos temos cultura. Não é por que se trata de subordinado. O soldado é para defender a Nação, inclusive defender a família desse camarada que fez isto.

  5. Galera que gosta de ser "rambo", fiquem atentos. este Cmt já era a carreira dele. Passar o comando e reserva. Igual ao Cmt do caso da onça Juma, perdeu a carreira não saiu general.

  6. O que comentar sobre uma coisa dessas? Seja quem for, além de sádico e imaturo, é burro ou bobo. Assisti isso no Bom Dia Brasil… passei o dia ruminando o que vi. O danado é que um monte de gente se sacrifica e se esforça para bem representar a instituição, então vem um cara desses e joga tudo no ralo. É danado… é danado, viu.

  7. Sou 1º Sgte já ouvi muitos, mas muitos relatos de abusos praticados por oficiais e praças em todos os quartéis que passei. Hoje, mesmo estando trabalhando em uma Seção, durantes minhas rondas e permanências, eu converso com os soldados que estão no seu quarto de hora, e os outros que estão tirando serviço junto comigo.
    Os soldados aceitam passar por este tipo de humilhação, pois muitos querem, ao final do ano, concorrer às poucas vagas para engajamento, ou muitas vezes não tem a quem recorrer para pedir um auxílio, pois o RDE praticamente impede qualquer tipo de manifestação de um recruta. Eu já fui soldado e passei muito por este tipo de humilhação. Mas não há muito o que fazer, pois em muitos casos, e disto eu sou prova viva, o militar que comete o abuso é o Cabo, Sd Antigo, Cmt do GC ou do Pelotão do Soldado, e aí, como ele vai se defender?
    Para falar com o Cmt Cia, ele precisa da autorização do transgressor, e como ele é recruta, muitas vezes ele é taxado de mentiroso, e pode inclusive ser punido. Mais uma vez me cito como exemplo, quando uma vez fui falar com o cmt da minha companhia sobre a atitude de um sargento e ele me disse para eu ir "chorar pra minha mamaezinha", e me deu dois dias de pernoite (os mais antigos se lembram deste tipo de punição).
    Não há muito o que fazer, enquanto o Exército for regido como um feudo, os senhores feudais sempre estarão com a razão. E aos servos, digo soldados e praças em geral, caberão apenas a opção de obedecer as ordens dos "superiores". E principalmente os recrutas, cujo regime de servidão assemelha-se muito ao trabalho escravo, sua situação piora, pois muitas vezes eles não tem o conhecimento e nem acesso ao canal de comando para se defender.
    A sociedade tem que reagir, e exigir do Congresso Nacional o fim do serviço militar obrigatório, pois caso contrário, estes desmandos continuarão a perpetuar.
    Vejam bem senhores pais, vocês gostariam de ver seu filho trabalhando o dia e a noite inteira, colocanco sua vida em risco, e no outro dia ter que cumprir expediente até à hora em que o Comandante do Quartel liberá-los?
    Aqui no quartel onde sirvo, não foram poucas as vezes que o soldado tirou serviço armado durante a noite toda, dormindo apenas duas horas na noite num alojamento cujo ar condicionado foi proibido de ser usado pelo fiscal administrativo, e no outro dia tiveram que ficar no quartel até tarde da noite, SEM DIREITO AO JANTAR, por motivo de faxina, incendio no quartel, treinamento para formatura, etc.
    E isto ao final do mês, o soldado recruta ganha MENOS DE UM SALÁRIO MÍNIMO.
    Se você, pai ou mãe, não quer que seu filho passe por isto, lute para acabar com o serviço militar obrigatório.

  8. "Esse e o exército de almas esquecidas,os homens vão para este lugar esquecido de Deus para esquecer e serem esquecidos, os homens vem para cá para aceitarem as agruras do deserto e as terras más, para ficar sem comida e sem agua e para rir de tudo…seus colegas lutarão e morrerão ao seu lado,outros tomarão seus lugares e vocês estão aqui pra ficarem até que o sopro agonizante na garganta os abandone… "

    Cmt Narciso

  9. Com o aumento no número de oficias e sargentos temporários a tendência é o aumento dessas situações, o camarada se forma num curso rolha, sem nenhum comprometimento com a Força, fazendo aquilo que dá na telha … o último apague a luz…

  10. Como bem falou o Comandante, é apenas um caso isolado, porém, denigre a imagem da instituição perante a opinião publica, o caso em tela é um absurdo dos absurdos, pois, parece que o cidadão nem na instrução estava, parece que estava a paisano, cadeia para ele é pouca. Quanto ao Comandante da OM, tenho quase certeza que as varias reuniões tratados sobre como lidar com os recrutas, feitas por ele. Cabe ressaltar que isso não torna o soldado melhor e nem pior, já fui instrutor por quatro anos e sei que existem outras formas, adequadas para instruir bem os recrutas, dentro dos programas de instruções. Por fim, lamento que tal fato aconteceu dentro de um Batalhão, a sociedade considera que é uma pratica recorrente, o que não é verdade.

  11. Tortura maior é o soldado tirar um serviço de 24h de sentinela,sendo duas horas no posto,duas na força de reação e duas dormindo (a noite).e no dia seguinte reforçar o Pelotão de obras e abraçar a Faxina.

  12. Temos que lembrar que o serviço militar é obrigatório, tenho certeza que isso não faz parte da instrução militar, não existe no manual de instruções este tipo de conduta.

    Independente de ser temporário ou de carreira a conduta deve ser a mesma. A única ressalva se estiverem na mesma instrução os militares de carreira e os temporários, o grande prejudicado será o de carreira, principalmente se for mais moderno, sua carreira pode ir para o espaço.

    O serviço militar deveria deixar de ser obrigatório, se o instruendo não gostar da atitude de algum instrutor era somente pedir desligamento.

  13. Na minha época de escola de sargentos da FAB, no acampamento com os "bicharal"(1ª série), tinha um pequeno lago com uma água fedorenta que era obrigado a entrar rastejando. Os que evitavam mergulhar a cabeça, tinha o "incentivo" da bota do instrutor. Nada exagerado como tortura ou agressões. Foi diversão pura, sem falar na recepção, que era uma barraca de gás lacrimogênio,onde todos passavam já cansados e correndo. Era apenas mais uma etapa de preparação e voltávamos cheios de lama, cantando e sorridentes, o que rendia muitas estórias e gozações.No caso em questão, só as investigações vão determinar para o que estavam treinando e se as "agressões" são rotineiras. Também estranhei que o instrutor aparenta estar em trajes civis.

  14. Infelizmente isto não ocorre somente no Brasil.É uma prática antiga e que ocorre com uma certa frequência.Quem nunca presenciou ou até foi vítima de condutas abusivas e humilhantes por parte de seus superiores nos quartéis da vida está mentindo ou vive socado numa salinha com ar condicionado ,com a mesma turminha, so na base do "coffee brake" e dos "bisus "!

  15. Este caso serve para refletir sobre duas coisas: serviço militar obrigatório e voto obrigatório. Ambos deveriam mudar.
    Também dizer que eles filtram os recrutas perguntando se é petista ou defensor dos DH é oportunismo na matéria. Recrutas não têm discernimento e nem estão "ligados" nestes assuntos.
    Eles aplicarem esse tipo de instrução em quem quer ser voluntário é até aceitável, pois o cara é masoquista, problema dele; mas fazer isso com um recruta que está ali obrigado, normalmente filho de pobres, sem quem brigue por ele, é simplesmente covardia, e feita também por alguém igualmente pobre. Mas, a meu ver, o EB tem responsabilidade nisso, pois acontece dentro da instituição, porém isso só acontece por erro da pessoa que está aplicando a instrução, que já é má por NATUREZA, talvez com tendência a ser criminoso. É aquela história de ser um chefe e de ser um líder, há muita diferença nisso. E não acho que alguém vá resolver esta situação, porque comandante não é onipresente. Só Deus mesmo!

  16. Concordo com o Sgte das 00.17. É isso mesmo, o sistema não dá voz ao recruta, é complicado. Urge acabar com o serviço militar obrigatório, vai ser melhor para todos.

  17. Teve um cidadão dizendo que isso é coisa de Exército e mais um monte de asneiras. Só pode ser paisano, pois militar de verdade não pensaria assim. A exigência e o rigor devem existir sim, mas em momentos pré-determinados (instrução e treinamento físico militar por exemplo). Agora estar vestido à paisana e pisar a cabeça de um soldado em posição de flexão pode ser normal com jihadistas do estado islâmico ou qualquer outro grupo terrorista. Acredito que nem no CAC deve ter algo similar. Agora se é militar que comentou, deve ser um daqueles que nunca deixou dez flexões e agora fica pagando de Rambo, Bradock ou sei lá quê.

  18. Isto é incrível, ponham pétalas de rosas e não barro, perfume é não lacrimogêneo. Geração Avon. Não chame de guerreiro, o chame de princesa.

  19. Realmente vendo o vídeo consigo entendeu que o milico a paisana cometeu tortura. Se esse militar que passou por isso tivesse ingerido terra e sei la até chegasse a sofrer sérios danos a saúde e danos psicológicos? A coisa seria bem pior. A ordem no quartel onde sirvo é ficar longe de recrutas e quem estivesse em contato direto com eles são muito bem orientados a evitar qq tipo de trote ou maus tratos. Mas a consciência é de Ada instrutor e monitor pq são eles que ficam o dia todo com os recrutas e a fiscalização não consegue estar o tempo todo encima dos fiscalizandos. Então que sofram as penas da justiça sem dó.

  20. Ja dizia a música: você com a divisa na gola é um lobo feroz, qdo ta sem a gandola do lado de fora, sapateia e a té muda de voz !!!

  21. Eu quero ver o EB ser transparente nesse caso. Isso não é uma questão pontual, é um resultado de um processo. Não sei como está agora mas será que a abordagem das Siesp mudou? O boy entra no EB, é humilhado, esculachado, perde tempo com faxina e honestamente não sei se sai proficiente do ponto de vista técnico. Me lembro até hoje que durante o início do curso básico da EsSA o mesmo cmt de SU que era instruído a oferecer os cursos de idiomas do CEP aos alunos, já falava que não teríamos tempo para fazê-lo.. PQP! Que mentalidade. O engraçado é que quando vc vai para fora, seja EUA, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Turquia e Africa do Sul vc não percebe essas baixarias… E os caras estão mobilizados… Estive uma vez na Turquia e em função do tempo para conexão a cia aérea ofereceu hospedagem aos passageiros. No grupo tinha um TC austríaco e ficamos conversando. Ele comentou que todos na Áustria começam como soldados. Todos. Nos EUA somente 15% dos militares dos US Army saem de west point. O cara para entrar na academia precisa ter várias recomendações, demonstrar excelência em alguma coisa… O restante dos oficiais saem do CPOR (4 anos) na própria faculdade ou da Escola de Candidatos a Oficial (OCS) que recruta no universo de praças até 3sgt. Mas aqui no Brasil não… Se mantém EsPCEX, AMAN, não existe mobilidade entre praças para o oficialato e o sistema forma isso aí..
    Uns aspiras que querem descer a porrada, fazer justiça, os leões da ala.. e aí dá nisso… A propósito, e o Vinícius Ghidetti?

  22. Enquanto a sociedade NÃO acabar com essa aberração chamada "Serviço Militar Obrigatório", continuará a acontecer esses fatos cotidianos, digo, "isolados". ST Mat Bel Turma 1995.

  23. Deve haver muito rigor nas instruções. Mas atitudes assim, sem finalidade de treinamento, perde-se a liderança, que é essencial na nossa profissão.

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