Exército deve combater crimes cibernéticos nas próximas eleições

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Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
A Justiça Eleitoral e o Exército pretendem firmar um convênio para atuar em conjunto no combate aos crimes cibernéticos nas próximas eleições. O tema foi debatido hoje (10) em uma primeira reunião entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.
“Como a nova legislação vai jogar, nas próximas eleições, muito peso nas redes sociais, é fundamental contar com um comitê que se preocupe também com os crimes eleitorais cibernéticos”, disse Jungmann antes da reunião, convocada por Gilmar Mendes e realizada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o ministro, o Exército é uma das instituições mais bem equipadas para atuar no combate a crimes eleitorais cibernéticos e por isso foi chamado pelo TSE.
“Vamos nos deparar com a nova legislação, temos esse novo modelo, o crowdfunding [financiamento coletivo], que temos que tomar todo o cuidado”, disse Mendes. “Teremos que fazer o monitoramento quase que online [em tempo real] de todas as doações.”
Combate a ações do crime organizado
Além do campo virtual, o Exército deve intensificar sua atuação nas ruas. Uma das preocupações é com o que Jungmann disse ser uma tentativa do crime organizado em implantar um “Estado paralelo”, em especial no Rio de Janeiro.
“No Rio é onde você tem mais bem acabado o Estado paralelo, o Estado criminoso, dominado pelo crime, com o controle do território. Que coloca criminosos e captura o Estado para exatamente levar adiante suas atividades criminosas”, afirmou o ministro da Defesa.
Como exemplo, Mendes disse haver diversos casos em que traficantes de drogas impedem a entrada de candidatos nas comunidades em que atuam, além de financiarem seus próprios candidatos com recursos ilícitos, obrigando a população dessas áreas a elegê-los. Uma vez eleitas, essas pessoas atuam inclusive na indicação para cargos na área de Segurança Pública, completou Jungmann.
Com o fim das doações de empresas para as campanhas, o presidente do TSE voltou a expressar preocupação também com a “caça a CPFs [Cadastros de Pessoa Física]”, quando pessoas físicas são cooptadas a fazer doações em seu nome, mas usando dinheiro do crime organizado.
Segundo Mendes, a intenção é, a partir de agora, realizar reuniões semanais para discutir a segurança e o combate ao crime organizado nas eleições, incluindo a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e de outros ministros de Estado, como Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Torquato Jardim (Justiça).
Edição: Lidia Neves
Agência Brasil/montedo.com

9 respostas

  1. Até nisso, "Severinos"?! Pensando bem… se o trabalho for bem feito, podem desmascarar as urnas "invioláveis"… ou não. Ficar só monitorando redes sociais é servir de terceirizado para o TSE. E a PF? Os militares foram chamados para a área de segurança; foram chamados para consertar rodovias de responsabilidade do DNIT; foram chamados para operações do IBAMA; foram escalados nas fronteiras com poder de polícia;foram chamados para revistar presídio; foram chamados para evitar invasões no palácio do governo. Quando chega a vez deles para terem uma reposição da inflação nos salários e melhorias na carreira, viram as costas e falam mal deles. Então… já estão prontos. Basta carimbar. Ficar sendo usados como garoto-propaganda desse governo fajuto, é que não pode.

  2. Vão no máximo impedir campanhas antes do tempo e perseguir quem "caluniar" este ou aquele candidato ou partido.
    Agora… prender milicianos e traficantes que já começaram a carnificina contra potenciais oponentes políticos… isso pago pra ver!

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