MPM arquiva ação contra comandantes do 7° Batalhão de Polícia do Exército
Procurador não viu indícios de conduta irregular em uso pessoal das instalações do batalhão do Exército
Subordinados ouvidos como testemunhas negaram terem sido coagidas a bancar custos de confratenizações do quartel. Foto: Jander Robson/freelancer – 21/jun/2017 |
Kelly Melo
Manaus (AM) – O Ministério Público Militar (MPM) decidiu arquivar o procedimento investigatório que apurou uma série de irregularidades supostamente praticadas pelo comandante e subcomandante do 7º Batalhão de Polícia do Exército (BPE), Ricardo Yoshiyuki Omaki e Raul José Vidal Junior, respectivamente. As denúncias levadas ao MPM indicam desde o uso de viaturas do quartel para benefícios pessoais, como para passeio em boates, até a utilização do consultório odontológico por civis, que não possuem nenhuma ligação com o Exército Brasileiro no Amazonas. O caso começou a ser investigado em junho deste ano.
As investigações duram três meses e 19 testemunhas, entre soldados e oficiais do BPE, foram ouvidas no decorrer do inquérito. Mas, de acordo com o procurador da Justiça Militar José Luiz Pereira Gomes, não foram encontrados indícios mínimos de irregularidades administrativas ou de crime militar. Os advogados que protocolaram a denúncia prometem recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para levar o procedimento adiante.
De acordo com o MPM, a maioria das testemunhas negou ter sido coagida pelo comando ou obrigada a pagar e participar de confraternizações dentro do quartel. Outras duas testemunhas também negaram ter levado o coronel Omaki a uma casa noturna, no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, em uma viatura do batalhão. “Eles negam terem conduzido o comandante do 7º BPE à denominada boate (…). É importante frisar que é de conhecimento público que não se trata de uma boate, mas de um bar ou choperia, localizado em um bairro nobre da capital, à beira da pista em avenida bastante movimentada (…)”, destacou o procurador em seu parecer.
Quanto à denúncia mais grave, de que a esposa do comandante (que não é militar) utilizaria o consultório odontológico do quartel para atender pacientes particulares, o procurador também não detectou irregularidades. Nos autos, as testemunhas confirmaram que a esposa do comandante atendeu três pacientes no quartel, mas relataram que esses mesmos pacientes eram familiares de militares, que não conseguiram marcar atendimentos no Hospital Militar e que teriam direito de usar as instalações de saúde do batalhão. Esses atendimentos teriam sido realizados voluntariamente.
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CNMP será acionado
Os advogados dos militares que protocolaram a denúncia não concordaram com a decisão do Ministério Público Militar (MPM) em arquivar o procedimento investigatório e prometeram levar o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), para levar a denúncia adiante.
Chefes do comando negam perseguição a militares
O comandante do 7º BPE, Ricardo Yoshiyuki Omaki, e o subcomandante, Raul José Vidal Junior, também foram ouvidos durante o procedimento investigatório. Em seu depoimento, Omaki negou ter ido à casa noturna em uma viatura e que nunca utilizou veículos do quartel para para atividades particulares. Ele confirmou que a esposa realizou três atendimentos no consultório do quartel e que os pacientes foram a esposa de um coronel que estava sendo transferido para Brasília, a filha de um general e o subcomandante da BPE, por necessitarem de reparações de um especialista. Segundo ele, os atendimentos foram gratuitos ou pagos através de uma guia de recolhimento da união (GRU).
Já o subcomandante, Raul Junior, afirmou que nunca recepcionou a esposa do comandante no portão da guarda e que não a escoltou até o consultório. Ele também negou que haja perseguição aos militares e que nunca determinou que subordinados pagassem suas contas particulares. Sobre os coletes balísticos estarem com validades vencidas, o comandante e subcomandante informaram que tiveram ciência do problema e que os equipamentos já estão sendo substituídos.
acrítica/montedo.com
Quem faz a denuncia, tem que ta embasado, documentado, videos, fotos, etc …
BE 40 – Portaria que regula a denuncia anônima.
Quero ver algum fanático agora dizer que no exército nao existe impunidade
Não existe perseguição dentro do Exército…o que existe é carinho, amor e uma leve inclinada no rabicó na hora de prestar continência
A sana da imprensa em fazer denúncia sem a devida apuração com o intuito de acabar com a reputacao das pessoas, seja ela quem for. Imaginem o desgaste do militar e de sua família ao serem acusados sem provas.
MPM? Eles nunca veem nada. Normal. Alguém já viu condenação de oficial denunciado pelo MPM?
MPM so pune oficial quando a coisa é muito seria mesmo e a midia já tomou conhecimento. Fora isto, MPM so pune com rigor mesmo Praças.
A melhor maneira de evitar esse tipo de situação é acabar com esse negócio de festinha de quartel: quer confraternizar, convida (não escala) os amigos para sua casa, clube, chácara…arruma um espaço privado e não fica associando isso à caserna.
Quer se aproximar do subordinado, vai almoçar no ranchão de vez em quando! Não precisa criar evento que vai acabar virando missão.
O contribuinte não paga FA para fazer festa: isso é reflexo errado de um tempo em que ser militar era chique e ninguém estava preocupado com profissionalismo, muito menos com ética no emprego dos recursos públicos (isso inclui a mão de obra dos subordinados).
MPM é, e sempre será uma piada de mal gosto, não conseguem apurar nada, Ridículo.