Comandante do Exército reúne generais e fala em ‘coesão’

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O general Villas Bôas às vésperas da Olimpíada Rio-16

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, anunciou nesta terça-feira (26) em rede social que se reuniu no Rio de Janeiro com generais “da ativa e da reserva” com o objetivo de “orientar, pessoalmente, os integrantes do Exército”. À mensagem, o comandante adicionou a hashtag “coesão”.
Segundo texto divulgado pelo CML (Comando Militar do Leste), participaram do encontro três ex-comandantes do Exército e o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) nos dois mandatos do governo Lula (2003-2010), Jorge Félix.
Villas Bôas também divulgou uma foto do encontro. A reunião não está entre as notícias divulgadas à imprensa pelo Comando do Exército em seu site, e a agenda do comandante desta terça-feira também não foi divulgada publicamente no endereço. A última agenda disponível é a do dia 21 de setembro.
A Folha solicitou ao Exército às 18h24 acesso ao discurso proferido pelo comandante e a todos os registros de áudio, vídeo e escritos da reunião, mas não houve resposta até a publicação deste texto. A reportagem também pediu o número de participantes, o local e a duração do encontro. No canto esquerdo da fotografia postada por Villas Bôas é possível ver a inscrição “Comando Militar do Leste”, sediado no Rio.
Villas Bôas é ativo na rede social, com 25,9 mil seguidores.
No site do CML na internet, o Exército postou um texto curto, narrando que houve uma “recepção” ao comandante Villas Bôas às 10h30 desta terça-feira. Segundo a publicação, participaram do encontro o chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva, o chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, general Mauro Cesar Lourena Cid, e o comandante do CML, general Walter Souza Braga Netto, “acompanhados por demais oficiais generais da ativa”.
Conforme o CML, além de Jorge Félix participaram do encontro três ex-comandantes do Exército, hoje na reserva, Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Gleuber Vieira e Enzo Martins Peri, e o ex-ministro dos Transportes Rubens Bayma Denys, entre outros oficiais da reserva.
A reunião ocorre em meio à polêmica gerada por declarações do general Antonio Hamilton Mourão sobre “impor uma solução” e “intervenção” militar na crise política no país, dadas em uma reunião em loja maçônica do Distrito Federal no último dia 15 de setembro. O oficial está na ativa e ocupa alto cargo na administração do Exército, na condição de secretário de economia e finanças do Comando do Exército.
Dias depois, o comandante Villas Bôas disse em entrevista ao programa de entrevistas de Pedro Bial, na TV Globo, que Mourão não seria punido pelas declarações. No mês de março, conforme a Folha revelou, Villas Bôas também proferiu palestra à mesma loja maçônica.
Sobre a controvérsia, o centro de comunicação social do Exército divulgou no último dia 21 a seguinte nota:

“1. O Exército Brasileiro é uma instituição comprometida com a consolidação da democracia em nosso país. 2. O comandante do Exército é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional da Força e tem se manifestado publicamente sobre os temas que considera relevantes. 3. Em reunião ocorrida no dia de ontem [20 de setembro], o comandante do Exército apresentou ao Sr. Ministro da Defesa, Raul Jungmann, as circunstâncias do fato e as providências adotadas em relação ao episódio envolvendo o general Mourão, para assegurar a coesão, a hierarquia e a disciplina. 4. O Comandante do Exército reafirma o compromisso da Instituição de servir à Nação Brasileira, com os olhos voltados para o futuro”.

Folha de São Paulo/montedo.com

13 respostas

  1. Bom dia,
    1.
    Enquanto os traficantes – não só do RJ – matam, roubam, destroem famílias inteiras, através do narcotráfico e do aliciamento de menores;
    2.
    Enquanto políticos safados – a grande maioria – matam, roubam e destroem famílias inteiras através da corrupção;
    3.
    Enquanto "empresários" enriquecem, roubam, matam famílias inteiras através da corrupção e do suborno;
    4.
    Enquanto grande parte dos "brasileiros" não cumprem a lei e são desonestos…
    Os militares envolvidos nas operações de GLO – com risco de vida eminente – devem entrar com tudo – como diz na gíria futebolística: "de sola", na marginalidade, nos safados e corruptos e não ficar dando explicações para uma imprensa comprada. tem que ter atitude. Ou então que se recolham para os quartéis para fazer faxina, formaturas e coturnos brilhando. Os Generais Mourão e Heleno, esses eu admiro.

  2. Coesão = Significado : Deixar os políticos fazer o que bem entenderem com o país… Não sou à favor de intervenção, mas o Gen Mourão está certo. Já passou dos limites. Ainda somos colônia não de Portugal, mas da corrupção que infelizmente assola o povo e a garantia dos direitos constitucionais que nós temos a obrigação de defender.

  3. Tem jornal que pensa que as FFAA tem que ficar prestando contas e informações de suas atividades. Cada um no seu quadrado. Achei até errado quando divulgaram, oficialmente, que as FFAA iriam cercar a favela. Tinha que ser feito sigilosamente, de surpresa e só depois divulgar o que estava ocorrendo. Pedir coesão, união e boca fechada dos generais é fácil. O difícil é exigir respeito do governo para com as FFAA. Que cumpram a Constituição Federal e as decisões judiciais, não cumpridas, que beneficiaram os militares. Já passou da hora de avisar aos que governam esse país, que não fiquem brincando e debochando dos militares pois o limite da paciência já chegou.Quando não se sabia exatamente o que ocorria, ainda dava para dar algum crédito ao governo, mas depois de todas essas denúncias, prisões, condenações e investigações, descobriu-se que a falsa moral dos políticos não tem limites e não vão parar de utilizarem os militares como bode expiatório.

  4. Enquanto isso,a tropa está coesa na destruição financeira familiar e no abandono e omissão de quem é pago para nos representar.Tá tudo dominado! A idéia da esquerda criminosa que domina o Brasil do ARROMBAMENTO a céu aberto ,dos cofres do povo,é desmoralizar e desmotivar as Forças Armadas e seus componentes.Parabéns à classe política mais bandida da face da terra: a brasileira! Conseguiram!!! Uma vergonha a postura de quem nos comanda,sabendo da miséria financeira da tropa, e absolutamente nada de efetivo faz.Uma vergonha nós nos sujeitarmos à GLO,no Rio,por exemplo, recebendo a miserável e ordinária quantia R$ 30,40,50 reais ,ao dia de risco.Omissão e descaso são as atividades de quem nos comanda.Indignação e sentimentos de abandono e revolta é o que nós resta.Deplorável!

  5. Esse país só oferece futuro pra criminoso e vagabundo em geral Sr Comandante. Não me venha com discurso politicamente correto enquanto o povo leva um tapa na cara por dia dessa cambada de lixo que está roubando o país e rindo nas nossas costas. Quem cumpre a lei e é trabalhador aqui nessa república de oportunistas só serve pra pagar a conta!

  6. Cadê a reestruturação da carreira no EB? Cadê aux moradia? Cadê adicional de tempo de serviço? Cadê o pagamento da LÊ que o STF deu para seus generais? Enfim…parem de encher linguiça e reparem a M…que fizeram com a carreira militar desde o Pacote do Mal feito na época do Gal Glauber!! Outros companheiros podem aí completar outros benefícios que perdemos…

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