Míssil norte-coreano sobrevoa Japão e eleva risco de guerra no leste da Ásia

NKOREA-MILITARY-US
Governo japonês reage com irritação à manobra – que não ocorria desde 2009 – e aciona protocolo de segurança para habitantes da Ilha de Hokkaido
Coreia do Norte - Kim Jong-un
A tensão entre a Coreia do Norte e os EUA tem aumentado em razão das trocas de ameaças
Foto: AFP PHOTO/KCNA VIA KNS
TÓQUIO – Em uma nova ação de seu programa balístico, a Coreia do Norte lançou na manhã da terça-feira, 29 (no horário local) um míssil que sobrevoou o território japonês e ampliou as tensões no Leste da Ásia. O governo japonês reagiu com irritação à manobra – que não ocorria desde 2009. O projétil sobrevoou a Ilha de Hokkaido e se desmanchou em três partes antes de cair no Oceano Pacífico.
Em rápido pronunciamento à imprensa, o premiê japonês, Shinzo Abe, prometeu tomar os maiores esforços para proteger o público japonês. O sistema de alertas de antimíssil do governo japonês, que orienta a população a se proteger em situações como essa, foi acionado. As Forças de Autodefesa do Japão não abateram o projétil.
“É uma ameaça grave e sem precedentes para o nosso país”, disse o chefe de gabinete de abe, Yoshihide Suga. O ministro japonês afirmou que o teste é uma grave violação das diretrizes das Nações Unidas e pretende trabalhar com a Coreia do Sul para responder a ele.
De acordo com os militares sul-coreanos, o míssil partiu na direção do Mar do Japão, também conhecido como Mar do Leste, e sobrevoou o território japonês na Ilha de Hokkaido, a mais setentrional do arquipélago. O Pentágono também confirmou a informação.
“Nós podemos confirmar que um míssil lançado pela Coreia do Norte sobrevoou o território japonês”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa americano, coronel Robert Manning. “Os Estados Unidos estão examinando as informações, mas o míssil não representa uma ameaça para a América do Norte.”
Os mísseis foram lançados às 5h58 da manhã de terça (horário do Japão). Um deles sobrevoou Hokkaido às 6h50 da manhã. O míssil voou 2,7 mil quilômetros antes de cair no Pacífico. O lançamento ocorre dias depois de a Coreia do Norte ter feito testes com mísseis de curto alcance – considerado por analistas uma resposta aos exercícios militares anuais conjuntos que a Coreia do Sul faz com os Estados Unidos e sempre eleva a tensão na região. Lançamentos de mísseis sobre o território japonês, no entanto, são raros e ocorreram apenas duas vezes nos últimos 20 anos: em 1998 e em 2009.
Recentemente, o embaixador da Coreia do Norte na ONU, Ja Song Nam, disse que os exercícios conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul eram uma agressão e a Península Coreana é uma “bomba relógio”.
No final de julho, o país testou um míssil balístico intercontinental (ICBM) e ameaçou atacar a Ilha de Guam, um território americano no Pacífico, depois de obter a capacidade de miniaturizar ogivas nucleares.
Kim Jong-un disse na ocasião que o míssil destinado a atingir Guam sobrevoaria o Japão durante o voo. O trajeto descrito pelo regime, no entanto, incluía províncias mais ao sul, como Hiroshima. Nos últimos dias, no entanto, os norte-coreanos deram sinais de que tinham desistido da ameaça ao prometer “observar os yankees por um pouco mais de tempo”.
Durante a troca de ameaças com Kim Jong-un, o presidente americano, Donald Trump, prometeu responder com “fogo e fúria” à ameaça do regime. “Coisas impensáveis acontecerão com eles se atacarem os Estados Unidos ou seus aliados”, disse.
Pressão
Apesar da retórica agressiva, com o auxílio da China, os Estados Unidos têm trabalhado para ampliar a pressão contra a Coreia do Norte.
No começo do mês, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções contra Pyongyang, que implicam uma queda de até US$ 1 bilhão por ano as receitas que o país obtém com exportações.
Segundo o texto, negociado entre EUA e China, o governo norte-coreano não poderá exportar, direta ou indiretamente, carvão, ferro, chumbo e produtos de pesca.
“Todos os países deverão garantir que suas empresas e cidadãos não adquiram esses produtos de setores-chave da economia norte-coreana”, diz o texto.
Na sexta-feira, o Japão colocou em vigor o bloqueio a empresas que compram matéria-prima norte coreana. / AP,WPOST, NYT e REUTERS
O Estado de S.Paulo/montedo.com

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9 respostas

  1. Centenas de velhos generais frouxos nas mãos de um cabeça oca, que faz o que quer e não tem um macho pra tirar esse cara do poder. Como pode isso ????

  2. Esse sujeito vai acabar causando uma guerra, na qual vão morrer milhões e esses babacas do lado dele, são todos bananas. Homens velhos e covardes, comendo na mão desse baixinho que não teve infancia e quer bincar de guerra.

  3. Esse ditador, o "Ping Pong", conseguiu feitos tecnológicos mais que o Brasil em séculos, acrescentando as restrições de importação impostas pelo mundo.

    O certo que a sua demonstração de força deve ter consumido em torno de 80% de equipamentos bélicos de difícil reposição.

    Não entendo até hoje a necessidade de tanta agressividade por parte da Coreia do Norte, o mundo não suporta mais tanta agressividade por qualquer motivo, os recursos que são aplicados nas forças armadas para o pessoal e material, deveria ser revertido para toda a população.

  4. E o que a ONU fez? Blá, blá, blá. Não serve para quase nada. Só obedece quem tem medo das grandes potências nucleares. Quem tem bomba, manda, e quem não tem, obedece. E o Japão? Disseram que detectaram o míssil com as baterias de interceptação, mas preferiram não fazer nada, só reclamar. Na próxima vai cair um em cima deles.

  5. A cada míssil lançado e não interceptado, o baixinho doido fica mais feliz e mais valente, achando que todo o mundo está morrendo de medo deles, igual ao ditador da Venezuela. Os japoneses disseram que detectaram o míssil mas decidiram não derrubá-lo(?).Os próximos podem cair, até por acidente, sobre eles. Bastaria apenas uma retaliação, já que a ONU e a China não demonstram força, e o idiota da Coréia do Norte ia borra as calças.

  6. É muito ridículo ver um bando de velhos fantasiados de generais vibrando igual a crianças, comemorando o lançamento do "rojão" deles, só porque estão ao lado do esquizofrênico e psicopata e "amado" líder. Também é ridículo ver o mundo assistir esse sem-noção querer começar uma guerra com a complacência de outra grande potência.

  7. Podem falar o que quiser do gordinho, mas eles têm tecnologia que não temos e enfrentam os EUA para não serem colonizados como nós.
    Enquanto isso, temos o ITA, a Embraer, o CTA e mal conseguimos colocar um foguetinho de artifício no ar. Quanto enfrentar os americanos, somos apenas capacho.
    Querem falar mal do gordinho, vão fundo, mas tenham consciência que somos um povinho babão e submisso.

  8. Companheiro, entenda que o Brasil é o quintal dos EUA. Perceba que o Brasil tem a missão de apenas se dedicar à agricultura e pecuária, com exploração mineral e algum extrativismo vegetal. Nossas indústrias não utilizam tecnologia de ponta. Formamos menos engenheiros que a Coreia do Sul, por exemplo. Quanto à Coreia do Norte, há um "trade-off", o país tem armas nucleares, no entanto sua população passa fome. O Brasil, apesar de ter abandonado o projeto de desenvolvimento através da industrialização, substituição de importações, etc, com certeza tem a maior parte da população vivendo em condições de vida mais favoráveis que os famintos e oprimidos magrelos norte-coreanos

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