Bandas militares se tornam populares e tocam até funk

f4d2nckwthet5jsazn8y0il71
Apresentações vão além do quartel e ocupam praças e shoppings. Por ano, escola de sargentos do Rio forma 80 novos músicos
Além de seis horas por dia de aulas musicais, os militares das bandas ainda treinam marchas e cumprem as cargas de exercícios físicos – Márcio Mercante / Agência O Dia
FRANCISCO EDSON ALVES
Rio – Destinadas a elevar a moral das tropas, as bandas de música militares, que costumavam se apresentar fora dos quartéis do Exército apenas em datas especiais, como no feriado de 7 de setembro, estão ditando novos ritmos em suas rotinas. Os grupos passaram a aceitar mulheres nas formações, a gravar CDs e DVDs e a bombar na internet. As apresentações ultrapassaram a fronteira militar e, com frequência, as bandas são vistas em praças e shoppings. O repertório é versátil: desde hinos de clubes de futebol até pop rock, samba e funk.
As unidades do Rio de Janeiro, subordinadas ao Comando Militar do Leste (CML), assim como na Amazônia, são as que mais têm grupamentos musicais no Brasil, com dez bandas e uma fanfarra. Sob a batuta do coronel Robson Fontes, comandante da Escola de Sargentos de Logística, em Deodoro— única do país que forma, desde 2011, pelo menos 80 novos músicos anualmente—, as bandas têm sua tradição assegurada, ao contrário das civis, que ficararam escassas.
“O aumentando da interação com o público em geral, tem sido uma experiência maravilhosa”, atestou Robson, citando como exemplo, o projeto Banda no Palácio, que toda última quinta-feira do mês, na escadaria do Palácio Duque de Caxias, no Centro, atrai centenas de pessoas. As bandas são divididas em seis categorias, conforme tamanho. As maiores chegam a ter mais de 120 integrantes e 30 tipos de instrumentos.
A carioca Taianna da Silveira, 26 anos, foi uma das que passou no concorrido concurso. “É a realização de um encantamento infantil”, contou Taianna, que, depois de 1 ano e 8 meses, tempo da especialização, vai se juntar, com mais seis colegas, ao seleto grupo de mulheres musicistas. Desde 2015, ano em que o Exército passou a admitir o sexo feminino, já são 17 integrantes.
“A rotina é puxada, mas é exatamente como sonhei”, definiu o aluno da banda de Escola de Sargentos de Deodoro, Luis Costa, 24 anos.
Incentivo de veteranos
As bandas militares guardam grandes patrimônios em sua formação, como o mestre em contrabaixo, trompa e bombardino, o capitão José Santiago, de 68 anos; o tenente Elias dos Santos, 59, do trombone, e o capitão Valdecy Ladeira, 60, craque na clarineta.
“Eles são a alma das bandas”, declarou o instrutor Paulo Pinheiro. Para ingressar no grupo, o aluno passa por testes físicos, psicológicos e de conhecimentos musicais. As bandas são na capital, Niterói, Petrópolis e Resende. Todos os músicos ganham a patente de terceiro sargento.

Músicos mais velhos são inspiração para novos alunos da unidade – Márcio Mercante / Agência O Dia
“As bandas aproximam o público civil do militar e são excelentes fatores de desenvolvimento cultural e artístico”, destacou o historiador Florêncio Lima, em seu livro ‘Elementos fundamentasis da música’. De acordo com Lima, na Guerra da Tríplice Aliança, os chamados ‘guerreiros do som’ foram destaques. A programação das bandas militares está disponível em www.esslog.ensino.eb.br.
O DIA/montedo.com

32 respostas

  1. Poderiam contribuir tirando serviço ou fazendo sindicâncias, exames de pagamento. Não se trata de recalque, não tenho aptidão para músico, mas não vejo finalidade nessa função. Nos exércitos medievais ou legiões romanas deviam ter seu papel, hoje em dia, bandas militares só servem para tocar em coquetéis e nos bares da cidade, além de furarem a fila do rancho. Poderiam cumprir o expediente à paisana, sem problema algum, já que além de animarem formaturas pouco se envolvem em atividades militares, os músicos integrantes de bandas.

  2. Passou de reduzir o número de bandas ao máximo, uma por comando militar de área. As turmas das QM da banda deveria formar no máximo de 10 militares por ano, o resto da banda deveria ser formado por militares técnicos temporários.
    Com isso sobraria pnr nas vilas, mais vagas para militares diverdade na escala de SV e missões….
    Reclamos tanto ddos privilégios do congresso e esquemos do nosso quintal.
    Dê uma olhada no portal transparência do estado de Minas Gerais, veja o quanto estamos humilhados, ST ganhando 14 mil líquido.

    1. PMMG merece. Estão aí provando com o próprio sangue. Além disso, se mobilizaram com 2 bons deputados eleitos a mais de 20 anos. Não entendo Pq alguns se acham humilhados

    1. Mandei um vídeo para contestar essa que banda, fanfarra; etc. Não é importante. Todos somos importantes para o EB! Cada um no seu quadrado.

  3. Ao Sr. Diego que diz que " Não quer tirar serviço, fazer sindicância entre outras atribuições da função que lhe é atribuída, pede baixa."

    Ok, então se o militar da banda não pode tirar serviço, não pode fazer participar de uma escala de permanência, então pra que ser militar?

    Ter direito a PNR, ter direito a uma transferência, todos querem, não é mesmo?

    Há quartéis, em que a escala de serviço de militares com 20 anos de serviço está 10 x 1. Enquanto no mesmo quartel, existe uma banda de música com cerca de 40 militares.

    Por que não dividir esse piano?

    Todos os outros militares tem suas atribuições e suas responsabilidades dentro da função na qual é encarregado. Todos outros militares participam das instruções na formação básica e qualificação dos Soldados. Todos participam da escala de Exame de Pagamento. Todos os outros participam da escala de Sindicância. Mas o pessoal tá banda está isento de todas atividades do meio militar.

    Não peço nada de mais. Peço somente que concorram a escala de serviço.

    Só isso!

  4. Nossas Bandas Militares sempre foram e vão continuar sendo seleiros para continuação das bandas civis do Brasil. Em relação aos ataques que nos músicos militares principalmente do EB recebemos diariamente, são de pessoais mau informadas, frustadas e etc…. VIVA NOSSAS BANDAS MILITARES…SHOW !!!

  5. O problema que toda vez que coloca os músicos na escala, uma cambada da tropa dá um jeito de fugir da escala. Existe infinidade de argumentos para colocar os músicos na escala, e também uma infinidade pra não colocar. Mas enquanto esse exército for largado e abandonado dessa forma, é melhor que os músicos não tirem serviço mesmo. Porque o que mais tem é infante barrigudo que só quer se esconder nas seções ou nos alojamentos da vida, sempre reclamando de formatura ou TFM. Muitas vezes desejei tirar um serviço a cumprir dezenas de missões fora do expediente inclusive fins de semana. No entanto os músicos não foram chamar os infantes pra cumprir suas missões.Ao contrário, estão sempre cumprindo sua missão de elevar o moral da tropa nas formaturas e estreitar os laços do exército com a sociedade.E outra, nem todas OM dispõe de banda e ainda sim consegue cumprir suas missões porque não tem pra onde correr,então parem de chorar e pedir banda na escala. Quem não conhece a nossa atividade não julgue.
    Brasil. Viva os músicos militares.

  6. Aqui no CMS banda não tira serviço, não faz sindicância, graças a uma nota publicada em BI, emitida por algum simpatizante de Banda. Solicito que o comandante do EB rasgue o RISG, principalmente onde consta que todos os militares prontos na OM podem concorrer a escala de serviço, já que o R-Quero sempre prevalece.

  7. Anônimo 20 de agosto de 2017 08:54, "pimenta nos olhos dos outros é refresco!" No seu, para mim, também é! Diego, vá comer um pouco de fava!

  8. Quem poderia estreitar os laços do EB, das FFAA em geral, com a sociedade era a divulgação nas mídias dos seus trabalhos. Mostrar os pesquisadores militares em seus laboratórios, os professores dos Colégios Militares lecionando, até mesmo as bandas em eventos ou ensaios e outros. Mas o máximo que se ver nesses programas de tv é simulados de acampamento, onde o que se faz até o apresentador consegue fazer, fora da realidade das instruções de verdade, dando a ideia de que é moleza ser militar. Então, o desconhecimento do que um militar das FFAA faz é culpa das próprias instituições.

  9. As Bandas marciais sempre dão espetáculo. Em Ijuí, não ha banda militar, mas a Banda Municipal Carlos Gomes está jogada "as traças" pela Prefeitura. Não há incentivo algum. A ùnica coisa que acontece é o tal gauchismo do Canto Nativo e Semana Farroupilha. Cultura da Música e Livros muito pouco.

    1. Sua frase "músico não é militar " não condiz com a realidade. Deveria estar escrita… Músico não é SOMENTE militar! Os músicos reúnem atributo técnico , aprendido fora das forças armadas, para servir à pátria da melhor forma possível. Em todo acesso à promoção na carreira o músico tem de ser aprovado em exame musical. Não tenho medo em dizer que a classe dos músicos é a mais técnica das forças armadas!

  10. Bom… Como eu sirvo no melhor quartel do mundo!!!
    Aqui no 25° BC a banda concorre ao serviço igual a todos… E com muita vibração. Parabéns aos integrantes da Banda do 25° BC!!!!

  11. Basta massagear o ego de algum general compondo um música para com seu nome (Exorde General Fulano).

    Assim, ficam fora da escala pra sempre.

  12. Acredito que é só no Comando Militar do Sul que militares da banda de música não concorrem à escala de serviço.

    Em outros comandos militares de área isso é normal, tudo previsto como manda o RISG.

  13. Cito entao o RISG, com seu parágrafo único entre os artigos 107 e 108:
    "Os músicos participam das escalas normais de serviço, A CRITÉRIO DO CMT UNIDADE". (grifo meu)
    A critério do Cmt de Unidade e nao a critério dos leões de internet, frustrados e recalcados com a carreira que ESCOLHERAM. Felizmente, a maioria dos oficiais e talvez também por isso sao oficiais, conseguem, diferente de alguns praças, vislumbrar a importância real de ter uma banda APENAS NA ATIVIDADE FIM, ou seja, fazendo música.
    Mas aconselho aos que se sentem injustiçados, que, baseados nos artigos já citados do RISG, façam uma exposição de motivos com uma coerente argumentação e levem ao conhecimento de seus respectivos comandantes. Na internet, nos alojamentos ou nos refeitórios nao se resolve nada. Afrontar músicos e desrespeita-los no interior das OMs também nao ajuda. Ate porque geralmente os músicos sao os sgts mais antigos das unidades. Sejam práticos senhores.

    1. Sim, as bandas causam bastante alvoroço porque os músicos concentram paixão e trabalho. Eles fazem o q gostam e fica evidente quando são valorizados. Fraterno Abraço.

  14. Eu gostaria de saber como os combatentes se viram nas OMs que não possuem bandas de musica. Quem são os atacados? Os intendentes? Os enfermeiros? Quem vcs atacam? Porque vcs nao questionam isso com o Alto Comando do Exercito? O militar que falou em rasgar o RISG, não leu os artigos 107 e 108 do mesmo, que diz "Os músicos participam das escalas normais de serviço, A CRITÉRIO DO CMT UNIDADE". (grifo meu). Falam dos músicos mas não conhecem os regulamentos, por exemplo, quem faz sindicância? São os sargentos com CAS. Me apontem um musico que fez CAS.
    Vamos lá senhores, respondam minhas perguntas!!

    1. Sem contar que os músicos cumprem muito bem sua missão específica e ainda dá de pau na tropa no tiro, sem falar na inteligência… enquanto estão vindo, os músicos já estão voltando…sem contar a admiração que as crianças,estudantes, enfim, a sociedade civil tem por uma banda de música militar…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo